Polémicas futebolísticas há parte, temos que reconhecer que um mero estádio de futebol também pode ser uma bela e imponente obra de arquitectura que merece ser contemplada.
Muitos dos actuais estádios portugueses foram construídos ou reconstruídos na altura do EURO 2004 e neles foram gastos muitos milhões de euros. Descubra os 5 estádios mais bonitos de Portugal.
1. Estádio do Dragão

A força da modernidade tornou imperioso o enriquecimento patrimonial do FC Porto, dotando-o de um estádio moderno, funcional, mais cómodo e melhor ajustado às exigências do futebol ao mais alto nível e da excelência indissociável do historial portista.
A realização do Euro 2004 proporcionou a mudança do Estádio das Antas e o Dragão, obra da autoria do arquitecto Manuel Salgado, nasceu, localizado um pouco abaixo daquele que, com respeito pelo passado e orgulho no presente, substituiu enquanto palco da distinção azul e branca.
O Dragão tem capacidade para 50.092 espectadores e é dotado de valências únicas que, enriquecidas pela colocação de espaços verdes e pela reestruturação das vias anexas ao complexo desportivo, residencial e comercial, materializam uma nova centralidade no Porto. O Dragão afirma-se como ponto de referência desportivo e cultural da cidade e da região.
A cerimónia inaugural ocorreu a 16 de Novembro de 2003, tendo como instante maior o encontro particular entre o FC Porto e o convidado de honra FC Barcelona, que terminou com vitória azul e branca por 2-0. Posteriormente, o Estádio do Dragão acolheu o jogo de abertura do Euro 2004, discutido entre as selecções de Portugal e da Grécia, e foi palco da deslumbrante caminhada portista rumo à conquista da Europa, na época 2003/04.
2. Estádio da Luz

O novo Estádio da Luz foi inaugurado no dia 25 de Outubro de 2003, num jogo amigável contra a equipa uruguaia do Nacional que o Sport Lisboa e Benfica venceu com um resultado de 2-1, com Nuno Gomes a bisar.
No âmbito da realização do Euro 2004 foi demolido o antigo Estádio da Luz e foi construído este novo estádio em local adjacente, tendo sido, inclusivamente, palco da final da competição.
A autoria do projecto do novo estádio é da empresa australiana Populous, a mesma que projectou o Estádio Olímpico de Sydney na Austrália ou o novo estádio do Algarve em Portugal.
A 9 de Novembro de 2009, o estádio ultrapassou a marca dos 6 milhões de espectadores.
No décimo aniversário do novo Estádio da Luz, a 25 de Outubro de 2013, foi ultrapassada a marca dos 11 milhões de espectadores.
3. Estádio de Braga

O Estádio Municipal de Braga, conhecido por Estádio da Pedreira afirma-se como uma mais-valia para o concelho, valorizando a cidade e a região. Projectado pelo Arquitecto português Eduardo Souto Moura (Prémio Pritzker 2011) e pelo Engenheiro português Rui Furtado (da empresa afaconsult), é uma obra de particular beleza, enquanto peça de arquitectura e de invulgar engenharia «uma grande obra de arte», que vem dar corpo ao Parque Urbano implantado na encosta do Monte Castro, na periferia da área urbana de Braga virado para o vale do Rio Cávado. O estádio é actualmente utilizado pelo Sporting Clube de Braga.
Trata-se de um projecto de linhas arquitectónicas inovadoras, próprias de um estádio com 30 mil lugares de capacidade e apenas duas bancadas laterais, sendo que os topos do estádio são constituídos pelo anfiteatro rupestre da encosta do monte.
A cobertura assume como referência “as pontes construídas pela civilização Inca”, no Peru, de modo a iluminar a relva com luz natural, preservando assim a qualidade natural do relvado. Refira-se que esta obra foi contemplada com o Prémio Secil em 2004 (Categoria Arquitectura), e em 2005 (Categoria Engenharia Civil), prémio este que distingue de dois em dois anos pares e de dois em dois anos ímpares as mais significativas obras de Arquitectura e Engenharia realizadas nesse período.
O estádio foi, por diversas vezes, considerado um dos mais originais e belos estádios do mundo. O jornal Financial Times, num artigo sobre os estádios britânicos, refere o Estádio como um dos 4 exemplos de “beautiful grounds”.
4. Estádio do Algarve

O Estádio Algarve, em Loulé/Faro, foi construído para o Campeonato Europeu de Futebol, o “Euro 2004”, e tem uma capacidade total de 30.305 lugares.
O Sporting Clube Farense e o Louletano Desportos Clube são os clubes residentes, sendo que actualmente nenhuma das duas o utiliza como “casa”. Nas épocas 2006/2007 e 2010/2011, também o Portimonense fez daqui a sua casa até que as obras no Estádio Municipal de Portimão estivessem concluídas, e em 2013/2014 foi a vez do Olhanense que devido ao mau estado do relvado do Estádio José Arcanjo se viu obrigado a jogar aqui os jogos caseiros da sua equipa.
Tendo sido inaugurado a 23 de Novembro de 2003, teve o seu primeiro jogo oficial a 1 de Janeiro de 2004 e opôs em jogo amigável as equipas do Sporting Clube Farense e do Louletano Desportos Clube.
A autoria do projecto é da empresa australiana HOK S+V+E, a mesma que projectou o Estádio Olímpico de Sydney na Austrália ou o novo estádio da Luz em Portugal.
5. Estádio de Alvalade

Alvalade XXI é o nome actual do complexo onde se encontra o novo Estádio José Alvalade, pertença do Sporting Clube de Portugal, inaugurado a 6 de Agosto de 2003. Inauguração esta apadrinhada pelo clube inglês Manchester United, jogo que ficou 3-1, com a vitória do Sporting C.P.. Neste jogo, manifestou-se a vontade do United de contratar Cristiano Ronaldo, então com 18 anos, do Sporting.
Este estádio conta com 50.095 lugares todos sentados e cobertos, e ainda com 1.315 lugares de estacionamento, dos quais 30 são reservados a pessoas portadoras de deficiência motora. Foi desenhado pelo arquitecto Tomás Taveira.
Além de ter sido palco de importantes jogos do Euro 2004, recebeu também a final da taça UEFA 2004/05. Foi o primeiro estádio em Portugal a receber a distinção «5 estrelas» pela U.E.F.A, num Portugal-Holanda a contar para o Euro 2004.
Para além do estádio, que custou cerca de 121 milhões de euros, o complexo Alvalade XXI inclui o Centro Comercial Alvaláxia, o Multidesportivo, o Holmes Place, a Clínica CUF, o Edíficio Visconde de Alvalade, onde se encontra a sua sede. No total, o complexo Alvalade XXI custou quase 162 milhões de euros.