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10 pequenos países europeus que já não existem (1 deles ficava em Portugal)

A Europa foi pródiga em mudanças nas suas fronteiras e deu origem a pequenos e desconhecidos países que já não existem. Um deles ficava em Portugal.

VxMag by VxMag
Out 5, 2021
in História
2
Livónia europeus

Livónia

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Ao longo dos séculos, tem havido diferentes entidades nacionais na Europa: estados, países, micro-estados, federações, impérios… A maioria deles perdeu-se na história de uma forma ou de outra e aparecem nos livros da escola ou nas enciclopédias, sendo bastante conhecidos, como a Prússia ou o Império Austro-Húngaro, por exemplo.

Mas há outros que, por causa do curto período de tempo que duraram, porque a sua extensão era mínima, ou porque eram apenas peões no jogo das grandes potências, foram esquecidos e nunca mais ouviu falar neles, tornando-se numa espécie de lenda. Alguma vez ouviu falar da Curlândia ou da Livónia? São apenas alguns exemplos. Um desses micro países esquecidos tinha um pequeno território encravado entre Portugal e Espanha e durou 800 anos.

Houve muitos países efémeros deste género, não apenas na Europa mas espalhados um pouco por todo o mundo. Nesta lista, vamos falar apenas de 10, aqueles que achamos mais interessantes. Quantos deles conhece?

1. Curlândia

Curlândia
Curlândia

Foi um ducado independente desde 1561 a 1795, correspondendo ao oeste da atual Letónia. Foi o estado europeu mais pequeno a manter colónias na África e na América, tendo estabelecido em 1642 uma colónia na ilha caribenha de Tobago (abandonada em 1689) e contando com uma colónia na ilha de San Andres, no estuário do rio Gâmbia, em África. Depois de mais de dois séculos de existência, a Curlândia acabou por se tornar uma província russa.

2. Estado Livre de Trieste

Estado Livre de Trieste
Estado Livre de Trieste

O Trieste é um território que ainda hoje tem um forte movimento de independência, enraizado na história. O território e a cidade foram colocados sob a proteção do Império Austríaco em 1382, por iniciativa dos habitantes. Após a I Guerra Mundial, no entanto, foi anexado à Itália, graças a um acordo alcançado entre o Reino Unido, Rússia e França.

No período entre guerras, as populações com origens eslavas e alemãs (que eram um terço do total) foram fortemente italianizadas. Mais tarde, após a guerra, o tratado de paz assinado em Paris, em 1947, criou o Território Livre de Trieste, protegido pelas Nações Unidas. Novo acordo surgiu em 1954, entre a Itália e a Jugoslávia, que dividiu o território de Trieste entre os dois países. Entre esse ano e 1969, cerca de 10% da população emigrou para a Austrália.

3. Livónia

Livónia
Livónia

O território na costa leste do Mar Báltico foi controlado pela Ordem dos Irmãos da Espada (que a partir de 1237 adotaram o nome de Ordem dos Cavaleiros Teutónicos da Livónia). Em 1558, a Rússia invadiu a área, dissolvendo a Ordem e dividindo-se a Livónia entre a Suécia, Polónia e Lituânia.

No entanto, em 1721, toda a zona estava sob controlo russo. Após a 1ª Guerra Mundial, o território dividiu-se em dois estados independentes: a Letónia e a Estónia, sendo que o livónio ainda hoje é falado em algumas partes da Letónia.

4. Moresnet

Moresnet
Moresnet

Este território, de cariz neutro, era administrado como uma espécie de condomínio, primeiro pela Holanda e Prússia, e mais tarde pela Bélgica, quando esta conseguiu a sua independência em 1830 (tornando-se assim o território belga-prussiano). Localizava-se a leste da Bélgica, junto à fronteira com a Alemanha, e originou-se na distribuição da Europa feita no Congresso de Viena, em 1815.

Na altura, os Países Baixos e a Prússia não conseguiram chegar a acordo quanto às suas fronteiras, devido às minas de Moresnet. Acabaram por dividir a zona em três partes, uma para cada país, e outra independente e neutra, administrada por ambos. O Tratado de Versalhes integrou toda a Moresnet na Bélgica, que foi formalmente anexada em 10 de janeiro de 1920.

5. Fiume

Fiume
Fiume

No final da 1ª Guerra Mundial, a cidade húngara de Fiume viu-se numa situação peculiar, já que a sua população era maioritariamente de origem e língua italiana, com uma minoria de croatas e eslovenos. O presidente Woodrow Wilson propôs então que a cidade se tornasse um estado independente, sede da Liga das Nações. Mas nem todos aceitaram, e o conflito entre italianos e croatas chegou a tal nível que Fiume teve de ser ocupada militarmente pela França e pelo Reino Unido.

