No centro de uma região que nos sécs. XI-XII era conhecida como “Terras de Santa Maria” e elo de ligação entre o Norte e Coimbra, Santa Maria da Feira deve o seu nome a uma feira que na época se realizava nestes terrenos.
A cidade tem como ex-libris o seu castelo, construído no séc. XV com um traçado pouco habitual nos castelos portugueses, parecendo ter saído de um conto de Fadas. Santa Maria da Feira é actualmente uma cidade dotada de excelentes infraestruturas como o Europarque – um moderno centro de congressos com variado programa de eventos culturais – e o Visionarium – museu de ciência interactivo. Merece também especial destaque o Museu do Papel.
Estes são os melhores locais para visitar em Santa Maria da Feira.
1. Castelo de Santa Maria da Feira
O Castelo de Santa Maria da Feira é um dos mais notáveis monumentos militares portugueses. A diversidade dos seus recursos defensivos utilizados entre os séculos XI e XVI faz dele uma peça única da nossa arquitectura militar. Sempre representou para a Feira, e para Portugal, um símbolo de identidade nacional. Ao longo da História, desempenhou várias tarefas: foi castro de ocupação romana, baluarte contra as invasões normandas, forte militar na época da Reconquista, sede de região militar, o grande centro político que levou à independência de Portugal e habitação de famílias reais e nobres.

A Comissão de Vigilância do Castelo de Santa Maria da Feira, em parceria com a DRCN, desenvolveu um Projecto de Conservação e Remodelação do Castelo, com o apoio de fundos comunitários, que consistiu essencialmente na realização de obras de conservação e restauro da Capela, conservação e remodelação da Torre de Menagem. Hoje, o Castelo está preparado para desempenhar as funções de Polo Cultural na vasta região em que se insere e que constituía, outrora, uma região denominada Terra de Santa Maria.
2. Igreja Matriz de Santa Maria da Feira
A Igreja de S. João Evangelista ou do Espírito Santo faz parte do imponente conjunto arquitectónico constituído pela igreja e convento, onde se albergou a Congregação dos Lóios ou dos Cónegos Azuis. Com o patrocínio dos Condes Pereira, a sua construção iniciou-se em meados do séc. XVI, prolongando-se para os séculos seguintes.

No interior, a capela-mor apresenta grande riqueza em talha, assim como nos altares laterais, dedicados a santos titulares, nomeadamente a S. Sebastião. No exterior, e fazendo parte deste conjunto monumental, a escadaria com o cruzeiro a meio, e a rematar o chafariz da mesma época.
3. Museu Convento de Lóios
Dedicado à história e à cultura do concelho de Santa Maria da Feira, o Convento dos Lóios foi recuperado e adaptado a museu municipal, tendo sido inaugurado em 2009. Mostra colecções de arqueologia, história, etnografia, indústria e arte, que testemunham as vivências ao longo dos séculos em Terras de Santa Maria. No piso térreo existe uma sala dedicada a um artista da terra, o pintor António Joaquim, que doou ao museu várias obras que retratam temas, figuras e monumentos regionais, com destaque para o Castelo da Feira.

Existe também um núcleo dedicado às artes e dos ofícios, onde se mostram os ofícios tradicionais mais característicos da região, como os de jugueiro, oleiro, tanoeiro e sapateiro. Da era industrial estão representadas duas actividades de grande importância no concelho, o fabrico de papel e de rolhas de cortiça, esta última ainda hoje em dia com grande expressão.
4. Igreja da Misericórdia de Santa Maria da Feira
Antes da construção da actual Igreja do Espírito Santo, era esta a Igreja Matriz da Feira, dedicada ao padroeiro S. Nicolau, que, após esta transição, passou a ser dedicada a S. Francisco. Tendo sido fundada a Santa Casa da Misericórdia da Feira por volta de 1594, e aproveitando o estado de ruína desta capela de S. Francisco, no final do séc. XVII, com a realização de algumas obras, aí foi instalada a Igreja da Misericórdia, dedicada a N. S. dos Prazeres ou Senhora do Campo.

