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D. Pedro I: um Rei cruel, epilético, gago e bissexual

O assassinato de Inês de Castro fez de D. Pedro um Rei amargurado e, muitas vezes, violento. Descubra algumas das suas mais curiosas histórias.

VxMag by VxMag
Mai 4, 2021
in História
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D. Pedro I
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Em fevereiro de 1355, Portugal foi assolado por uma devastadora guerra civil, que opunha D. pedro, o herdeiro do trono, ao seu pai, o Rei D. Afonso IV. D. pedro atacava províncias inteiras, conquistava castelos e arrasava campos de cultivo, sendo que toda esta fúria se devia ao facto de o seu pai ter mandado matar a sua amante: D. Inês de Castro.

Filha de um nobre galego, Pedro Fernandez de Castro, D. Inês chegou a Portugal em 1340 como dama de companhia da mulher do infante, D. Constança Manuel, tendo-se tornado rapidamente amante de D. Pedro. Diz-se que, como forma de pôr um fim à relação, D. Constança convidou Inês para ser madrinha do seu segundo filho, D. Luís, mas este morreu com menos de um mês.

D. Constança acabou também por falecer pouco depois, ao dar à luz o futuro rei D. Fernando, em 1345. Já viúvo, D. Pedro assume publicamente o concubinato com Inês, para escândalo da Corte.

D. Pedro
D. Pedro

Num país assolado pela Peste Negra, D. Inês é apontada como a razão do desinteresse do infante pelos assuntos do governo. A união entre D. Pedro e D. Inês poderia também trazer graves consequências políticas, já que ambos tiveram quatro filhos (sendo que apenas 3 sobreviveram – D. João, D. Dinis e D. Beatriz).

Com receio de que a legitimidade de D. Fernando, seu neto, fosse posta em causa por essa relação (e uma vez que, na altura, corriam rumores na Corte de que D. Fernando se encontraria em perigo), D. Afonso IV mandou degolar D. Inês de Castro, seguindo os conselhos de Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco – este último acérrimo inimigo dos Castro.

Assim, a 7 de janeiro de 1355, Inês foi degolada em Coimbra, quando D. pedro andava à caça. Este ato desencadeou uma guerra civil que só terminou em agosto de 1356, tendo D. Afonso IV morrido no ano seguinte. O novo rei, obcecado por vingança, fez um acordo de extradição com o seu primo, Pedro I de Castela, tendo-lhe entregado dois nobres castelhanos em troca de Álvaro Gonçalves e de Pêro Coelho. Diogo Lopes Pacheco conseguiu salvar-se, já que fugiu para a França.

Inês de Castro
Inês de Castro

Os dois assassinos foram levados para Santarém, onde sofreram um castigo terrível, segundo relata Fernão Lopes: “a Pêro Coelho mandou arrancar o coração pelo peito e a Álvaro Gonçalves pelas espáduas. E tudo o que se passou seria coisa dolorosa de ouvir. Finalmente el-rei mandou-os queimar. E tudo foi feito diante dos paços onde ele estava, de maneira que, enquanto comia, olhava o que mandava fazer”.

D. Pedro surpreendeu a Corte, em julho de 1360, ao revelar que se tinha casado secretamente com D. Inês de Castro, seis anos antes, embora não se consiga averiguar a veracidade dessa afirmação. Pouco depois, mandou trasladar os restos mortais de Inês para o Mosteiro de Alcobaça.

D. Pedro acabou por se revelar um bom rei, mantendo a paz externa e consolidando a independência de Portugal face à Igreja através do “beneplácito régio”, que fazia depender da autorização real a divulgação dos documentos do Papa. No entanto, o rei, epilético e gago, revelava alguns traços cruéis, talvez causados pela morte da amante. Segundo Fernão Lopes, “Ele mesmo punha em eles a mão, quando via que confessar não queriam, ferindo-os cruelmente até que confessavam”.

Para além de D. Constança e de D. Inês, pensa-se que o rei teve pelo menos mais uma paixão: o escudeiro Afonso Madeira, a quem “amava mais do que se deve aqui dizer”, no dito maroto de Fernão Lopes.

Este escriba acabou por se meter com uma dama da Corte, algo que o rei não tolerou. Assim, mandou “cortar-lhe aqueles membros que os homens em mais apreço têm”. O escudeiro recuperou, “mas engrossou nas pernas e no corpo e viveu alguns anos com o rosto engelhado e sem barba”.

D. Pedro reinou durante dez anos de prosperidade, sendo muito popular, a ponto de se dizer «que taaes dez annos nunca ouve em Purtugal como estes que reinara el Rei Dom Pedro».

Factos curiosos sobre os túmulos de D. Pedro e Inês de Castro

  • A 1 de agosto de 1569, o rei D. Sebastião mandou abrir os túmulos. De acordo com o relato de dois monges que estavam presentes, enquanto os túmulos eram abertos, o Rei recitava textos alusivos ao amor de Pedro e Inês.
  • Aquando da Invasão Francesa de 1810, os túmulos foram danificados de forma irreparável e profanados pelos soldados. O corpo embalsamado de D. pedro acabou por ser retirado do caixão e envolvido num pano púrpura, enquanto a cabeça de D. Inês, que ainda continha mechas de cabelo louro, foi atirada para a sala ao lado, para junto de outros sarcófagos. Os monges reuniram mais tarde os elementos dos túmulos e selaram tudo.
  • Após 1810, os túmulos foram sendo colocados em diversos sítios da igreja, voltando à sua posição inicial no transepto (a parte transversal das igrejas, que forma os braços do cruzeiro) frente a frente, em 1956.
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