No belíssimo Alto Douro Vinhateiro, encontramos cenários que parecem saídos de um autêntico postal. Uma das melhores formas de conhecer a região e absorver a paisagem ao máximo é fazendo passeios em bicicleta, por esta região classificada como Património Mundial da UNESCO. Sempre ao longo do majestoso rio Douro, claro.
Por isso, se quiser fazer uma visita, deixamos-lhe 10 rotas imperdíveis, por onde pode conhecer a deslumbrante paisagem, na qual se destacam as vinhas em socalcos. São ciclovias, ecovias e ecopistas que lhe permitem descobrir algumas das mais fantásticas paisagens do vale do Douro enquanto pratica exercício ao ar livre.
Nesta lista, deixamos-lhe um pouco de tudo, desde percursos curtos e fáceis a percursos mais exigentes do ponto de vista físico, mas que mesmo assim valem muito a pena. Descubra algumas das melhores ecopistas, ciclovias e ecovias do Rio Douro.
1. Rota das Vinhas (São João da Pesqueira)
![Rota das Vinhas (São João da Pesqueira)](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2022/03/mg_4385-1-min-1024x682.jpg)
Ao longo deste percurso, conseguirá descobrir paisagens únicas sobre o Douro e as encostas das vinhas, no concelho de São João da Pesqueira, considerado o “Coração do Douro Vinhateiro”, já que é o concelho com maior área classificada como Património Mundial. O percurso que aqui lhe recomendamos tem partida e chegada junto à sede da Junta de Freguesia de Ervedosa do Douro.
A rota tem cerca de 25 km e um nível de dificuldade elevado. É mais conhecido como percurso pedestre, mas é igualmente perfeito para andar de bicicleta. A rota é formada por dois circuitos que passam muito próximos, formando uma espécie de “oito”, e pelo caminho terá oportunidade de contactar de perto com a natureza.
2. Passeadouro da Folgosa (Armamar)
![Passeadouro da Folgosa (Armamar)](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2022/03/folgosa_7_1_1024_2500.jpg)
É também conhecido como Ecovia do Douro e é um percurso aprazível que se situa mesmo junto do rio Douro, bem próximo do cais turístico. Tem um notável enquadramento paisagístico, em que o espelho de água se parece misturar com os socalcos das vinhas de algumas das quintas mais importantes da região. Este passeadouro é uma via pedonal panorâmica, que pode também ser percorrida em bicicleta, e conta com um espaço de lazer ao ar livre.
Foi criado no âmbito da obra de consolidação do talude que suporta a EN222, e tem cerca de um quilómetro de extensão. Tem pesqueiros, espaços para piqueniques e três varandas de onde pode apreciar a paisagem única.
3. Ecopista Ribeirinha (Peso da Régua)
![ciclovias rio douro](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2022/03/ecopista_ribeirinha-min-1024x681.jpg)
Este trajeto de mais de dois quilómetros, na zona ribeirinha da Régua, acompanha o rio Douro, apresentando um cenário magnífico. Esta ecopista nasceu no contexto da operação de regeneração urbana “Frente Douro” e é um local privilegiado para a observação da natureza, para a prática de desportiva e para a observação de aves, como a Garça-real e o Pato Real, bem como de anfíbios como a rã-ibérica ou o sapo-parteiro-comum.
A partir da ecopista pode também ver a centenária Ponte Metálica e aceder ao Museu do Douro, onde pode aprender mais sobre o património cultural e natural da região.
4. Grande Rota do Vale do Côa (Vila Nova de Foz Côa)
![Grande Rota do Vale do Côa (Vila Nova de Foz Côa)](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2022/03/DJI_0036-min-scaled-min-1024x576.jpg)
A grande rota do vale do Côa é composta por 222 quilómetros de trilhos, e liga a nascente do Côa, em Fóios (Sabugal) à sua foz, no concelho de Vila Nova de Foz Côa. Os grandes destaques da parte final da rota são o Parque Arqueológico do Vale do Côa e o Douro Vinhateiro, aliando-se na perfeição a natureza ao património. A terceira e última etapa do trilho tem 62 quilómetros e liga a aldeia de Quinta Nova às imediações do Museu do Côa, percorrendo caminhos florestais, olivais, amendoais e vinhas.
Este Museu, que se situa num concelho que se orgulha de ser o único a possuir dois Patrimónios Mundiais, foi construído num local privilegiado, na confluência do Douro com o Côa, com a panorâmica do local a oferecer vistas sobre os dois rios e o fértil vale em vinhas de socalcos.
5. Figueira de Castelo Rodrigo – Barca d’Alva
![Barca d'Alva rio douro](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2021/12/16572131790_c341864e67_k-min-1024x682.jpg)
Não é um percurso “oficial”, mas a verdade é que o troço da EN221 que liga Fogueira de Castelo Rodrigo a Barca d’Alva é um passeio de bicicleta muito interessante. No cais fluvial de Barca d’Alva, assinala-se o limite de navegabilidade do Douro, onde este se encontra com o rio Águeda. Se decidir fazer o percurso, tenha em conta que os últimos 21 quilómetros são sempre a descer, por entre as encostas ricas em vinhas, olivais e amendoais.
