A belíssima Viena, capital da Áustria, é uma das cidades mais visitadas da Europa. As razões não podiam ser mais claras: nesta cidade milenar, repleta de história, os monumentos grandiosos espreitam a cada esquina. Viena de Áustria conta com 3 famosos palácios no seu perímetro urbano que atraem milhões de turistas todos os anos. Mas não são apenas os palácios que merecem uma visita a Viena.
A cidade é também famosa pela sua tradição na Ópera e possui um dos melhores salões do mundo para desfrutar deste estilo musical. Além disso, são muitos os museus de elevada qualidade que existem em Viena, desde o Museu da História da Arte ao Museu de História Natural.
Os apreciadores de arquitectura podem contar ainda com uma das bibliotecas mais bonitas do mundo, a Biblioteca Nacional Austríaca. Estes são os melhores locais para visitar em Viena, na Áustria.
1. Palácio de Schönbrunn
A antiga residência de verão dos Habsburgos destaca-se pelos seus esplêndidos quartos imperiais e um fantástico jardim. Aqui viveu Maria Teresa, o Imperador Francisco José, a Imperatriz Isabel e outros monarcas. O Palácio de Schönbrunn é um dos mais belos edifícios barrocos da Europa. De posse dos Habsburgos de 1569, a esposa do imperador Fernando II, Leonor Gonzaga, ordenou a construção de um palácio de fárias no local a que ela chamou “Schönbrunn”. O palácio e os jardins, construídos após o cerco turco de 1696, sofreram uma profunda reforma encomendada por Maria Teresa. Hoje, o palácio faz parte do património mundial da UNESCO devido à sua grande importância histórica, ao seu carácter único e à sua magnífica construção.

Em 1830, o imperador Franz Josef nasceu no palácio de Schönbrunn. O monarca passaria todos os seus últimos anos de vida nesta residência. O palácio tem um total de 1441 quartos, dos quais 45 podem ser visitados. As instalações interiores são de estilo rococó. O Salão dos Espelhos do Palácio de Schönbrunn viu Mozart executar peças musicais quando ele era apenas uma criança prodígio. No Gabinete Oval Chinês, Maria Theresa realizou as suas conferências secretas com o Chanceler do Estado, o Príncipe Kaunitz. No Salão “Vieux-Lacque” Napoleão deu uma palestra. O Blue Chinese Hall foi o local onde, em 1918, o Imperador Carlos I assinou sua renúncia ao governo (fim da monarquia). O Million Room, coberto de jacarandás e ricas miniaturas trazidas da Índia e da Pérsia, é um dos mais belos quartos rococós existentes. Na Grande Galeria, os membros do Congresso de Viena reuniram-se em 1814/15.
2. Catedral de Viena (Stephansdom)
A Catedral de Santo Estêvão é o símbolo de Viena. No século XII começou a sua construção. Hoje é o edifício gótico mais significativo da Áustria. A Catedral de Santo Estêvão tem um comprimento de 107,2 metros e uma largura de 34,2 metros. Tem quatro torres; A torre sul é a mais alta, com 136,44 metros. Depois de subir 343 degraus, vai chegar à sala da torre, a partir do qual há imensas vistas de Viena. Tem um total de 13 sinos. No telhado da Catedral de tijolos coloridos foram instalados a águia de duas cabeças imperial e real, bem como escudos da cidade de Viena e Áustria.

Além de inúmeros altares valiosos e capelas laterais, você também pode ver os impressionantes tesouros da catedral: relíquias decoradas com ouro e pedras preciosas, custódias, textos litúrgicos e livros, além de mantos. Muitas personalidades foram enterradas na Catedral de Santo Estêvão. O imperador Frederico III está enterrado num impressionante sarcófago de mármore. Apenas a tampa do túmulo pesa oito toneladas. O príncipe Eugénio de Savóia tem a sua sepultura na sua própria capela. E nas catacumbas da Santo Estêvão está enterrado o Duque Rudolf IV de Habsburgo “Fundador”, que lançou as bases da nova construção gótica da catedral em 1359. Nas catacumbas estão também os mausoléus dos cardeais e arcebispos de Viena.
3. Palácio Imperial de Hofburg
O Hofburg, ou Palácio Imperial de Hofburg, é um grandioso palácio em Viena, Áustria. Tem as suas origens num castelo-fortaleza medieval, datado do século XIII, sendo continuamente ampliado até o início do século XX. O Hofburg fica voltado para a Heldenplatz, mandada executar durante o reinado do imperador Francisco José, como parte do nunca concluído Kaiserforum. Foi a residência oficial e centro do poder dos Habsburgo, soberanos do Ducado da Áustria entre 1278 e 1918, que o usaram como sua principal residência de Inverno, enquanto o Schloss Schönbrunn era o seu palácio preferido para o Verão. Entre as personalidades históricas que nasceram no Hofburg destaca-se Maria Antonieta, em 1755.

