A capital da Irlanda, Dublin, é uma daquelas cidades carismáticas e cativantes, repletas de história mas, sobretudo, de pequenas histórias de pessoas famosas ou anónimas. Desde logo, Dublin é a capital da cerveja e, muitos dos turistas que visitam esta cidade, não perdem uma oportunidade para visitar uma das históricas fábricas desta famosa bebida.
Dublin é também um local famoso pelos seus bares (os típicos pubs), pela sua música (talvez os U2 seja os mais famosos e icónicos, mas há muito mais) e pelos seus escritores. Por toda a cidade existem monumentos, igrejas, museus e outras atracções turísticas que satisfazem qualquer tipo de turista, sejam aqueles que viajam com amigos, sozinhos ou em família.
Perder-se pelas ruas do centro histórico de Dublin é uma das melhores formas de conhecer a cidade. E, no fim, caso esteja cansado do passeio, pode repousar em qualquer um dos muitos parques verdes que aqui existem. Estes são os melhores locais para visitar em Dublin, na Irlanda.
1. Trinity College

O Trinity College é provavelmente o melhor local para começar o seu passeio em Dublin. Fica no coração da cidade, repleta de histórias incríveis, e é a universidade mais antiga da Irlanda, fundada em 1592 pela rainha Elizabeth I.
Ocupando um invejável local de 40 hectares, Trinity mantém parte das suas antigas praças de paralelepípedos, jardins e parques e é famoso em todo o mundo pela sua colecção de grandes tesouros artísticos. Estes incluem, em exposição permanente, o manuscrito iluminado do século IX, o Livro de Kells, os Livros de Durrow e Armagh e uma antiga harpa irlandesa.
Os artefactos inestimáveis são exibidos no Tesouro e na imponente Long Room do século XVIII, que abriga mais de 200.000 dos livros mais antigos da Trinity e hospeda exposições literárias regulares.
2. Catedral de St. Patrick

A apenas 7 minutos a pé da Catedral Christ Church, a Catedral de St. Patrick é a catedral nacional da Igreja da Irlanda. A tradição diz que, aqui, São Patrício baptizou os convertidos ao cristianismo em 450 dC em Christchurch, o edifício original que era de madeira.
Em 1192, outra igreja foi fundada e construída, desta vez feita em pedra. Pouco mais de um século depois, outra reconstrução ocorreu e seu estatuto foi elevado a catedral.
Ao longo dos séculos, muito embelezamento ocorreu, principalmente em meados dos anos 1700, quando o campanário foi construído, e durante o final de 1800, quando houve reformas substanciais.
O autor das viagens de Gulliver, Jonathan Swift (1667-1745), que foi decano de St. Patrick durante 35 anos, está enterrado num sarcófago à direita da entrada ao lado do seu amor durante muito tempo ‘Stella’ (Hester Johnson 1681-1728).
3. Castelo de Dublin

O Castelo de Dublin foi o local da administração central do governo britânico durante 700 anos, até 1922. O castelo teve várias funções ao longo dos anos: fortaleza medieval, corte vice-real e edifício do governo. Em 1534, o rebelde irlandês Silken Thomas (assim chamado pelas suas roupas finas) lançou um ataque e sitiou o castelo.
Actualmente, o castelo é usado principalmente para ocasiões cerimoniais, exposições e até concertos. Os apartamentos ornamentados estão abertos aos visitantes e há uma série de museus para explorar, incluindo a Biblioteca e Galeria Chester Beatty.
O museu, fundado em 1953 por um americano que viveu em Dublin, Chester Beatty, apresenta uma bela colecção de arte oriental e várias colecções de manuscritos, livros e textos antigos.
4. Pequeno Museu de Dublin