Na primavera, o percurso enche-se de cor com as amendoeiras em flor, que fazem as delícias dos visitantes. Destacamos como ponto de paragem obrigatório o miradouro do Alto da Sapinha, de onde pode desfrutar de uma bela paisagem sobre o vale do Douro.
6. Grande Rota do Douro Internacional e Douro Vinhateiro (Freixo de Espada à Cinta)
![Grande Rota do Douro Internacional e Douro Vinhateiro](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2022/03/119743045_3262094813869971_813688898904481634_n-1024x1024.jpg)
Oficialmente, é um percurso pedestre, mas muitos o percorrem em bicicleta. Esta rota tem 176 quilómetros e atravessa quatro concelhos, unindo assim as arribas do Douro Internacional aos vinhedos do Douro Vinhateiro. Como a sua extensão ainda é considerável, aconselha-se a que divida a rota em diversas etapas. O percurso inicia-se em Paradela, Miranda do Douro, atravessando uma zona de contrastes entre o vale escarpado do Douro e o Planalto Mirandês.
Depois, entra no Mogadouro, de onde sai um percurso alternativo que segue próximo do vale do Douro. Segue-se o concelho de Freixo de Espada à Cinta, o que tem maior extensão, com 60 quilómetros, e onde destacamos a aldeia de Mazouco, conhecida pelas suas pinturas rupestres. Por fim, o percurso entra em Torre de Moncorvo, atravessando a sede do concelho e uma parte da Região Demarcada do Douro.
7. Ecopista do Sabor (Torre de Moncorvo)
![Ecopista do Sabor](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2015/05/2324473Master.jpg)
Esta pista de 34 quilómetros tira partido do reaproveitamento da linha de caminho de ferro, num troço que segue a margem norte do rio entre o Pocinho, em Vila Nova de Foz Côa, e Carviçais, em Torre de Moncorvo. Este trajeto exige alguma preparação física e oferece paisagens incríveis sobre o Douro, o vale do Sabor, o Alto Douro Vinhateiro e a Serra do Reboredo.
É simultaneamente uma estrutura vocacionada para o recreio e para a descoberta de locais de grande beleza, que foram “esquecidos” com a desativação dos transportes ferroviários. A localidade de Foz do Sabor, conhecida como a última aldeia piscatória de Trás-os-Montes, é o ponto onde o Sabor desagua no Douro, e apresenta um vasto lençol de água.
8. Miranda do Douro – São João das Arribas
![Miradouro de São João das Arribas](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2018/09/37924651145_67a376a6c1_b-1024x683.jpg)
A paisagem do cimo do Miradouro de São João das Arribas é impossível de descrever em palavras, tal é a sua beleza e imensidão deste local perfeitamente enquadrado entre o vale do Douro e as escarpas rochosas das arribas. É aqui que termina este percurso de oito quilómetros, que se inicia junto do posto de turismo de Miranda do Douro.
O traçado do percurso é maioritariamente plano, embora apresente algumas subidas e descidas ligeiras no Planalto Mirandês. O trajeto passa por povoações como Vale de Águia e Aldeia Nova, até chegar a um caminho de terra batida que leva à capela de São João das Arribas, num ponto sobranceiro ao vale do Douro e cuja envolvência o torna num dos miradouros mais enigmáticos do Parque Natural do Douro Internacional.
9. Rota do Pico da Vila (Mesão Frio)
![Rota do Pico da Vila (Mesão Frio)](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2022/03/55376168Master-1024x768.jpg)
É um percurso que requer alguma preparação física, tendo um total de 12 quilómetros e passando por entre montes, vinhedos, aldeias e caminhos ancestrais com vista privilegiada sobre o rio. Este percurso tem diversas subidas e descidas, que lhe permitem apreciar melhor a tríade entre monte, vinha e Douro.
O seu ponto de partida e de chegada é o Largo da Independência, no centro de Mesão Frio. Pelo caminho, passará pelo miradouro de São Silvestre, de onde pode contemplar a paisagem sobre o rio e os vinhedos.
10. Ecopista do Corgo (Vila Pouca de Aguiar)
![Ecopista do Corgo](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2015/05/carrazedo-borealis-linha-corgo-douro-1024x700.jpg)
É o resultado da recuperação da antiga linha ferroviária, que foi desativada em 1990, e que unia Vila Real a Vila Pouca de Aguiar. Esta ecopista permite apreciar a paisagem arrebatadora sobre as serras do Marão e do Alvão, bem como diversas linhas de água. A via encontra-se dotada de zonas de lazer e tem grande riqueza ao nível da flora e da fauna.
No concelho de Vila Pouca de Aguiar, a ecopista tem 20 quilómetros, começando no apeadeiro de Tourencinho, passando pela vila termal de Pedras Salgadas e terminando em Sabroso de Aguiar. Já no concelho de Vila Real, o trajeto tem 18 quilómetros, iniciando na antiga estação da CP e indo até aos limites do município vizinho.