Com mais de 2 600 salas e ocupando uma área de 20 hectares, a sua grandiosidade arquitectónica e os seus grandes jardins dominam a paisagem da região central de Viena. Actualmente, o vasto complexo abriga a Biblioteca Nacional Austríaca, a Escola Espanhola de Equitação, os gabinetes do presidente da Áustria e museus, dentre os quais se destacam as alas preservadas dos antigos aposentos imperiais, as salas usadas durante o Congresso de Viena e a colecção de tesouros sacros e obras de arte acumuladas pelos Habsburgo durante os quase sete séculos de reinado. Na Burgkapelle, antiga capela privativa da corte, construída no século XIII, apresentam-se todos os domingos os famosos Pequenos Cantores de Viena.
4. Palácio Belvedere
O Palácio Belvedere é um palácio barroco construído pelo príncipe Eugénio de Saboia no 3° distrito de Viena, a sudeste do centro da cidade. O complexo é dividido em duas partes: Belvedere Inferior e Belvedere Superior. O Belvedere Inferior foi inaugurado em 1716 e construído pelo arquitecto Johann Lukas von Hildebrandt com a assistência do escultor Giovanni Stanetti. De 1720 a 1723, foi construído o Belvedere Superior, novamente por Johann Lukas von Hildebrandt. Como no Belvedere Inferior, há um Marmorsaal (Salão de Mármore), que foi o local da assinatura do Tratado do Estado da Áustria, que formou a Áustria moderna, em 15 de Maio de 1955. O tecto tem pinturas de Carlo Carlone, com um altar na capela de Francesco Solimena.

O complexo foi vendido a Maria Teresa da Áustria pelos herdeiros do príncipe. Maria Teresa deu o nome ao lugar de Belvedere, que em italiano significa Bela Vista. Na Casa dos Habsburgo, o palácio foi ampliado. Desde 1775, o Belvedere tem abrigado a galeria real em nome de José II da Germânia e, em 1806, a colecção do Schloss Ambras foi colocada no Belvedere Inferior. Ambas as colecções foram transportadas para o Museu de História da Arte. O último nobre a morar no local foi o Arquiduque Francisco Fernando. Desde a Primeira Guerra Mundial, o Belvedere também é um museu (Österreichische Galerie Belvedere). O edifício sofreu danos durante a Segunda Guerra Mundial, mas foi reconstruído.
5. Museu Albertina
O Museu Albertina, situado no centro de Viena, abriga uma das colecções gráficas mais extensas do mundo, formada por mais de 65.000 desenhos e ao redor de um milhão de gravuras. O museu está instalado em um palácio que pertenceu a Maria Cristina e seu marido, o Duque Alberto Von Sachsen-Teschen, que deu nome à galeria. Os andares mais interessantes são o primeiro e o segundo, já que, no térreo e no sótão funcionam apenas as exposições temporárias.

No primeiro andar estão as 22 salas dos Habsburgo, uma parte interessante do museu, mas que nem sempre se pode visitar. Quando chove, eles fecham para conservar as instalações, além de não abrir as salas quando estão reservadas para algum ato. No mesmo andar, há oito salas de exposições temporárias. O segundo andar está destinado às exposições permanentes do museu. Ao longo das 16 salas, podemos ver algumas das principais obras-primas da arte moderna. Trata-se de uma das partes mais importantes do museu, onde são expostas obras dos capítulos mais importantes em 130 anos de história, do impressionismo ao presente.
6. Museu da História da Arte
No Museu de História da Arte são expostas as obras de arte reunidas pela família Habsburgo ao longo dos séculos. Até à construção do museu em 1891, as obras eram mantidas no Belvedere e no Hofburg. Durante a reconstrução da Ringstrasse, foram criados dois monumentais edifícios idênticos, um para abrigar as colecções imperais de arte e outro como Museu de História Natural. Ao contrário de outros museus que se estabeleceram em Palácios ou lugares históricos, o edifício do Museu de História da Arte foi projectado como museu e as salas foram construídas em função do conteúdo e decoradas de acordo. No térreo podemos ver as exposições dedicadas às antiguidades orientais, gregas, romanas e do Egipto.

