VortexMag
  • Cultura
  • Sociedade
  • História
  • Viagens
  • Gastronomia
  • Lifestyle
No Result
View All Result
VortexMag
No Result
View All Result
Home História

A herança e a importância dos Suevos na história de Portugal

A sua presença não durou muito tempo mas o seu legado foi enorme e duradouro. Descubra a importância e a herança dos Suevos na História de Portugal.

VxMag by VxMag
Out 7, 2021
in História
3
Suevos

Suevos

Partilhar no FacebookGuardar no Pinterest

ArtigosRelacionados

Filipe de Brito

Filipe de Brito: a fantástica história do português que foi rei da Birmânia

Mar 12, 2023
Pedro Teixeira

Pedro Teixeira: o português que conquistou a Amazónia

Mar 22, 2023
Vasco da Gama

Vasco da Gama: o navegador português que deu início à globalização

Fev 18, 2023
Conímbriga

Conímbriga: as mais deslumbrantes ruínas romanas em Portugal

Fev 8, 2023

Antes do Condado Portucalense, pertencente a Castela, embora sob o governo de D. Henrique, havia a Lusitânia que, após alguns séculos de domínio romano, foi invadida por visigodos e suevos. Estes últimos chegaram a possuir um território que compreendia a Galiza e o Norte de Portugal, entre 441 e 585.

Aliás, há historiadores que consideram que esta presença dos suevos no Norte de Portugal e na Galiza é um dos pormenores históricos que ajuda a explicar a forte identificação cultural entre estas 2 regiões que ainda hoje se verifica, mesmo que agora pertençam a países diferentes. No fundo, é como se tratasse de apenas um povo, separado por uma fronteira artificial.

O reino Suevo foi um dos primeiros a separar-se do Império Romano, estabelecendo então a sua capital em Braga. O reino apenas caiu com a sua anexação pelos visigodos, tendo sido convertido na sexta província do Reino Visigodo. Apesar de não terem dominado o território português durante muito tempo, os Suevos deixaram um legado de relevo.

Migrações dos Suevos
Migrações dos Suevos

Mas vamos por partes. Dirigidos pelo rei Hermerico, por volta de 409, cerca de 40 mil suevos chegaram à Galécia, que era uma província romana. Aí se fixaram e estabeleceram o primeiro reino estável da Idade Média, após um pacto estabelecido com Roma, que permitia que os suevos governassem a Galécia, embora sempre sob a alçada do imperador romano.

Após a morte de Hermerico, o seu filho Réquila subiu ao trono, tendo decidido liderar expedições de saque em 438 e 448. Dessa forma, o norte da Lusitânia passou a integrar suevos e galaico-romanos, em plena independência do Império.

A partir daqui o Reino Suevo foi espalhando as suas raízes, aproveitando as estruturas que os romanos tinham deixado. O sucessor de Réquila, Requiário, introduziu o catolicismo em 449, tendo sido o primeiro governante a conceber uma forma pioneira de governo, que se apoiava na igreja, e a cunhar a sua própria moeda. Em 456, Roma envia um exército de visigodos e romanos para a batalha no rio Órbigo, onde conseguiram derrotar os Suevos e assassinar Requiário.

O Reino Suevo dividiu-se em dois, tendo sido governado em simultâneo por Frantano e por Aguiulfo, até 457, ano em que Maldras reunifica o reino. O feito é de pouca duração, já que, dois anos depois, Maldras é assassinado.

guerreiro suevo
Guerreiro Suevo

O Reino Suevo não se deixou abalar, tendo sido dividido pelos dois filhos de Maldras – Frumario e Resismundo. Este último viu-se obrigado a adotar o arianismo, devido à influência visigoda, permanecendo a sua parte do reino sob essa influência durante mais de cem anos.

Carriarico, que reinou entre 550 e 559, voltou a converter o reino ao catolicismo, numa rutura com os visigodos. Foi sucedido por Teodomiro (559-570), em cujo reinado ocorreu o Primeiro Concílio de Braga, em 561.

