VortexMag
  • Cultura
  • Sociedade
  • História
  • Viagens
  • Gastronomia
  • Lifestyle
No Result
View All Result
VortexMag
No Result
View All Result
Home História

D. Fernando II e Glória: a última nau portuguesa

Foi a última nau portuguesa e acabou destruída por um grande incêndio. Mas foi recuperada e pode ser visitada em Lisboa. Descubra a história da "D. Fernando II e Glória".

VxMag by VxMag
Ago 15, 2021
in História
3
D. Fernando II e Glória

D. Fernando II e Glória

Partilhar no FacebookGuardar no Pinterest

ArtigosRelacionados

Filipe de Brito

Filipe de Brito: a fantástica história do português que foi rei da Birmânia

Mar 12, 2023
Pedro Teixeira

Pedro Teixeira: o português que conquistou a Amazónia

Fev 21, 2023
Vasco da Gama

Vasco da Gama: o navegador português que deu início à globalização

Fev 18, 2023
Conímbriga

Conímbriga: as mais deslumbrantes ruínas romanas em Portugal

Fev 8, 2023

Já alguma vez ouviu falar da fragata “D. Fernando II e Glória”? Apesar de ter sido o último grande navio à vela da Marinha Portuguesa e a última “nau” a fazer a “Carreira da Índia” (que ligou Portugal e aquela antiga colónia durante mais de 3 séculos, desde o século XVI), a verdade é que a história da fragata e a embarcação em si não são muito divulgadas junto do grande público.

Este foi o último grande navio construído nos estaleiros do antigo Arsenal Real de Marinha de Damão, tendo começado a ser construído em 1832 pelo guarda-marinha construtor naval Gil José da Conceição e pelo muçulmano Yaodó Semogi. A intenção era que esta fosse uma das melhores embarcações, e por essa razão se criou um casco com madeira de teca vinda de Nagar-Aveli, considerada a madeira mais resistente e de maior qualidade.

Em outubro de 1843, onze anos depois, a última fragata à vela construída em Damão foi lançada à água e rebocada para Goa, de modo a ser aparelhada em galera. Foi apenas em 1845 que a viagem inaugural de Goa para Lisboa se realizou, sendo que a carga, tal como no caso das naus quinhentistas, era pimenta.

D. Fernando II e Glória
D. Fernando II e Glória

A fragata recebeu o nome de “D. Fernando II e Glória” em homenagem ao rei consorte, D. Fernando II, marido da rainha D. Maria II, e por ter sido entregue à proteção de Nossa Senhora da Glória, a quem os habitantes de Goa eram muito devotos.

A fragata não era muito artilhada, tendo apenas 50 bocas de fogo, mas navegou 33 anos num total de 100 mil milhas (ou cinco voltas ao mundo). A embarcação chegou a transportar 650 pessoas, o que é um número de relevo.

A embarcação efetuou inúmeras viagens à Índia, Moçambique e Angola, transportando militares, degredados e suas famílias e mercadorias preciosas. Destaca-se a participação na ocupação de Ambriz, em Angola, que em 1865 se tinha revoltado por instigação inglesa. De igual destaque é a última viagem como nau da Carreira das Índias, em 1861, na qual desarvorou, tendo chegado a Lisboa com uma mastreação temporária, improvisada em Moçambique.

Em 1865, a “D. Fernando” substituiu a nau Vasco da Gama como Escola de Artilharia Naval, sendo que a última missão em mar foi desempenhada em 1878, numa viagem de instrução de guarda-marinhas à Madeira e aos Açores. Nessa viagem, a tripulação chegou a salvar a tripulação da barca americana Laurence Boston, que se tinha incendiado ao largo da ilha de S. Miguel.

D. Fernando II e Glória
D. Fernando II e Glória

Em 1938, a fragata deixou de funcionar como escola, passando a ter as funções de navio-chefe das Forças Navais do Tejo, até 1940. Acabou depois por ser sede da “Obra Social da Fragata D. Fernando”, que ajudava rapazes de famílias com maiores dificuldades a receber instrução na marinha.

Em 1967, a embarcação sofreu um incêndio violento, que a consumiu até à linha da água, tendo a fragata ficado encalhada e semi-submersa no Mar da Palha, em frente a Lisboa. Foi só nos anos 70 que surgiu um movimento a favor da sua recuperação, mas só em 1990 é que o passo decisivo foi dado, com a assinatura de um protocolo que envolvia a Armada e a Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.

A ideia era criar um museu destinado a divulgar Portugal e a sua história e cultura. Como o restauro era fiel, não se pretendia que o navio tivesse motor, algo que foi respeitado. O projeto de recuperação foi confiado à Marinha, tendo a execução da obra sido feita no Arsenal do Alfeite. Grande parte da reconstrução foi realizada no estaleiro Riamarine de Aveiro, a partir de 1992, tendo finalmente a embarcação sido mastreada no Alfeite em 1997.

O projeto ficou pronto a 27 de fevereiro de 1998, a tempo de ser exposta a embarcação no recinto da EXPO’98, comemorando-se assim os 500 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia. Num só dia, a fragata-museu recebeu cerca de 13.000 visitantes.

Hoje, ainda está aberta ao público em exposição permanente, podendo ser visitada na Doca de Cacilhas, em Almada. É considerado o oitavo navio de guerra mais antigo do mundo.

Tags: história de portugalnau
VxMag

VxMag

Comments 3

  1. Carlos Oliveira 5 says:
    2 anos ago

    A Fragata atualmente não está na doca de Alcântara mas sim em Cacilhas.

    Responder
  2. AV says:
    2 anos ago

    A informação não está correcta. A fragata, ou navio, está instalada numa doca para visitas em Cacilhas, Almada e não em Lisboa como é incorrectamente dito. É muito próximo de Lisboa, a sul do rio Tejo, acessível por travessia de barco a partir da Estação Fluvial do Cais do Sodré em Lisboa.

    Responder
  3. manu vieira says:
    2 anos ago

    pena e estar a morrer en cacilhas ja esta meia desarmada algum começam a vender madera pra lenha

    Responder

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

loriga serra da estrela
Viagens

Praia fluvial de Loriga: um paraíso para descobrir na Serra da Estrela

by VxMag
Mar 21, 2023
0

Em plena Serra da Estrela, podemos encontrar a magnífica praia fluvial de Loriga, detentora de uma grande variedade de comodidades...

Read more
locais mais frios do mundo

Os 10 locais mais frios do planeta

Mar 21, 2023
casa mais antiga de Lisboa

8 belíssimos edifícios de Lisboa que resistiram ao terramoto de 1755

Mar 20, 2023
Sevilha

12 dos melhores locais para visitar em Sevilha

Mar 20, 2023
Eslovénia

12 dos melhores locais para visitar na Eslovénia

Mar 20, 2023
grandes rotas portugal

Passadiços do Paiva: viagem mágica ao longo de um rio deslumbrante

Mar 20, 2023

© 2023 Vortex Magazine

Mais infomação

  • Ficha Técnica
  • Quem somos
  • Política de privacidade
  • Estatuto editorial

Redes Sociais

No Result
View All Result
  • Cultura
  • Sociedade
  • História
  • Viagens
  • Gastronomia
  • Lifestyle

© 2023 Vortex Magazine