Com o preço dos bens alimentares a pesar cada vez mais no orçamento familiar, saber onde comprar pode fazer uma diferença significativa no final do mês.
De acordo com a DECO PROteste, o mesmo cabaz de produtos essenciais pode variar até 40 euros consoante o supermercado escolhido.
Pequenas escolhas, grandes diferenças
Na semana de 24 de setembro a 1 de outubro de 2025, o cabaz médio de 63 produtos essenciais — como arroz, massa, fruta, legumes, carne, peixe, laticínios e azeite — custava 241,97 €. Apesar de representar uma ligeira descida de 0,20% face à semana anterior, continua bastante acima dos valores praticados em 2023.
Alguns aumentos são expressivos: os brócolos subiram 39% desde janeiro, enquanto o azeite ultrapassou os 10 euros por garrafa de 3 litros em certos momentos do ano.
Quem lidera o ranking de preços?
Segundo o mais recente relatório da DECO PROteste (dados de 2024, canal online), Continente e Pingo Doce aparecem empatados como os supermercados mais baratos. Seguem-se Auchan e Froiz, enquanto a 360Hyper surge como a mais cara.
É importante notar que este ranking diz respeito ao canal online. Nas lojas físicas, os preços podem variar de forma significativa entre regiões e semanas, consoante promoções, custos logísticos e estratégias comerciais.
E em 2025, o cenário mantém-se?
De acordo com o comparador da DECO PROteste, os preços mais baixos continuam, em média, a encontrar-se no Continente e no Pingo Doce, embora as diferenças sejam muitas vezes mínimas e dependam do produto e da localização.
Pingo Doce vs. Continente: há um vencedor claro?
Não. Em muitos casos, a diferença é simbólica e depende das promoções da semana. Um produto pode ser mais barato num deles esta semana, e no outro na semana seguinte.
Quanto se pode poupar realmente?
Um cabaz mensal de 250 euros pode custar menos de 242 euros nos supermercados mais económicos e ultrapassar os 280 euros nos mais caros. Isto significa uma poupança de cerca de 40 euros por mês — ou quase 480 euros num ano.
Este valor pode equivaler a uma fatura de eletricidade, ao seguro automóvel ou até a parte das despesas escolares. E se começar a poupar 40 euros por mês a partir de outubro, pode chegar ao Natal com mais 120 euros no bolso — valor suficiente para reforçar a ceia ou comprar presentes sem comprometer o orçamento.
Por que razão há tanta diferença de preços?
Segundo a DECO PROteste, há vários fatores a influenciar os preços:
- Produtos frescos sazonais: estão sujeitos a variações abruptas consoante a produção ou o clima.
- Mercado internacional: produtos como café ou cereais dependem de colheitas e exportações globais.
- Estratégias comerciais: muitos supermercados baixam o preço de produtos “âncora” como o leite, criando a perceção de serem mais baratos, mas compensam com preços mais elevados noutros artigos.
- Cartões de fidelização: oferecem descontos e vales, mas por vezes escondem preços base mais altos.
- Custos regionais: logística e distribuição podem fazer variar os preços entre Lisboa, Porto ou Algarve.
Como saber onde comprar na sua região?
A DECO PROteste disponibiliza um comparador interativo por distrito e concelho, permitindo simular o cabaz de compras e saber onde é mais barato comprar na sua área.
Também é recomendável:
- Planear as compras com antecedência;
- Evitar promoções “isco” sem verificar os preços base;
- Dividir as compras por tipo de produto.