Nas sucessivas salas são expostas múmias, objectos que eram usados para o culto aos mortos, esculturas e elementos decorativos, como enormes colunas de pedra construídas em uma só peça há mais de 4.000 anos. O primeiro andar é dedicado especialmente à pintura, com obras do século XV até o XIX organizadas geograficamente: em uma lateral do edifício é exposta a pintura holandesa, flamenca e alemã e do outro, obras de pintores italianos, franceses e espanhóis. O museu possui pinturas de artistas muito variados, como Velázquez, Canaletto, Tiziano, Rubens, Rafael e Rembrandt. No segundo andar está o Gabinete Numismático, onde se conservam uma das maiores colecções de moedas e medalhas do mundo, com mais de 700.000 objectos.
7. Ópera de Viena
A Ópera Estatal de Viena é a companhia de ópera mais importante e conhecida a nível mundial, além de ser o centro nevrálgico da vida musical vienense. O Teatro da Ópera de Viena (Straatsoper) foi o primeiro edifício do projecto da Ringstrasse em ser finalizado. Inaugurado em 1869 com a apresentação de uma obra de Mozart, o edifício de design renascentista foi uma decepção para os vienenses, que esperavam algo mais dele. O arquitecto do edifício se suicidou, desolado ante a ideia de que sua obra não tivesse triunfado. O segundo arquitecto que foi contratado tampouco pôde aguentar a pressão e morreu de enfarte.

Em 1945, uma bomba afectou gravemente o edifício da ópera, um facto que os cidadãos encararam como uma agressão simbólica à cidade. Dez anos depois do incidente, a ópera voltou a abrir suas portas com os danos reparados e dotada das tecnologias mais avançadas da época. A visita à Ópera de Viena só pode ser feita por meio de visitas guiadas organizadas em grupos de diferentes idiomas. Durante o passeio, você verá o hall de entrada e subirá pela escada principal para conhecer o auditório com espaço para 2.800 pessoas, o cenário, o salão de chá onde Francisco José descansava durante os actos ou a Sala de Mármore, entre outras estâncias.
8. Cripta dos Capuchinhos
A Cripta Imperial (Kaisergruft), situada debaixo da Igreja dos Capuchinhos, é o lugar onde descansam os restos da realeza austríaca. Na Cripta dos Capuchinhos (ou Cripta Imperial) são guardadas as sepulturas dos membros da nobreza desde 1633, entre elas as de 12 imperadores e 18 imperatrizes. Entre os quase 150 sarcófagos da cripta, alguns dos mais destacados são o de Maria Teresa ou os de Francisco José I, da Imperatriz Sisi e do príncipe herdeiro Rodolfo.

A Igreja dos Capuchinhos (Kapuzinerkirche) foi construída entre os anos 1622 e 1632 em um estilo barroco. Trata-se de uma pequena igreja muito simples e agradável. Em seu interior surpreende a escassa decoração, formada apenas por vários quadros pendurados em suas paredes. Os féretros da Cripta dos Capuchinos são verdadeiras obras de arte que mostram o poder dos personagens que descansam em seu interior. É especialmente surpreendente ver o grande número de minúsculos féretros onde descansam as crianças que sofreram mortes prematuras.
9. Ringstrasse
A Ringstrasse é uma avenida circular que rodeia o centro de Viena, separando os bairros do Hofburg e Stephansdom do resto da cidade. Essa avenida abriga grande parte das obras arquitectónicas mais significativas da cidade. A cidade de Viena estava protegida por uma muralha desde o século XII; até que, a partir de 1850, a cidade foi crescendo e se formaram vários bairros no exterior dos muros. Em 1857, a muralha começou a ser derrubada para dar mais espaço à cidade e no seu lugar foi construído uma grande avenida, a Ringstrasse.

