Rosas vermelhas, amarelas, cor-de-rosa, perfumadas ou discretas, antigas ou modernas — há uma roseira para cada gosto, jardim e estação.
Consideradas por muitos como as rainhas do jardim, estas plantas encantam há séculos e continuam a ser das mais procuradas por quem quer dar cor e elegância a um canteiro, pátio ou varanda.
Apesar da sua fama de exigentes, as roseiras adaptam-se bem a diferentes condições, desde que se respeitem algumas regras básicas. Este guia é uma ajuda prática para quem quer começar — ou melhorar — o cultivo de roseiras em casa.
Como escolher a variedade certa
Há milhares de variedades de roseiras, e a escolha deve ter em conta o clima, o espaço disponível, a exposição solar e, claro, o efeito pretendido.
- Antigas: mais rústicas, perfumadas e resistentes, com floração sazonal.
- Modernas: mais variadas em formas e cores, com floração contínua.
- Silvestres e híbridos: ideais para zonas de menor manutenção, com grande adaptabilidade.
Num jardim amplo, pode optar por roseiras arbustivas ou trepadeiras. Em espaços reduzidos, as variedades miniatura ou anãs funcionam bem em vaso.
Plantar no solo ou em vaso
As roseiras gostam de sol directo durante pelo menos 6 horas por dia e de solos férteis, profundos e bem drenados. Em vaso, escolha recipientes com no mínimo 30 cm de profundidade, com boa drenagem e substrato enriquecido com composto.
Para plantar:
- Abra uma cova ou prepare o vaso com uma base drenante (pedrinhas ou argila expandida).
- Misture terra vegetal com composto e um pouco de areia.
- Posicione a planta com o colo ao nível do solo.
- Regue generosamente após o plantio.
Rega, adubação e poda: a manutenção essencial
As roseiras precisam de rega regular, mas não excessiva. No verão, regue uma ou duas vezes por semana; no inverno, espaçe mais. Evite molhar as folhas para prevenir fungos.
Adube uma vez por mês na primavera e verão, e a cada dois meses no resto do ano. Use adubo rico em azoto, fósforo e potássio (ex.: 10-10-10).
A poda deve ser feita no final do inverno, antes do início da nova brotação. Elimine ramos velhos, secos ou cruzados. Ao longo do ano, vá retirando flores murchas para estimular novas florações.
Pragas e doenças: como manter a planta saudável
As roseiras podem ser atacadas por pulgões, cochonilhas, ácaros ou lagartas. Inspecione regularmente e, se necessário, aplique soluções naturais como óleo de neem ou sabão de potássio.
Doenças fúngicas como oídio, míldio ou mancha negra são comuns. Mantenha a planta arejada, evite o excesso de humidade e remova folhas afectadas. Se o problema persistir, recorra a fungicidas específicos.
Multiplicação: estacas, alporquia ou enxertia
Se quiser multiplicar roseiras, pode usar:
- Estacas: corte ramos saudáveis e plante em substrato húmido. Cubra com plástico para criar estufa.
- Alporquia: enraíze um ramo ainda ligado à planta mãe, usando esfagno húmido e plástico. Corte só quando tiver raízes.
- Enxertia: técnica mais avançada, ideal para combinar resistência do porta-enxerto com a beleza da variedade pretendida.
Cultivar roseiras é um gesto de dedicação que traz cor, perfume e presença a qualquer espaço. E a recompensa vem em forma de flores — ano após ano.










