Existe algumas dezenas de palácios espalhados um pouco por todo o território nacional, especialmente em Sintra. No tempo da monarquia, eram residências da alta nobreza, objetos de luxo e ostentação destinados não só a proporcionar conforto mas também estatuto. Hoje, grandes parte dos palácios em Portugal encontram-se abertos ao público e qualquer pessoa os pode visitar.
Muitos deles foram recuperados nos últimos anos e convertidos em museus, bibliotecas e até hotéis de luxo. Existem alguns mais conhecidos do que outros, especialmente aqueles que se encontram em locais mais turísticos. Mas também existem alguns que ainda são quase desconhecidos.
A maioria dos menos conhecidos encontra-se no interior do país, embora existam alguns em Lisboa que também conseguem passar despercebidos. Descubra alguns palácios em Portugal que pouca gente conhece (ainda).
1. Palácio dos Condes de Anadia
![Palácio dos Condes da Anadia](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2019/04/26653161818_4197bcc205_h-1024x683.jpg)
Está situado em Mangualde, a cerca de 20 km de Viseu, e é um local mágico pronto a ser descoberto. Este é um dos mais importantes exemplos da arquitetura senhorial setecentista, sendo uma das casas mais importantes do país, contando com traços típicos da época da sua construção, o século XVIII.
Esta obra, classificada como Imóvel de interesse Público, pertenceu à família Paes do Amaral, cujos antepassados foram embaixadores de Portugal em Nápoles durante finais do século XVIII e inícios do século XIX. Aqui se produz vinho do dão através da marca Casa Anadia. Para além das vinhas, possui jardins, estufas e largos campos de sementeira, bem como uma extensa mata.
2. Palácio de Estói
![Palácio de Estói (Faro)](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2021/09/whitejasmine_homeE280A6E2809D_CMKeP_qhUDl-874x1024.jpg)
O Palácio de Estói é único na região de Faro, sendo um pastiche rococó muito original. O palácio foi ideia de um nobre local, que morreu pouco depois do início da construção, em meados dos anos de 1840. José Francisco da Silva, outra personalidade local, adquiriu o palácio e acabou por o completar em 1909.
O trabalho foi dirigido pelo arquiteto Domingos da Silva Meira, que tinha um evidente interesse pela escultura. Hoje, o interior do palácio, maioritariamente em pastel e estuque, está a ser restaurado, com planos de se tornar uma pousada.
3. Palácio de D. Manuel
![Palácio de D. Manuel (Évora)](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2021/09/185045991_1580329538823198_3687641117321133299_n-1024x768.jpg)
Este palácio foi mandado construir por D. Afonso V, que desejava ter na cidade um paço real fora do castelo, onde se pudesse instalar. O paço foi habitado por vários monarcas portugueses, tendo-se perdido definitivamente no ano de 1895. Segundo as crónicas da altura, o paço era um dos edifícios mais notáveis do reino, tendo como principais construções o Claustro da Renascença, a Sala da Rainha, o refeitório e a biblioteca régia, esta última uma das primeiras do país.
Para além de ter sido uma das maiores obras arquitetónicas do país, o paço teve também uma enorme importância histórica, já que foi nele que Vasco da Gama foi investido no comando da esquadra da descoberta do caminho marítimo para a Índia, e foi também neste palácio que Gil Vicente representou 7 dos seus autos, dedicados às rainhas D. Maria de Castela e D. Catarina de Áustria.
4. Palácio da Brejoeira
![Palácio da Brejoeira](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2015/10/brejoeira575-1024x656.jpg)
Este palácio, embora seja propriedade privada, é património nacional desde 1910, e abre as suas portas a visitas, partilhando toda a sua beleza e relíquias escondidas. É um dos ex-libris da região do Alto Minho, sendo uma grandiosa construção em estilo neoclássico datada de princípios do século XIX. O conjunto é notável, incluindo o palácio, capela, bosques, jardins, vinhas e uma adega antiga (onde hoje é estagiada a bem conhecida Aguardente Velha).
Para lá dos jardins, cultivam-se com esmero 18 dos 30 hectares da propriedade. Não existem provas evidentes sobre quem foi o autor do projeto, mas este tem sido atribuído a Carlos Amarante, um dos mais importantes arquitetos em atividade no norte do país à época.
5. Palácio dos Condes de Óbidos
![palácios em lisboa](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2017/07/26447444402_2d9a8bb6c2_b-1-1024x681.jpg)
Junto ao jardim 9 de abril e ao Museu Nacional de Arte Antiga, encontra este palácio, chamado também de Palácio das Janelas Verdes, em Santos. Construído no séc. XVII a mando de D. Vasco de Mascarenhas, a sua fachada marcada pela sobriedade das linhas é pontuada com torreões quadrangulares, ao estilo dos velhos solares medievais.
A sul, encontra-se um grande terraço com vista para o rio, decorado com um fantástico painel de azulejos. Hoje, é a sede da Cruz Vermelha Portuguesa e no seu interior pode visitar uma das bibliotecas mais bonitas de Portugal.
6. Palácio Galveias
![Palácio Galveias](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2018/10/sopsec_portfolio_reabilitacao_patrimonio_biblioteca-palacio-galveias-09-1024x683.jpg)
Situado na zona das Avenidas Novas, numa das laterais da Praça de Touros do Campo Pequeno, o palácio foi construído no séc. XVII como casa de campo da nobre família Távora. Desde 1929, uma biblioteca ocupa todo o palácio Galveias.
No jardim exterior, existe um quiosque com esplanada. O conjunto foi alvo de obras de requalificação durante dois anos, tendo voltado a abrir em junho de 2017. Pode visitar o palácio gratuitamente e aproveitar para procurar algumas obras nas suas estantes.
7. Palácio Foz
![Palácio Foz](https://www.vortexmag.net/wp-content/uploads/2017/11/55.original-1024x682.jpg)
Chamado inicialmente de Palácio castelo Melhor, foi projetado no séc. XVIII, mas a sua construção prolongou-se até ao séc. XIX. A fachada e estrutura são do estilo setecentista, mas o interior, remodelado posteriormente, tem estilo revivalista, característico da segunda metade do séc. XIX.
Na altura em que foi construído, apenas havia hortas em volta do palácio; hoje, está rodeado de casas. A família que mandou construir este edifício ficou pouco tempo com ele.