A cidade de Coimbra possui, por si só, inúmeros locais para visitar que o podem fazer perder vários dias a desfrutar desta bela cidade no centro de Portugal. No entanto, há muito mais para descobrir nos arredores de Coimbra. Seja para turistas que visitam a cidade ou seja para os próprios habitantes, perto de Coimbra, a menos de 1 ou 2 horas de carro, existem muitos locais dignos de uma visita, seja de apenas um dia ou até mais.
Os principais pontos de interesse e atracções turísticas dos arredores de Coimbra são muito variados e podem ir desde as fabulosas praias da Figueira da Foz até às aldeias de xisto da Serra da Lousã, passado ainda por monumentos como o castelo de Montemor-o-Velho ou fantásticos parques verdes como a Mata do Buçaco. Estes são os melhores locais para visitar nos arredores de Coimbra.
1. Aveiro
A cidade de Aveiro é capital de Distrito, situa-se na região centro, tem cerca de 60 mil habitantes, é também sede de município, com uma área de 199 quilómetros quadrados e 73 626 habitantes, distribuídos por 14 freguesias. A elevação de Aveiro a cidade, verifica-se em 1759, no reinado de D. José I. Aveiro, devido à situação geográfica, junto à Ria de Aveiro, com exploração das salinas, a pesca e o comércio marítimo, fixou a população nesta zona e já existia antes da formação da nacionalidade, vindo a ser elevada a vila, no século XIII, mas o primeiro foral atribuído à vila, data de 1515, no reinado de D. Manuel.

As condições privilegiadas desta população foram interrompidas no final do séc. XVI, quando se fechou o canal que liga a ria ao mar, impedindo a utilização do porto e provocando a estagnação das águas. Situação, que durou praticamente dois séculos e afastou uma grande parte da população para outras zonas, uma vez que, desde as condições ambientais, com riscos para a saúde, à economia da região, foram muito afectadas. No início do século XIX, obras, orientadas pelo Engenheiro francês, Reinaldo Oudinot e pelo engenheiro português, Luís Gomes de Carvalho, resolvem, em dois meses, o problema. Uma característica de Aveiro, era o barco Moliceiro, uma embarcação destinada à recolha e transporte do moliço, que cresce no leito da Ria de Aveiro, actualmente estes barcos fazendo visitas guiadas para turistas.
2. Figueira da Foz
A Figueira da Foz, assim chamada por se situar na foz do Rio Mondego, é uma das principais estâncias de veraneio da região centro. Cosmopolita e cheia de vida, ganhou importância desde finais do séc. XIX em que “ir a banhos à Figueira” era um hábito entre a aristocracia do Centro de Portugal. A Figueira da Foz possui uma vasta oferta hoteleira, um casino fundado em 1900 e uma excelente praia que possui um enorme areal e oferece as condições ideais para a prática de desportos naúticos, tendo aqui lugar provas dos campeonatos de vela e de motonáutica.

Nas redondezas, vale a pena subir a Serra da Boa Viagem e apreciar o panorama a partir do Miradouro da Vela, podendo apreciar a cidade e as Salinas do Mondego, e em dias de boa visibilidade pode-se vislumbrar a orla marítima até às Ilhas Berlengas. Mas Figueira da Foz sempre foi, e continua a ser, conhecida e famosa pelas suas praias de elevada qualidade, muito adequadas para férias em família.
3. Montemor-o-Velho
Seja de carro, a pé, de bicicleta ou a cavalo, Montemor-o-Velho convida à contemplação, à atenção ao detalhe das ruas dos centros históricos. Do alto dos miradouros de Reveles ou de Montemor-o-Velho desfrute de uma paisagem ímpar, que vai mudando tranquilamente de cores ao longo das estações, e apaixone-se pelo Baixo Mondego. O imponente Castelo, a maior fortificação do Mondego e uma das mais belas do País, marca a paisagem e a vivência de Montemor-o-Velho.

Ali respira-se história e quase podemos voltar aos tempos das lutas de reconquista do território, dos sacrifícios dos heróis nacionais e dos amores proibidos de D. Pedro e Inês de Castro. Descubra ruas medievais extramuros onde a fidalguia de casas oitocentistas ou a ingenuidade popular dos recantos continuam a surpreender. De destacar ainda a riqueza arquitetónica das casas senhoriais, das Igrejas e da arte sacra um pouco por todo o concelho, principalmente nos centros históricos de Tentúgal, Pereira e Montemor.
4. Águeda
Águeda, promovida a cidade desde 1985, insere-se no Distrito de Aveiro, região Centro e sub-região do Baixo Vouga, contabiliza nos dias de hoje sensivelmente 14 504 habitantes residentes. É do nome Ágata, atribuído ao rio aqui situado, que a origem do nome Águeda vem. No que concerne a origem histórica, é na Estação Arqueológica do Cabeço do Vouga que se podem encontrar vestígios de presença Romana, o que faz alguns prever que a via romana que ligava Aeminium (Coimbra) a Cale (Gaia) passasse por Águeda. Já os árabes são mencionados num documento que data de 1050, sendo estes associados a nomes de vilas situadas na área actual do concelho de Águeda, a qual deve a sua fundação aos celtas, Túrdulos e Gregos remontando ao ano de 370 Ac. Águeda era ponto de apoio dos caminhos de Santiago.

