A Covilhã é uma cidade especial… apesar de estar localizada no interior de Portugal, bem junto à Serra da Estrela, o seu povo soube aproveitar os poucos recursos disponíveis e fez da Covilhã um centro industrial, especialmente na indústria têxtil. A vitalidade desta indústria desvaneceu com o tempo e o progresso. No entanto, a Covilhã continua a desempenhar um papel crucial na região. Visitar a Covilhã é desfrutar de tudo o que está associado à Serra da Estrela: a sua natureza, os seus monumentos geológicos, as suas aldeias e a sua gastronomia.

Mas não só: na própria cidade da Covilhã abundam museus e outros pontos de interesse, além de interessantes roteiros que o levam a descobrir as ruas e as histórias da cidade. Destacam-se os roteiros das judiarias e os roteiros da lã. Além disso, bem perto da Covilhã, nos seus arredores, há também muitos locais interessantes para descobrir: Belmonte, Sabugal, Sortelha, Penamacor e Guarda são apenas alguns dos exemplos. Estes são os melhores locais para visitar na Covilhã.
1. Igreja de Santa Maria
Esta é uma das igrejas mais belas de Portugal! A Igreja de Santa Maria, situada no coração do centro histórico da Covilhã, é revestida a azulejos azuis e brancos que representam a vida da Virgem Maria.Esta igreja era conhecida, no passado, como a Capela de Santa Maria do Castelo e e a sua construção remonta a meados do séc. XVI.

De 1982 a 1876, sofreu algumas alterações arquitectónicas e tornou-se uma igreja em estilo barroco. Na década de 10 do séc. XX, a fachada foi ornamentada com belíssimos azulejos azuis e brancos que retratam a vida da Virgem Maria. Há 11 altares no interior da igreja, 5 dos quais dedicados a Nossa Senhora, representada em 9 imagens distintas. Na Covilhã todos os caminhos vão dar à icónica Igreja de Santa Maria!
2. Torre
Um edifício, localizado no topo da imensa Serra, simboliza o ponto mais alto de Portugal Continental. Elevada a 1993 metros, encontramos esta Torre de 7 metros que alegadamente completa os 2000 metros de altura da Serra da Estrela. Deste tremendo miradouro consegue-se um panorama brutal sobre toda esta paisagem de vales e rochedos, num mesclado de xisto e granito serpenteado pelo azul dos cursos de água.

De Verão, em dias claros, é possível até ver o mar, podendo alcançar a praia da Figueira da Foz. Porém, quem vem à Torre nos meses de Inverno espera sobretudo por neve. Esta é a verdadeira razão pelo qual todos os anos um número elevado de turistas atravessa as íngremes e serpenteadas estradas da serra para aqui chegar. Alguns pontos turísticos encontram-se instalados no edifício da Torre à disposição de quem visita este esplêndido local. Falamos de lojas que oferecem produtos regionais, como o famoso Queijo da Serra, o mel, o pão, os enchidos e o artesanato variado.
3. Museu de Arte Sacra da Covilhã
O Museu de Arte Sacra encontra-se instalado num edifício com projecto de Raul Lino, que serviu de residência a Maria José Alçada, oferecendo à cidade este espaço, para ali funcionarem serviços de cariz cultural. O Museu de Arte sacra resulta de uma pareceria entre a autarquia e o arciprestado da Covilhã e permitiu devolver ao público, nas devidas condições, peças que já não se encontravam ao culto. Com uma área expositiva de 850m2 o museu reúne mais de um milhar de peças. Apresenta colecções de pintura, escultura, metais, ourivesaria e paramentaria.

Do seu espólio destacam-se peças emblemáticas para a história da cidade como o Relicário do Santo Lenho que se guardava na igreja de Santa Maria , ou a imagem de Cristo Deposto oferecido no século XVI por João Fernandes Alvares Cabral ao Convento de S. Francisco. É ainda de destacar, a existência de peças singulares como a imagem de Nossa Senhora das Almas ou o Menino Jesus da Cartolinha. Além das salas de exposição permanente, o Museu tem também uma sala e pátios exteriores onde se realizam exposições temporárias.
4. Nossa Senhora da Boa Estrela
Quem já foi à Serra da Estrela e sobe à Torre, já viu certamente uma imagem grandiosa esculpida na pedra do lado direito. Todos apreciam a imagem, todos comentam a sua grandiosidade e todos perguntam como apareceu ali… É uma pergunta que todos fazem e, se algum dia quis saber a explicação para a origem deste magnífico santuário, aqui a tem! Não são muitas as informações disponíveis, mas falamos nem mais nem menos do Altar de Nossa Senhora da Boa Estrela. Esta Santa é a guia e protectora dos pastores.

Situada no Covão do Boi, em plena Serra da Estrela, encontra-se esculpida em baixo relevo, na rocha, a Senhora da Boa Estrela, padroeira dos Pastores, inaugurada em 1946. O autor desta escultura foi o padre António Duarte, mas porque um pároco haveria de ter a ideia de esculpir uma santa num ponto tão alto? A ideia é de facto bem pensada ou seja, este pároco começou a reparar que haviam imensas pessoas que se deslocavam à Serra em passeio sem nunca faltar, claro, a subida ao ponto mais alto, a Torre. Então o pároco achou que de facto não havia melhor local para esculpir a Nossa Senhora da Boa Estrela. Para lhe fazer a devida homenagem porque um Santuário neste local seria visto por muita gente todos os anos. E não se enganou…
5. Parque Natural da Serra da Estrela
Esta é a maior e das primeiras áreas protegidas do país. Aqui é possível desfrutar da grandiosa e agreste paisagem da serra, moldada pela natureza mas também pelo homem, que assim ao longo dos tempos soube respeitar o meio que o envolvia. Em pleno Parque Natural o pastoreio e a agricultura convivem harmoniosamente com um sem-número de espécies de fauna e flora.