A um passeio de poucos minutos do Fusilier’s Arch, no topo da Dawson Street, é uma paragem obrigatória para os interessados em como Dublin e o seu povo viveram as suas vidas e evoluíram ao longo do século passado.
James Joyce disse certa vez: “no particular está contido o universal”, que resume bem o carácter deste museu. Nas minúcias dos pertences das pessoas, a história é de facto escrita em grande escala.
Inaugurado em 2011, após um apelo da população que também forneceu materiais antigos, lembranças e artefactos, o museu ganhou força e agora abriga uma série de exposições temporárias e eventos, bem como instalações permanentes, incluindo uma retrospectiva do grupo musical U2, com exposições doadas por membros da banda.
5. Catedral Christ Church

A Christ Church Cathedral está situada no centro da parte medieval de Dublin. Já foi uma igreja viking, fundada em 1030, depois ocupada por monges. Tem sofrido remodelações e alterações, ao longo de vários séculos, mas mantém uma cripta subterrânea, que é a maior cripta do Reino Unido e da Irlanda com 63,4 metros de comprimento.
A Christ Church Cathedral é também um museu, já que juntamente com Dublinia acolhe a exposição permanente sobre os Tesouro da Christ Church.
No fim de ano, muitas pessoas juntam-se frente à catedral para ouvir as 12 badaladas, com o espectáculo dos 19 sinos da Christ Church. A entrada é paga porque, dizem, não têm ajudas estatais para manter o normal funcionamento do monumento. Há bilhetes com diferentes preços e entradas combinadas com Dublinia.
6. Kilmainham Goal

Transformada em museu, Kilmainham Goal é uma antiga prisão onde muitas pessoas que lutaram pela independência da Irlanda foram encarceradas. A antiga prisão de Kilmainham (Kilmainham Gaol), inaugurada em 1796, foi por onde passaram muitos dos personagens envolvidos na luta pela independência da Irlanda durante mais de 100 anos.
Hoje podemos ver as celas e as zonas comuns, que permaneceram impassíveis diante das inumeráveis execuções. A prisão de Jilmainham continua tendo um lugar muito especial na memória dos irlandeses, já que, graças à luta dos valentes patriotas que foram presos e assassinados, a Irlanda conquistou sua independência.
Nesta prisão, eram encarcerados juntos prisioneiros de todo tipo, fossem homens, mulheres ou crianças com pequenos delitos de roubo. As escuras e frias celas em que permaneciam recluídos eram iluminadas apenas a luz de vela, uma fonte de calor insuficiente para um lugar tão húmido e frio.
7. Museu Nacional de Arqueologia

O Museu Nacional de Arqueologia de Dublin oferece exposições arqueológicas que traçam a evolução da civilização irlandesa desde a chegada dos primeiros habitantes no Mesolítico até a Irlanda Medieval.
No piso térreo são expostos objectos procedentes da época pré-histórica na Irlanda: armas e ferramentas de pedra, bronze e aço, além de reconstruções de pequenas granjas e algumas tumbas do período Neolítico.
No mesmo andar podemos ver uma grande quantidade de objectos de ouro produzidos durante a Idade de Bronze, além de algumas mostras de arte irlandesa criada depois da chegada dos celtas à ilha, assim como alguns recipientes de cerâmica e cristal provenientes da Idade de Bronze no antigo Chipre.
No andar superior são exibidas diferentes recriações que documentam a vida dos vikings depois de sua chegada à Irlanda, em 795 d.C., além da situação da Irlanda durante a época medieval.
No museu também são abordados alguns assuntos externos à Irlanda, como é o caso da exposição sobre o antigo Egipto, na qual você pode ver objectos usados durante as cerimónias religiosas e as práticas de enterro, além de algumas múmias.
8. Grafton Street

Situada em pleno coração de Dublin, entre a Universidade Trinity College e o Parque St Stephens Green, a Grafton Street é uma das ruas de pedestres mais importantes e disputadas de toda a cidade.
A música de dezenas de músicos e artistas de rua percorrem cada centímetro da Grafton Street, acompanhando turistas e dublinenses que passeiam entre centenas de lojas e shoppings que fazem dessa rua uma das melhores zonas de compras.
Ao norte da Grafton Street, no cruzamento com a rua Nassau (onde termina a zona de uso exclusivo de pedestres), está a estátua de bronze da famosa vendedora ambulante Molly Mallone, uma mulher que de dia se dedicava a vender peixe com seu carro e à noite trabalhava como prostituta.
Em 1880, James Yorkson compôs a música “Cockles and Mussels” (berbigões e mexilhões) em homenagem a Molly e, hoje em dia, a música se tornou um hino para todos os cidadãos irlandeses.
9. Temple Bar

