Portugal é cada vez mais procurado — e não apenas por quem chega de fora. Mas, apesar da crescente popularidade, ainda existem recantos serenos onde é possível abrandar o passo e redescobrir o prazer da simplicidade.
São lugares onde a paisagem é autêntica, o silêncio ainda se ouve e o tempo parece suspender-se. A seguir, sugerem-se cinco destinos ideais para uma pausa longe da azáfama.
1. Rio de Onor (Bragança)

Na raia transmontana, junto à fronteira com Espanha, Rio de Onor mantém tradições comunitárias que desafiam os dias de hoje. Os habitantes partilham terras e costumes — e até um dialeto próprio.
Dividida ao meio pelo rio que lhe dá nome, esta aldeia é um exemplo vivo de comunhão com a natureza e com a história. Sem rede móvel em muitos pontos, é o local ideal para desligar verdadeiramente.
2. Marvão (Alentejo)

Erguida no alto da Serra de São Mamede, Marvão oferece vistas amplas sobre a planície alentejana. A sua localização, dentro de muralhas e rodeada por natureza, proporciona um ambiente calmo e quase intocado.
Percorrer as ruas empedradas, contemplar o pôr do sol do castelo ou simplesmente ficar em silêncio torna-se uma experiência valiosa. Fora da época alta, a vila revela-se ainda mais tranquila.
3. Mértola (Baixo Alentejo)

À beira do Guadiana, Mértola é uma vila que parece saída de um livro de história. De origem islâmica, preserva no seu traçado e no seu património marcas de várias civilizações.
Com o casario branco, a antiga mesquita adaptada a igreja e a envolvência do Parque Natural do Vale do Guadiana, é um destino que apela à contemplação e ao contacto com a natureza.
4. Aldeias do Xisto menos conhecidas (Serra da Lousã)

Enquanto Talasnal e Candal atraem cada vez mais visitantes, há outras aldeias na Lousã onde o tempo ainda corre devagar. Chiqueiro, Aigra Nova ou Casal Novo mantêm a traça original, envolvidas por floresta e ligadas por trilhos estreitos.
São espaços onde o silêncio impera e o som dominante é o da água a correr ou das folhas a mexer com o vento.
5. Lagoa de Óbidos (Oeste)

Apesar da proximidade da vila de Óbidos e das praias atlânticas, a lagoa continua a ser um refúgio de calma. Ideal para passeios de paddle, banhos tranquilos ou simples contemplação, proporciona dias de descanso em sintonia com a paisagem envolvente.
A zona menos frequentada, longe da Foz do Arelho, é especialmente recomendada para quem procura privacidade e silêncio.
Estes cinco lugares mostram que, mesmo num país cada vez mais visitado, ainda há espaço para parar, respirar e apreciar a viagem com outro ritmo.