Em 572, dá-se o Segundo Concílio de Braga, presidio por São Martinho de Dume, consolidando-se assim o contributo deste órgão na governação e estabelecimento de justiça do reino. Em 577, no entanto, estala a guerra civil visigoda, na qual interveio Miro, que, em 583, organiza uma campanha de apoio a Sevilha que fracassou, tendo o rei falecido no regresso.

Surgem guerras internas no Reino Suevo, que não durou muito mais tempo. Em 585, Leovigildo derrotou Andeca e anexou o seu território ao reino toledano dos visigodos, que apenas se converteriam em 589.

O ocidente da Península Ibérica esteve, assim, sob domínio suevo durante 174 anos, o que deixou muitas marcas no nosso território e identidade. Esta influência está presente nos tipos de arado (como o quadrangular), no espigueiro, nas técnicas e alfaias agrícolas galego-minhotas, e na onomástica da região.

Apesar de escassos, existem também vestígios arqueológicos de influência sueva, com destaque para uma urna funerária em forma de celeiro, da Idade do Bronze. Foram igualmente encontrados vários exemplares da numismática sueva no noroeste da Península Ibérica, encontrando-se moedas de ouro e de prata cunhadas pelos suevos.

Os suevos deixaram também a sua marca na linguística, legando uma forte influência germânica no noroeste da península, especialmente em nomes de lugares e de pessoas.

Tags: história de portugalsuevos
VxMag

VxMag

Comments 3

  1. Valentim Martins says:
    1 ano ago

    Existe por ventura uma unica prova irrefutavel da invasão e da presença de barbaros em Portugal? A primeira consequencia de uma invasão é a implantação e a perenisação da lingua do invasor, embora os autoctones mantenham a propria lingua. E o que verificamos na Hungria, onde além do magiar se falam varias outras linguas, ou mesmo na ex-Africa portuguesa ou na Africa do Sul (africaans e inglês).
    Nem os romanos conseguiram impor o latim. As linguas ditas romanas possuem uma gramatica semelhante e mais complexa, totalmente diferente do primeiro. Podemos observar que embora em toda a Europa catolica as cerimonias religiosas fossem celebradas em latim até hà bem poucos anos, ninguem conseguiu memorisar mais de uma dezena de palavras nessa lingua, nem a maor parte dos seminaristas.
    Não se pode fazer historia sem documentos irrefutaveis, como fazem a maior parte dos historiadores.

    Responder
  2. Ubaldo says:
    1 ano ago

    A matéria é boa mas sobvaloriza a importância. Os vandalos, os burios e os alanos germanizados tiveram mais importância e influência no norte do atual território português.
    Mas a mais importante e significativa influência foi a Visigótica.

    Responder
  3. Tomás says:
    1 ano ago

    A influência linguística germânica no norte de Portugal é mais de origem Vandala e Buria.

    Responder

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Praia Fluvial de Adaúfe
Viagens

Praia fluvial de Adaúfe: um pequeno paraíso para descobrir em Braga

by VxMag
Mar 28, 2023
0

Esta incrível praia encontra-se na freguesia de Adaúfe, no concelho de Braga, e é banhada pelo rio Cávado. Apesar da...

Read more
Lagoa de Óbidos

Lagoa de Óbidos: a maior lagoa de água salgada de Portugal

Mar 28, 2023
locais para visitar na Serra da Arrábida

Passeio em família na Margem Sul: o que visitar com crianças

Mar 27, 2023
Passadiços do Tinhela

Passadiços do Tinhela: um passeio para descobrir o encanto de Trás-os-Montes

Mar 27, 2023
Marco de Canaveses

Marco de Canaveses: passeio por uma terra repleta de segredos para descobrir

Mar 26, 2023
melhores casas de fado de Lisboa

Fado: história e origem de um símbolo tão português

Mar 26, 2023

© 2023 Vortex Magazine

Mais infomação

  • Ficha Técnica
  • Quem somos
  • Política de privacidade
  • Estatuto editorial

Redes Sociais

No Result
View All Result
  • Cultura
  • Sociedade
  • História
  • Viagens
  • Gastronomia
  • Lifestyle

© 2023 Vortex Magazine