Na sua albergaria ter-se-á recolhido em 1325 a Rainha Santa Isabel, quando se dirigia em peregrinação para Santiago de Compostela. No dia 8 de Julho de 1985, a vila de Águeda é elevada à categoria de cidade. Foi no entanto 150 antes, que começou a ter uma vida politica bastante activa, aquando da altura em ascendeu a concelho, muito devido à sua capital importância politico-militar da resistência à 2ª invasão francesa, devido à capacidade de socorrer, no seu hospital militar, os feridos provenientes das batalhas. As festas e romarias religiosas são presença assídua nesta por serem considerados momentos de reconciliação e reencontro entre as pessoas.
5. Penela
Vila da região Centro do País, tem o cognome de Vila Presépio, pela sua beleza e disposição física e geográfica. Fundada ainda antes da nacionalidade, teve o seu primeiro foral em Julho de 1137, concedido por D. Afonso Henriques, sendo portanto um dos Municípios mais antigos do País, dada a sua importância estratégica por alturas da reconquista. A marcar a história desta vila de importante legado patrimonial e singular beleza, está o seu Castelo, de onde se tem um fantástico panorama sobre a paisagem circundante, nomeadamente a pitoresca vila e as encostas densamente arborizadas da Serra da Lousã.

Passeando pelo concelho de Penela o visitante depara-se com inúmeros legados patrimoniais, como o Pelourinho de Penela, as Igrejas de São Miguel, da Misericórdia (século XVI) ou a de Santa Eufémia (renascentista), entre tantas outras espalhadas pelo município. O Concelho de Penela é igualmente rico em aldeias serranas com a sua arquitectura rural típica bem preservada, como Ferraria de São João, na Freguesia da Cumieira, sendo igualmente rico na sua beleza serrana natural. Perto de Penela situa-se a povoação do Rabaçal, com a sua importante Villa Romana datada do século IV d.C, e o seu bonito Vale, de onde provém uma erva afamada: a erva de Santa Maria, que diz-se ser o segredo para o sabor excelente do seu Queijo, feito de uma mistura de leite de ovelha e de cabra.
6. Casal de São Simão
Pequena aldeia, de praticamente uma só rua, essencialmente construída em quartzito. Situa-se num dos flancos da crista quartzítica que dá origem às Fragas de São Simão e possui o templo mais antigo do concelho de Figueiró dos Vinhos.

Casal de São Simão estende-se ao longo de uma cumeada quase paralela ao curso da Ribeira de Alge. A entrada fica no extremo mais elevado e a povoação termina onde os declives tornaram difícil a continuidade dos arruamentos. Nesta aldeia há um novo sentir colectivo feito de pessoas que recuperaram as casas com as suas próprias mãos. São novos aldeões que vieram da cidade e que trouxeram nova vida a estas paragens.
7. Talasnal
Esta é, desde há muito, a Aldeia do Xisto da Serra da Lousã que tem dado mais visibilidade e carisma ao conjunto. Pela sua dimensão e disposição, mas também pelos muitos pormenores das recuperações das suas casas. E também pela forma como a aldeia nos seduz pela boca. A fonte e o tanque emitem a melodia que acompanha a nossa visita. As casas decoram-se com os ramos das videiras.

A ruela principal do Talasnal acompanha o declive da encosta, num percurso íngreme. Dela derivam quelhas e becos, que criam um ambiente de descoberta que todos gostam de explorar à espera da surpresa de um novo recanto. Descobrir esta aldeia representa mergulhar no mundo mágico da Serra da Lousã e embrenhar-se numa vegetação luxuriante por onde espreitam veados, corços, javalis e muitas outras espécies. Aqui reina a Natureza, sensível, que pede respeito.
8. Buçaco
A Mata do Buçaco fica muito aquém das grandes florestas da Europa em extensão. No entanto, a variedade das suas espécies vegetais ultrapassa-as em grande medida. Dentro dos muros construídos pelos Carmelitas Descalços existem cerca de 400 espécies nativas da faixa atlântica portuguesa e aproximadamente 300 provenientes de outros climas. O elemento mais representativo desta simbiose é o cedro do Buçaco, um imponente cipreste originário do México que terá sido a primeira espécie exótica plantada na floresta pelos monges em 1656. O Cedro de São José, plantado há 350 anos pelos monges junto à porta com o mesmo nome, é o símbolo local desta espécie imponente de árvores.

