A língua portuguesa é um universo em expansão. São mais de 200 mil palavras registadas em dicionários, sem contar gírias, regionalismos e estrangeirismos que circulam nas conversas e nas redes sociais. E, no entanto, a maioria de nós recorre sempre às mesmas expressões.
Algumas palavras, menos ouvidas no quotidiano, têm a capacidade de transmitir com mais precisão sentimentos, ideias ou estados de espírito. São vocábulos que acrescentam cor ao discurso e revelam a riqueza de um idioma que nunca se esgota.
A seguir, reunimos 20 exemplos que merecem ser lembrados.
- Alvissareiro: algo que traz boas notícias.
- Belicoso: inclinado à disputa ou à agressividade.
- Candura: pureza, ingenuidade, sinceridade.
- Desídia: ausência de cuidado; negligência.
- Fútil: sem relevância ou utilidade.
- Gnose: conhecimento profundo, muitas vezes de carácter espiritual.
- Hediondo: que provoca repulsa ou horror.
- Ímpeto: impulso forte e repentino.
- Jubiloso: em estado de grande alegria.
- Lacónico: conciso, breve, de poucas palavras.
- Magnânimo: generoso, nobre de espírito.
- Nefasto: que traz desgraça ou infelicidade.
- Ócio: tempo livre, usado para descansar ou fruir.
- Perene: aquilo que dura sem fim.
- Quimera: ilusão, ideia utópica.
- Rubicundo: avermelhado, corado.
- Sagaz: astuto, perspicaz.
- Tácito: implícito, não dito.
- Ululante: evidente, impossível de negar.
- Volúvel: instável, de humor ou opinião mutável.
Não é preciso forçar. As palavras novas entram naturalmente no vocabulário quando se lê com frequência, quando se escuta com atenção ou quando se escreve de forma regular. Um romance, uma crónica ou até uma letra de música podem apresentar um termo inesperado que fica conosco.
Mais do que decorar listas, trata-se de curiosidade: a língua cresce conosco, e quanto mais exploramos, mais descobrimos que uma palavra pode mudar por completo a forma de pensar ou de sentir uma ideia.