Trata-se de uma prestigiosa avenida onde foram construídos diversos edifícios, como Palácio Real Hofburg, a Prefeitura, a Bolsa, o Parlamento, o Burgtheater, a Igreja Votiva, a Universidade, o Museu de História da Arte ou o Museu de História Natural. A Ringstrasse não é só uma rua, mas está formada por diferentes trechos que incluem a palavra ring (anel) em seus nomes: Stubenring, Parkring, Schubertring, Kärntner Ring, Opernring, Burgring, Dr. Karl-Renner-Ring, Dr. Karl-Lueger-Ring e Schottenring.
10. Parlamento de Viena
O Parlamento de Viena foi construído como parte do projecto de renovação da Ringstrasse. O enorme edifício de estilo neoclássico começou sua construção em 1874 e foi terminado dez anos depois. O Parlamento da Áustria foi desenhado com um estilo chamado Historicismo, com a intenção de que sua construção lembrasse a antiga Grécia como berço da democracia. O edifício conta com duas grandes salas de sessões unidas por um grande pórtico central: uma delas é a sede do Conselho Nacional e a outra é ocupada pelo Conselho Federal. Depois da sua construção, o edifício foi sede do Parlamento da parte austríaca do Império Austro-húngaro, mas, ao longo dos seus mais de cem anos de história, o Parlamento abrigou diversas instituições parlamentares.

Depois da queda do Império dos Habsburgo, em 1918, o Parlamento de Viena passou por um dos seus momentos mais importantes, quando os deputados proclamaram a transição da República. Durante a II Guerra Mundial, a metade do edifício do Parlamento ficou destruída devido aos bombardeios. As obras de reconstrução se prolongaram até 1956, dando ao edifício um aspecto similar ao original, excepto a sala de sessões do Conselho Nacional, que foi redesenhada para ter um aspecto mais moderno e funcional. Se você está interessado em ver o interior do Parlamento, você pode fazê-lo participando em uma das visitas guiadas. As explicações são dadas pelo mesmo guia em diferentes idiomas e pode ser um pouco cansativo para a maioria dos visitantes.
11. Hundertwasserhaus
Hundertwasserhaus é um complexo residencial com um aspecto muito original construído entre 1983 e 1986. A construção, obra do arquitecto e artista Friedensreich Hundertwasser, parece um colorido quebra-cabeça, obra de uma criança, em que o chão não é recto, e sim ondulado, e onde no interior dos quartos crescem árvores que saem pelas janelas. No exterior, tudo é colorido e suas formas inusitadas surpreendem os turistas, pouco acostumados a uma arquitectura tão especial.

Hundertwasserhaus é uma das principais atracções de Viena e faz parte do património cultural austríaco. A forma e as cores dos imagináveis edifícios nos fazem pensar que é possível mudar o mundo. Ao lado dos edifícios, há também um simpático shopping feito no mesmo estilo (Hundertwasser Village), além do Museu Hundertwasser, onde são expostas as obras do original artista.
12. Biblioteca Nacional Austríaca
A Biblioteca Nacional Austríaca é uma das bibliotecas históricas mais bonitas do mundo. O imperador Carlos VI ordenou a construção dessa jóia arquitectónica do barroco no século XVIII, para usá-la como biblioteca da corte. A sala principal da Biblioteca Nacional Austríaca é a Sala Imperial (Prunksaal), uma estância imponente com uma longitude de mais de 70 metros. Ali, num ambiente idílico, rodeados de estátuas de mármore, pinturas e frescos no tecto, estão as estantes de madeira de castanho nas quais se conservam mais de 200.000 livros impressos entre os anos 1500 e 1850.

Entre tantos livros, está a colecção de 15.000 volumes do Príncipe Eugénio de Saboia, além de diversos livros procedentes de bibliotecas monásticas que foram fechadas durante as reformas religiosas de José II. A Biblioteca Nacional Austríaca tem mais de oito milhões de livros e outros objectos que são expostos na biblioteca, no Museu do Papiro e no Museu do Globo Terrestre, colecções que fazem dela uma das bibliotecas mais importantes do mundo. A Biblioteca Nacional Austríaca é, mais que uma biblioteca, um museu decorado com bom gosto. Está no centro da cidade e não é necessário muito tempo para fazer a visita, um motivo a mais para não deixar passar a oportunidade de conhecer uma das bibliotecas mais bonitas do mundo.