No interior, apresenta três altares: o altarmor, um do lado da epístola com a imagem de N. S. da Conceição e o outro, do lado do evangelho, a N. S. dos Prazeres. No exterior, a igreja é adornada por largo escadório setecentista e chafariz de 3 bicas.
5. Museu do Papel das Terras de Santa Maria
Instalado em duas antigas fábricas de papel do início do século XIX, o Museu do Papel Terras de Santa Maria é um Museu Industrial dedicado à História do fabrico do papel, desde a sua fase manufactureira de produção “folha a folha”, apresentada no espaço oitocentista do Engenho da Lourença, à produção de papel em contínuo que marca o ambiente industrial do século passado da Casa da Máquina, e à mais recente História da Indústria do Papel em Portugal, através do núcleo expositivo “Da Floresta ao Papel”.

Constituindo um espaço manufactureiro e industrial em actividade, a sua exposição permanente tem como fio condutor a utilização de diferentes matérias – primas no fabrico de papel, ao longo dos tempos, proporcionando ao público o conhecimento dos sequentes momentos do processo de fabrico, a variedade de papéis produzidos em Portugal e a sua multiplicidade de aplicações. Para além desta exposição permanente sobre o fabrico de papel, saliente-se a colecção de marcas de água e o acervo constituído por peças oriundas de diferentes fábricas de papel de todo o país.
6. Museu de Santa Maria de Lamas
Popularmente apelidado de “Museu da Cortiça”, o Museu Santa Maria de Lamas constitui um caso particular na história da museografia portuguesa do século XX. Centrado na figura de um coleccionador (Henrique Amorim) apresenta-se como um projecto de Museu que preserva a ideia da transformação de um bem privado – colecção – numa instituição de benefício público – museu. Um verdadeiro acervo singular, recuperado e reorganizado a partir de 2004, que exibe perante o seu público colecções de Arte Sacra (talha dourada, imaginária, pintura, mobiliário e objectos litúrgicos); Etnografia, Iconografia do Fundador; Mobiliário Civil; Estatuária Nacional e Internacional, finais séc. XIX e 1ª metade do séc. XX; Ciências Naturais; Tapeçaria; Azulejaria; Estatuária em Cortiça/Aglomerado de Cortiça e Arqueologia industrial (maquinaria usada nos primórdios da Indústria transformadora de Cortiça) que evidencia as potencialidades desta matéria-prima e reflecte a identidade da comunidade local.

O Museu tem no seu Serviço Educativo um ponto alto em termos de qualidade teórica e lúdica, proporcionando ao visitante uma sensibilização para a própria arte, sua diversidade tipológica e temática, património cultural e sua conservação. Um espaço socialmente activo, cultural e pedagogicamente relevante, pela evocação de histórias e estórias, contribuindo dessa forma para aprofundar e divulgar o conhecimento do património português.
7. Convento de Lóios
O Convento remonta ao século XVI e a sua edificação deve-se à iniciativa do terceiro Conde da Feira, D. Manuel Pereira, sendo o seu filho Diogo Pereira o quarto Conde da Feira e a sua mulher Ana de Menezes que basicamente deram o seguimento ao projecto de devoção a São João Evangelista. Assim, em 1549 existiu uma petição ao Capítulo Geral (termo que designa corpos Eclesiásticos como a Igreja Católica, a Comunhão Anglicana e as Igrejas Luteranas Nórdicas) na reunião de rendas necessárias para o Colégio dos Cónegos Seculares de São João Evangelista, também referidos como Cónegos Azuis ou Frades Lóios. Terminada a petição, a primeira pedra foi colocada no ano de 1560 no lugar de uma ermida ali existente dedicada ao Espírito Santo. Passados séculos acabou por ser transformado em convento.

O conjunto conventual desenvolve-se numa planta rectangular, em que o convento se situa a sul, e ao centro deste estão os claustros de planta quadrangular. A igreja denominada de Lóios, servindo de Matriz da vila, situa-se a norte, antecedida por uma escadaria monumental de duplo arranque. A igreja é de fachada em empena, de dois pisos separados por um friso, sendo o térreo com a abertura do portal principal de moldura recta e encimada por um frontão triangular. No superior, a abertura é feita por um janelão, também de moldura recta, finalizando por um frontão triangular.
8. Termas de São Jorge
Um refúgio de bem-estar! Na Vila de Caldas de S. Jorge, a 25 km do Porto, encontrará o refúgio ideal para recuperar o seu equilíbrio físico e psicológico, face às tensões da vida moderna. Com longa tradição termal, as Termas de S. Jorge são reconhecidas pelas qualidades terapêuticas das suas águas sulfurosas no tratamento de doenças das vias respiratórias, pele e do foro músculo-esquelético.