A localização estratégica de Fiume, porto do Adriático, fez com que esta cidade ficasse de fora do acordo entre os aliados e Itália, a quem prometeram a antiga costa austro-húngara, exceto Fiume. Irritado, o militar e escritor Gabriele D’Annunzio (comandante dos Arditi) ocupou a cidade com 2.600 soldados italianos e expulsou ingleses e franceses. Pretendia anexar o território à Itália, mas o governo não se meteu no assunto, e assim D’Annunzio criou o Estado Livre de Fiume. 

Aqui se estabeleceram os fundamentos do fascismo, dos quais Mussolini viria a copiar a saudação romana, as camisas pretas e outras parafernálias. O único país que reconheceu o estado de Fiume, curiosamente, foi a União Soviética. Em 1924, um acordo realizado entre a Itália e o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos anexou Fiume ao primeiro, expulsando-se assim D’Annunzio e os seus seguidores e terminado o efémero país.

D’Annunzio voltou a Itália e foi designado de Conde por Mussolini, tendo direito a um funeral com honras de estado. Em 1947, Fiume foi cedido à Jugoslávia, que expulsou a população italiana e fiumesa e repovoou a cidade com eslavos. Hoje, Fiume é a atual cidade croata de Rijeka.

6. Idel-Ural

Idel-Ural
Idel-Ural

Correspondeu ao estado criado pelos muçulmanos tártaros em maio de 1917, durante a Revolução Russa, provavelmente inspirado pelo antigo Canato de Kazan. A República de Idel-Ural foi proclamada nas margens do Volga, mas desapareceu a 28 de março de 1918, altura em que os tártaros foram derrotados pelo Exército Vermelho bolchevique. Kazan é hoje a capital da República Russa do Tartaristão.

7. Cantão de Cartagena

Cantão de Cartagena
Cantão de Cartagena

Conhecido também por Cantão Murciano, surgiu a partir da revolta que a República Federal de Espanha tentou estabelecer, sem esperar que os tribunais eleitos em 1873 aprovassem a nova constituição. Assim, procuraram constituir primeiro os estados, e só depois a federação.

O Cantão de Cartagena começou no dia 12 de julho, tendo-se içado a bandeira tura (que mais tarde se tingiu de vermelho) no castelo de Galeras. Apenas durou até 13 de janeiro do ano seguinte, tendo resistido a um cerco de meses, e não antes de solicitar a entrada nos Estados Unidos da América. Hoje, apenas 27 edifícios permanecem intactos na cidade.

8. Memel

Memel
Memel

Este território, localizado entre a Lituânia e a Prússia Oriental, foi criado pelo Tratado de Versalhes, em 1920, e, tal como o Sarre e a Cidade Livre de Danzing, colocado sob o controlo da Liga das Nações, enquanto se esperava para saber se as três comunidades se juntavam ou não à Alemanha. Acabou por ser território independente até 1923, quando a Lituânia o invadiu e anexou.

9. República de Uzice

República de Uzice
República de Uzice

Foi um estado militar criado pelos partidários do Marechal Tito, no outono de 1941, dentro da Jugoslávia ocupada por nazis. Localizava-se na parte ocidental da Sérvia, com centro administrativo em Uzice. O governo seguia os conselhos de aldeias comunistas. No território, existiu um sistema postal e construíram 145 quilómetros de caminhos de ferro. Foi reocupado pelos alemães em novembro de 1941, tendo a grande maioria das forças de Tito escapado para a Bósnia.

10. Couto Misto

Couto Misto
Couto Misto

Este microestado independente, situado entre Portugal e Espanha, existiu entre o século X e 1868. Não se sabe como foi instituído, mas está ligado desde a Baixa Idade Média ao castelo da Piconha, depois vinculado à Casa de Bragança. O Couto Misto tinha cerca de 27 km2 e tinha organização própria, não estando ligado à Coroa de Portugal nem à de Espanha.

Aqui, os foragidos da justiça destes países encontravam abrigo, e os habitantes não pagavam soldos e impostos a nenhum soberano. Havia também liberdade de comércio e liberdade de cultivos. Até à assinatura do Tratado de Lisboa, em 1864, cada habitante do Couto Misto elegia se queria ter nacionalidade portuguesa ou espanhola.

Com o Tratado, os domínios do Couto Misto passaram para Espanha e foram integrados nos Concelhos de Calvos de Randín e de Baltar. Os chamados “povos promíscuos” passaram para a soberania de Portugal, sendo as atuais Soutelinho da Raia, Cambedo e Lama de Arcos (Chaves). O Couto Misto tinha também uma pequena faixa desabitada que integra hoje o município de Montalegre.

Tags: europa
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Comments 2

  1. Paulo Palma says:
    2 anos ago

    Então e a Prússia?

    Responder
  2. J. J. Monteiro Fernandes says:
    2 anos ago

    Nunca tinha visto um comentário tão completo e cheio de curiosidades como este. Fico honrado por conhecer melhor Portugal Agradeço e parabenizo.

    Responder

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