Se há local fresco e tranquilo para passear, esse lugar é a Mata do Buçaco. Com seis percursos pedestres, devidamente identificados, a mata convida-o a partir à descoberta da sua botânica deslumbrante. Siga até ao Vale dos Fetos e delicie-se nos seus lagos, refresque-se nas inúmeras fontes espalhadas pela cerca e admire os recantos naturais desenhados pela vegetação luxuriante. Pode também explorar a mata através dos percursos históricos: admire as imponentes portas da cerca ou as ermidas construídas pelos Carmelitas Descalços, que se erguem em perfeita harmonia com o arvoredo. Percorra os Passos da Paixão de Cristo, suba ao Miradouro da Cruz Alta e por fim tempo, vá até ao lugar de Almas de Encarnadouro para visitar o Museu Militar.
9. Gondramaz
A Aldeia do Xisto de Gondramaz distingue-se pela tonalidade específica do xisto que nos envolve da cabeça aos pés. Até o chão que se pisa é exemplo da melhor arte de trabalhar artesanalmente a pedra. Situada na vertente ocidental da Serra da Lousã, a paisagem que envolve Gondramaz é uma obra de arte da Natureza. Há nas ruas desta Aldeia uma fina acústica que nos desperta todos os sentidos.

Dentro das suas ruas a voz das pessoas torna-se mais nítida e convidativa. São pessoas que partilham a comunhão e a versatilidade de uma nova opção de vida cheia de “garra” e de sonho. Esta aldeia foi alvo de uma requalificação que lhe devolveu todo o encanto e a tornou numa das mais belas aldeias do xisto.
10. Pombal
A localidade de Pombal, dominada pelo castelo de Pombal, encontra-se situada a 25 quilómetros a noroeste de Leiria, Portugal. Esta localidade, localizada aos pés do castelo templário, guarda a memória de Marquês de Pombal, que tinha aqui a propriedade onde passou os seus últimos dias de vida. No local, além do castelo já mencionado, destaca-se a elegante Igreja de Nossa Senhora do Cardal, e ol Museu Municipal Marquês de Pombal.

Pombal é um excelente ponto de partida ou de passeio para visitar a Serra de Sicó, com as suas grutas e aldeias típicas, onde hoje em dia continuam a fazer queijos e pastéis tradicionais, e se mantem o artesanato tradicional com o que se elaboram tapetes, cestas, cerâmica, etc. Perto do litoral, atravessando a Mata Nacional do Urso, encontrarás praias tranquilas onde poderás praticas numerosos desportos aquáticos.
11. Lousã
Situada bem no centro de Portugal, a vila da Lousã, sede de concelho, provavelmente teve origem ainda nos tempos de ocupação muçulmana. Reza a lenda que um emir, ou um rei, teria mandado aqui erguer o castelo para proteger a sua filha. O nome deste emir seria Arunce, e em sua homenagem tanto a povoação quanto o castelo tiveram o nome de Arouce. Inúmeros são os vestígios datados da ocupação romana, presentes por todo o concelho, existindo mesmo fortes probabilidades de, no Vale do Ceira, ter existido explorações de ouro. O concelho da Lousã caracteriza-se pelos seus monumentos, história, belezas paisagísticas e, sobretudo, a montanha, para além da proximidade com outros importantes centros turísticos da região.

Na vila da Lousã, a planície funde-se com a montanha, e muitos são os locais de interesse, como as magníficas casas do século XVIII que se espalham pela Vila, como o elegante Palácio dos Salazares, ou a Casa da Viscondessa de Espinhal, a Casa dos Magalhães Mexias ou a Casa da Rua Nova, entre tantas outras.
Igualmente dignas de registo são a Igreja Matriz e a Misericórdia, bem como o conjunto de ermidas que formam o Santuário de Nossa Senhora da Piedade. Nos arredores, vale a pena conhecer as “Aldeias De Xisto“, como Candal, Casal Novo, Cerdeira, Chiqueiro e Talasnal e as tradicionais aldeias serranas, tais como Catarredor, Vaqueirinho e Franco.
12. Cerdeira
A Cerdeira é um local mágico. Logo à entrada, uma pequena ponte convida-nos a conhecer um punhado de casas que espreitam por entre a folhagem. Parece que atravessamos um portal para um mundo fantástico. Tudo parece perfeito neste cenário profundamente romântico. O chão de ardósia guia-nos por um caminho até uma fonte no meio de uma frondosa vegetação.

Entre encostas declivosas rasgadas por linhas de água que se precipitam lá do cimo, a Cerdeira aninha-se, na mais bucólica envolvente. Esta é uma aldeia que a arte e a criatividade ajudaram a refundar. Aliás, em certos momentos do ano, esta aldeia é animada por encontros temáticos que juntam arte e botânica.
Faltou Batalha, Leiria, Porto de Mós tudo perto de Coimbra.
A região de Coimbra vai de Aveiro até Leiria. É uma das melhores, senão a melhor, cidades portuguesas.
Bom artigo.
Coimbra é uma das melhores cidades para se morar e trabalhar em Portugal.
Esqueçeram de duas cidades turisticas com mosteiro e castelo a uma ou duas horas também na região de Coimbra que são Batalha e Leiria.
A capital do Centro de Portugal é fantástica.
Na região de Coimbra falta a cidade de Leiria com o seu castelo lá no alto.
COIMBRA é a cidade!
Penacova tem bom ar