Trocar os lençóis é uma daquelas tarefas domésticas que muitos adiam, mas que tem impacto direto na saúde e no bem-estar.
A sensação de se deitar numa cama limpa, com lençóis frescos e cheirosos, é inegavelmente agradável — e devia ser mais frequente do que a maioria das pessoas imagina.
Afinal, mudar a roupa da cama é mais do que uma questão de conforto: é uma medida essencial de higiene e prevenção de problemas de saúde.
Por que é importante mudar os lençóis regularmente
Durante o sono, o corpo liberta suor, oleosidade, pele morta e até resíduos microscópicos que criam o ambiente perfeito para ácaros, fungos e bactérias. Entre estas, destaca-se a Escherichia coli, uma bactéria de origem fecal que pode causar infeções e alergias.
Com o tempo, estas impurezas acumulam-se e contribuem para maus odores, irritações cutâneas e agravamento de condições como asma ou rinite. Por isso, a frequência com que os lençóis são lavados é determinante para a qualidade do sono e da saúde.
A frequência ideal segundo a ciência
De acordo com o Instituto Pasteur, o ideal é mudar os lençóis uma vez por semana. No verão, ou em períodos de maior transpiração, pode ser sensato fazê-lo com ainda mais regularidade.
O microbiologista Philip Tierno, da Universidade de Nova Iorque, reforça esta recomendação. Segundo o especialista, lençóis que permanecem demasiado tempo na cama acumulam vida microscópica suficiente para causar doenças respiratórias e dermatológicas.
Em média, uma pessoa transpira cerca de 26 litros por ano durante o sono, criando um ambiente quente e húmido propício à proliferação de microrganismos.
Não basta trocar os lençóis
A substituição regular da roupa de cama deve ser acompanhada de outras medidas simples:
- Arejar o quarto diariamente, abrindo as janelas por pelo menos 20 minutos.
- Lavar os lençóis a 60 °C, usando detergente antibacteriano.
- Secar ao sol sempre que possível, para eliminar fungos e bactérias.
- Trocar o pijama semanalmente e lavar as almofadas de três em três meses, em programas de alta temperatura.
- Aspirar o colchão quando mudar os lençóis, para remover o pó e prolongar a durabilidade do material.
Tipos de lençóis e cuidados a ter
O tipo de tecido não altera a frequência recomendada de lavagem, mas influencia o conforto, a durabilidade e os cuidados necessários.
Lençóis 100% algodão
São os mais comuns e equilibrados em termos de qualidade e preço. Suaves, antialérgicos e resistentes, secam rapidamente e suportam lavagens frequentes.
Lençóis de algodão egípcio
Considerados de gama superior, distinguem-se pela suavidade e resistência das fibras longas. Têm maior durabilidade e mantêm o toque agradável mesmo após várias lavagens.
Lençóis de microfibra
Produzidos a partir de fibras sintéticas, são leves, de secagem rápida e antialérgicos. No entanto, desgastam-se mais depressa do que os de algodão natural.
Lençóis de seda
Elegantes e luxuosos, adaptam-se à temperatura corporal e são ideais para quem tem pele sensível ou cabelo frágil. Contudo, requerem lavagem delicada e não devem ser expostos ao sol por longos períodos.
Lençóis de cetim
Fabricados a partir de seda com tecelagem mais fechada, são uma alternativa mais económica que mantém a suavidade e o brilho característicos.
Independentemente do tipo de lençol, a regra é simples: mudar a roupa de cama todas as semanas. Esse hábito melhora a higiene, a saúde e até a qualidade do sono.
Uma cama limpa não é apenas mais confortável — é um ambiente mais seguro para descansar.