Acompanhando a nova filosofia termal, cujo conceito não se esgota na noção de actividade terapêutica mas valoriza cada vez mais a prevenção e a promoção da saúde, as Termas de S. Jorge oferecem ainda uma gama de tratamentos vocacionados para o bem-estar físico e psicológico. Apresentar uma oferta termal integrada, num ambiente acolhedor e com o profissionalismo de técnicos qualificados, é a missão das Termas de S. Jorge.
9. Quinta do Castelo
A Quinta do Castelo é um espaço natural com mais de 300 anos de história, situado numa das encostas do Castelo da Feira. É um parque muito bem cuidado, com árvores centenárias, trilhos, um lago artificial atravessado por uma ponte e uma gruta artificial de rara beleza que faz lembrar a arte de Gaudí.

Também é conhecido por ali se realizar a Terra dos Sonhos, uma iniciativa que, todos os anos por alturas do Natal, recria um mundo mágico com centenas de actores, onde as crianças podem visitar a casa do Pai Natal, a casa da avó do Capuchinho Vermelho ou mesmo subir ao pé de feijão do João. Todo um conjunto que convida a um passeio contemplativo e relaxante no seio da natureza, apenas limitado pelo facto da entrada apenas se poder fazer pelo Inatel.
10. Jardins do Europarque
Os jardins do Europarque consistem numa grande área arborizada e bem cuidada, na envolvente do centro de congressos e do Visionarium, num complexo que perfaz 150 hectares de área, com amplas zonas soalheiras relvadas, frondosas árvores, trilhos pedestres, parque infantil, várias pontes, um amplo parque de estacionamento, dois lagos povoados de peixes e um restaurante que apenas funciona no verão.

Este grande jardim é um local ideal para fazer caminhadas, andar de bicicleta, trazer os pequenos, relaxar ao sol lendo um livro, passeios românticos e inclusive alimentar os grandes peixes e as aves aquáticas!
11. Visionarium – Centro de Ciência
No Visionarium somos convidados a entrar num universo de emoções e experiências dignas de uma aventura científica. Um universo tão espectacular como enriquecedor, que recorre a meios audiovisuais e tecnologias de vanguarda, para estimular os sentidos e a compreensão de cada um. Começamos por assistir a um espectáculo multimédia dedicado à experiência e conhecimento científicos dos navegadores portugueses. Revivendo a aventura da exploração com o Infante D. Henrique, Vasco da Gama, Fernão de Magalhães… com a ajuda de tecnologias sonoras, visuais e sensoriais. Tal como eles, partimos à descoberta de cinco odisseias fantásticas associadas aos domínios da Terra, da Matéria, do Universo, da Vida e da Informação.

Mas a aventura da descoberta não se fica por aqui no Visionarium. Nos dois Experimentários, participamos em demonstrações ao vivo que ilustram os princípios científicos apresentados nas restantes salas. No Laboratorium, os somos convidados a participar activamente em experiências de biologia, genética, microbiologia, bioquímica, química e ecologia. Na Sala de Exposições Temporárias descobrimos perspectivas científicas provenientes dos quatro cantos do mundo. Podemos ainda percorrer os Jardins Temáticos exteriores e divertirmo-nos com jogos de água e jogos científicos, observar uma azenha em funcionamento ou passear pelo sistema solar à escala, 87 milhões de vezes mais pequeno.
12. Parque Ornitológico (Zoo de Lourosa)
O Zoo de Lourosa é um equipamento zoológico que tem particularidades singulares a nível nacional – é o único parque ornitológico do país. Dedicado exclusivamente a aves, com uma colecção de cerca de 500 exemplares de 150 espécies diferentes, distribuídas por 80 habitats de cativeiro. De resto, tem uma das mais emblemáticas e representativas colecções de aves da Península Ibérica, espelhando a realidade da Avifauna dos 5 continentes, sendo um dos poucos equipamentos do género na Europa.

Localizado em Lourosa, cidade de forte dinâmica industrial no sector corticeiro, o Zoo de Lourosa está a cerca de 15 minutos da cidade do Porto, com ligação privilegiada aos nós da A1, A29 e A41, distando poucos metros da EN1. Com uma fortíssima dinâmica voltada para o público familiar e escolar, este diferenciador equipamento assume uma transversalidade etária como poucos. O fascínio natural que o público tem pelo conhecimento sobre a vida animal assume-se aqui a par da possibilidade de contactar e vivenciar realidades que se concentram no propósito primeiro do Zoo – Recriar Habitats, Reproduzir Espécies e Reciclar Conhecimentos.