No centro de Dublin fica o Temple Bar, um bairro com muita personalidade e encanto. Este distrito está repleto de restaurantes e pubs típicos irlandeses. As estreitas ruas de paralelepípedos do Temple Bar conservam a essência da cidade e constituem o maior centro cultural e de lazer de Dublin.
A zona de Temple Bar, situada entre a Dame Steet e o rio Liffey, deve seu nome ao Sir William Temple, que adquiriu os terrenos em 1600. A partir de 1800 começaram a se instalar pequenas empresas na zona, mas o bairro estava em pleno declínio e os terrenos foram adquiridos para a construção de uma estação de ônibus. No fim, o projecto foi abandonado e os artistas e comerciantes decidiram permanecer na zona.
O Temple Bar começou a se transformar em um lugar próspero, principalmente a partir de 1991, depois que Dublin foi eleita a Capital Europeia da Cultura. Hoje em dia o Temple Bar é considerado um dos bairros mais atraentes de Dublin, reunindo diferentes espaços culturais com dezenas de bares e pubs típicos irlandeses.
10. Armazém Guinness

O armazém da Guinness (Guinness Storehouse) foi construído em 1904 para ser usado como local de fermentação da cerveja Guinness. O edifício teve essa função até 1988 e no ano 2000 abriu suas portas ao público para mostrar a história da marca.
Para começar bem a visita, no térreo do edifício principal (com formato de um enorme copo de cerveja) podemos ver uma cópia do contrato de arrendamento da cervejaria por 9.000 anos. Foi assinado por Arthur Guinness em 1759.
Seguindo para o interior do armazém, você pode contemplar uma chamativa exposição sobre os quatro ingredientes usados na fabricação da cerveja. Simplesmente água, lúpulo, malta e levedura combinados perfeitamente são capazes de conseguir um sabor tão especial.
11. St Stephens Green

St Stephens Green, criado em 1664, é um dos parques públicos mais antigos da Irlanda. O parque está situado no centro de Dublin, ao final da Grafton Street, uma das ruas comerciais mais destacadas da cidade. Até 1663, a zona estava nos arredores da cidade e era usada para levar o gado para pastar.
Naquele mesmo ano, o governo decidiu construir um parque e o recinto foi cercado em 1664. Ao seu redor foram construídos edifícios de estilo georgiano que atraíram a alta sociedade à zona.
Os jardins foram redesenhados no século XIX com um estilo vitoriano que ainda se conserva. O terreno rectangular ocupa aproximadamente 9 hectares de terreno, nos quais há um belo lago habitado por gaivotas e cisnes.
O parque conta com zonas arborizadas onde se pode descansar, infinitas campinas, uma fonte central e alguns monumentos em homenagem a importantes personagens irlandeses.
12. Galeria Nacional da Irlanda

A Galeria Nacional da Irlanda (National Gallery of Ireland) abriga uma prestigiosa colecção de arte que data desde a Idade Média até o século XX, procedente do oeste da Europa.
O Museu, localizado na Merrion Square, foi inaugurado em 1864 e, devido ao impressionante aumento da colecção, o edifício teve que ser ampliado em 1903, 1968 e 2002.
A Galeria Nacional da Irlanda conta com 54 salas, nas quais são expostas mais de 800 obras de arte, organizadas de forma geográfica, histórica e temática. No primeiro andar estão as obras pertencentes aos autores ingleses e irlandeses, além da Galeria Nacional de Retratos.
O andar superior e o mezanino são as partes mais interessantes e mostram obras de procedência italiana e espanhola, além de algumas exposições temporárias.
Alguns dos grandes mestres que possuem obras expostas ao longo do museu são Caravaggio, Rembrandt, Monet, Velázquez, Picasso, Goya ou Van Gogh.