Cobrindo uma parte significativa da montanha, a área inclui algumas espécies únicas no país. Destacamos algumas espécies, como o lobo, o javali, a lontra, a raposa, a lagartixa-de-montanha, a cegonha negra, os narcisos e as orquídeas selvagens, espécies estas, que poderá encontrar aquando de um percurso pedestre, uma das tantas actividades que a serra lhe oferece.
6. Museu dos Lanifícios
O Museu de Lanifícios, também designado de MUSLAN, constitui um Centro da Universidade da Beira Interior, organismo com autonomia administrativa e financeira tutelada pelo Ministério da Educação e Ciência. “Os fios do passado a tecer o futuro” é o lema do Museu de Lanifícios que, de acordo com este princípio, defende uma “conservação activa” do património que tem à sua guarda.

Ao visitá-lo pode, através da singularidade, autenticidade e exemplaridade dos testemunhos nele preservados, conhecer melhor uma das mais antigas indústrias: a de lanifícios, que começou por se afirmar como um puro ato de sobrevivência da espécie humana e foi assumindo, ao longo dos tempos, uma crescente qualidade e expressão artística, que têm acompanhado o desenvolvimento das nossas sociedades até ao presente.
7. Museu do Queijo
Localizado na freguesia de Peraboa este museu deseja homenagear a pastorícia e, sobretudo, o queijo. De dentro para fora, o Museu do Queijo pretende difundir as tradições, o brado dos campos férteis, o pastor, os rebanhos e a transumância.

O Museu do Queijo é uma verdadeira viagem sensorial tanto à volta do Queijo da Serra da Estrela, como pelas planícies da Cova da Beira, noutros tempos conhecida como Vale dos Judeus. Este Museu é único em Portugal e dá a conhecer, numa primeira fase, a fauna e a flora no contexto da Serra da Estrela.
8. Lagoa Comprida
A Lagoa Comprida é a mais conhecida e a maior das lagoas do maciço superior da Serra da Estrela. Construída a partir de uma lagoa natural, constitui o principal reservatório de água da serra da Estrela. Na vertente norte da lagoa observa-se um dos mais interessantes campos de blocos erráticos da Serra da Estrela. Estes blocos de granito foram transportados pelos glaciares e abandonados aquando da fusão e recuo do gelo. Este era um antigo glaciar com um quilómetro de extensão. Aproveitando o covão, iniciou-se em 1912 a construção da barragem. Em 1914 tinha uma altura de seis metros e em 1934 atingia os 15 metros. Actualmente, desde 1965, tem uma altura de 28 metros.

É uma barragem do tipo gravidade, formada por três arcos de alvenaria de granito com 1200 metros de desenvolvimento. A albufeira tem a capacidade de cerca de 12 milhões de m3 de água, e inunda uma área de 800.000 m2. Nesta lagoa desaguam dois túneis: o do Covão do Meio, com 2354 metros que desvia a água das encostas do Planalto da Torre e o do Covão dos Conchos com 1519 metros que desvia as águas da Ribeira das Naves. A barragem de Lagoa Comprida localiza-se no concelho de Seia, distrito de Guarda. Situa-se na ribeira da Lagoa.
9. Penhas Douradas
Vizinha das Penhas da Saúde, as Penhas Douradas localizam-se naquela que é considerada a região mais fria de Portugal. Parte integrante do Parque Natural da Serra da Estrela, aqui o visitante deslumbrar-se-á com uma fantástica vista sobre a vila de Manteigas e sobre o Vale Glaciar do Rio Zêzere.

Glorificada pela natureza serrana que lhes confere uma beleza única, a zona é conhecida por ter a primeira estância de turismo de montanha do país, estando rodeada pelos seus famosos chalés. Por entre bosques de pinheiro-silvestre ou pinheiro-de-casquinha, poderá aqui aproveitar e conhecer a célebre barragem do Vale de Rossim.
10. Cântaro Magro
Este é um imponente rochedo com uma altura de cerca de 500 metros, que atinge no ponto mais elevado a altitude de 1.928 metros e que não deixa ninguém indiferente à sua passagem. Visível de muitos pontos da Serra da Estrela, o Cântaro destaca-se pela imponência das suas paredes escarpadas.

De granito modelado pela erosão glaciar e fluvial, este monstro de pedra recostado sobre o brutal Vale Glaciar do rio Zêzere, constitui um dos locais mais interessantes e mais procurados para a prática de escalada na Península Ibérica.
11. Poço do Inferno
Subindo paralelo à Ribeira de Leandres e seguindo por caminhos estreitos, onde não passa mais do que um carro, chegamos a um dos ex-libris da Serra da Estrela e uma das mais bonitas cascatas do país: o Poço do Inferno!

Aqui, no coração da Serra a 1080 metros de altitude, as águas são geladas, como não poderia deixar de ser nesta altura do ano. Cristalinas e transparentes convidam a um mergulho, noutra altura do ano, pois claro!
12. Cabeça do Velho
A Serra da Estrela é fértil em formações rochosas e rochedos famosos. A Cabeça do Velho é sem dúvida um bom exemplo disso.

É uma rocha de granito localizada a cerca de 1500 metros de altitude, conhecida por lembrar uma cabeça de perfil. Quem por ali passa, decerto, não fica indiferente a tão singular obra da natureza