Localizada no estado de Minas Gerais, no vale do rio Jequitinhonha, Diamantina destaca-se por sua paisagem exuberante da Serra do Espinhaço, composta de ladeiras, grutas, cachoeiras e história, formando um dos conjuntos paisagísticos mais significativos do Brasil.
Trilhas, caminhos de pedra e cachoeiras circundam o lugar, que ficou famoso por suas “celebridades”: primeiro, Chica da Silva, escrava sem papas na língua que se casou com um contratador português e ganhou vida de princesa; depois, por seu filho mais ilustre, o ex-presidente brasileiro Juscelino Kubistcheck (1902-1976).
Em 1999, Diamantina ganhou o título de Patrimônio Cultural da Humanidade da UNESCO, devido a seu casario colonial e suas igrejas barrocas. Mas há muito mais a conferir na cidade mineira.
O que fazer em Diamantina
1. Construções históricas
Igrejas e sobrados do século 18 fazem do passeio pelo centro de Diamantina uma viagem ao Brasil Colônia, época em que a região era rica na extração de pedras preciosas. É preciso reservar um tempo especial para visitar a casa onde nasceu e viveu o ex-presidente Juscelino Kubistcheck; a Casa do Muxarabiê, com influência árabe em sua arquitetura e que abriga a Biblioteca Antônio Torres; a Casa da Glória, com uma área externa que liga os dois prédios da construção; a Casa de Chica da Silva, com seus espaços grandiosos e sacadas de onde pode ser avistada a torre da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, que Chica mandou construir para que os escravos pudessem participar das missas.
O circuito do centro histórico fecha com o Museu do Diamante e o Mercado Municipal, onde ficava a intendência, justamente o local destinado ao descarregamento e comercialização das mercadorias vindas de outros locais, na época colonial.
2. Parque Estadual do Biribiri
Inserido no complexo da Serra do Espinhaço, o parque abriga a Vila Biribiri, uma bucólica localidade formada por belo casario atravessado por ruas de terra, erguida no final do século XIX. Hoje por lá há cerca de 30 moradias, restaurantes simples que servem a comida farta e apetitosa típica das Minas Gerais, além de uma igreja colonial.
A reserva do parque, com 17 mil hectares, mescla cerrado, matas de galeria e campos rupestres, além das cachoeiras da Sentinela e dos Cristais. São várias quedas d’água, piscinas naturais e poços para banho, como o da Água Limpa e o do Estudante.
Nele também há o Caminho dos Escravos, que fazia parte da antiga Estrada Real – são 20 quilômetros em oito horas de caminhada! O percurso vale a viagem: mata nativa, rios, cascatas e a vista panorâmica da cidade.
3. Cachoeiras
Além das localizadas em Biribiri, há o trio formado pelas cachoeiras das Fadas, da Toca e de Três Quedas (70 metros de altura!). Todas formam piscinas naturais difíceis de se resistir. Perto de outro povoado, o de Milho Verde, as quedas em destaque são a do Piolho, com 40 metros, e do Moinho, com 20.
4. Gruta do Salitre
Ruínas, fendas, cânion e paredões de até 80 metros de altura fazem da Gruta do Salitre um passeio singular. Flora, fauna e o relevo rochoso do cenário natural encantam os turistas, que precisam marcar a visita guiada.
5. Obras de Oscar Niemeyer
Para além de todo o resto, ainda há construções criadas pelo maior mestre da arquitetura brasileira, Oscar Niemeyer (1907-2012). Como suas demais criações espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, todas são obras primas a céu aberto – o Hotel Tijuco, a Faculdade Federal de Odontologia de Diamantina, a Escola Estadual Professora Júlia Kubistchek e o Diamantina Tênis Clube.
6. Vesperatas
Aos finais de semana, grupos de serestas caminham pela cidade, partindo da Praça JK e indo até o Mercado Municipal. Nos sábados, pela manhã, há uma feira de comidas, bebidas, artesanato, frutas e verduras no mercado; à noite, uma programação especial costuma reunir uma boa turma na Rua da Quitanda, onde músicos tocam boleros, valsas e sambas nas sacadas dos prédios do casario colonial.
Para o domingo fica reservado o Café no Beco, com programação cultural especial e café da manhã mineiro, servido a céu aberto. Vale confirmar antes as datas de realização das Vesperatas, para você não perder a viagem!