É um dos destinos mais concorridos do Algarve graças à elevada qualidade e beleza das suas praias. Mas Portimão tem muito mais para oferecer do que sol e mal. É certo de as praias de Portimão são uma das grandes mais valias desta localidade algarvia e atraem muitos turistas, sobretudo no Verão, mas a gastronomia, a cultura e os monumentos também não devem ser esquecidos.
Portimão, uma das maiores cidades do Algarve, possui uma história riquíssima. A atestar isso mesmo estão algumas fortalezas nos seus arredores, que comprovam que este era um ponto fulcral do Algarve que importava proteger.
Portimão foi também sede de uma importante industria pesqueira e de conservas e hoje, o seu museu municipal, está inserido no antigo edifício de uma dessas fábricas. Portimão possui ainda alguns monumentos que são autênticas jóias do Manuelino que, embora de pequenas dimensões comparados com outros monumentos do mesmo estilo, merecem certamente uma visita. Estes são os melhores locais para visitar em Portimão.
1. Museu de Portimão
O Museu de Portimão encontra-se instalado no interior de uma antiga fábrica de conservas de peixe restaurada, e constitui um bom motivo cultural para visitar a animada cidade de Portimão durante a tua estadia no Algarve.

Trata-se de um museu moderno, inaugurado em 2008, que se encontra dividido em três campos: a arqueologia, as descobertas submarinas e, o mais fascinante, a recriação da conserva de cavala e sardinhas e de antigas linhas de montagem, inclusive com efeitos sonoros. Para além disso, o museu apresenta um excelente video sobre o sector pesqueiro que revela todos os passos do processo, desde como se deitam as redes aos cardumes de peixes até ao seu embalamento.
2. Igreja Matriz de Portimão
A Igreja Matriz de Portimão, do sec. XV, situa-se na zona mais elevada da cidade, no interior das antigas muralhas. O portal tardo-gótico é inspirado no mais imponente monumento da época, o Mosteiro da Batalha e nele se identificam finas esculturas de músicos e mulheres em moldura. Ali convivem diversos estilos, como o barroco, o rococó e o manuelino, fruto das várias fases de reconstrução e enriquecimento artístico do templo que hoje é a Igreja Matriz de Portimão.

Na fachada, um portal medieval semelhante ao do Mosteiro da Batalha e um frontão decorado com trabalhos de massa característicos do final do século XVIII. No interior, três naves separadas por colunas com capitéis toscanos, cabeceira tripla e quatro capelas laterais. No que diz respeito à ornamentação desta igreja, merecem os retábulos da capela-mor e da Capela do Santíssimo Sacramento, assim como para as imagens de Nossa Senhora das Almas do Purgatório, de São Pedro e de São Gonçalo de Lagos que, tal como os retábulos, datam da segunda metade do século XVIII.
3. Alvor
Alvor é uma vila pitoresca no Algarve. Esta localidade encantadora conserva ainda muitas das suas raízes mouras devido ao facto da região ter sido controlada por Mouros durante vários séculos. O próprio nome de Alvor é bastante parecido com o seu velho nome mouro: Al-Bûr. Alvor só seria conquistada pelos portugueses no ano de 1189, ano em que os exércitos do rei D. Sancho I foram finalmente capazes de tomar o Castelo de Alvor. O castelo ainda hoje lá está juntamente com as igrejas medievais.

Esta vila de pescadores com origens marítimas é profundamente religiosa. Localizada na parte ocidental da costa sul de Portugal, as principais actividades económicas de Alvor são a pesca, a restauração, o comércio e o turismo. As tradicionais casas algarvias, ruas estreitas e pequenas e o Rio de Alvor fazem deste um destino de férias tranquilo e livre de preocupações.
4. Colégio dos Jesuítas
O Colégio dos Jesuítas é, em conjunto com a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição uma das edificações religiosas mais importantes do município de Portimão. Foi mandado edificar durante finais do século XVII pelo fidalgo Diogo Gonçalves, que se encontra enterrado no interior de um mausoléu de mármore.

Trata-se da maior igreja de todo o Algarve, e encontra-se declarada como Imóvel de Interesse Público. Dela destaca-se a sua majestosa fachada, e o altar maior, decorado com retábulo em madeira policromada e dourada do século XVIII. Na actualidade alberga um museu de pintura e um centro de apoio à terceira idade nas suas naves laterais.
5. Fortaleza de Santa Catarina
A Fortaleza de Santa Catarina de Ribamar surge numa posição dominante sobre a Praia da Rocha, uma das praias mais famosas e bonitas de todo Portugal. Este forte, que foi mandado construir por D. João de Castro durante o século XVI para impedir que piratas e invasores subissem o rio Arade para chegar a Portimão é, na actualidade, um dos melhores do Algarve.

Trata-se de uma edificação de planta rectangular onde se ergue uma torre em cada esquina. Encontra-se localizado em frente ao Forte de São João de Ferragudo. Hoje em dia o forte tem uma cafetaria que acolhe actuações em directo e vale a pena ser visitado, ainda que apenas seja para contemplar as fabulosas vistas que oferece o miradouro de Santa Catarina, instalado no seu interior, ou visitar a pequena ermida de Santa Catarina de Alexandria.
6. Ferragudo
Ferragudo é uma das mais belas silhuetas de vila à beira mar que se podem encontrar em todo o Algarve. A povoação de Ferragudo terá nascido por volta de do séc. XIV. Pescadores que procuravam no mar o sustento para as suas famílias, instalaram-se nestas paragens, erigindo toscos e humildes casebres. No entanto, existem vestígios que nos atestam presença humana em Ferragudo no período da Pré História. A foz do Arade foi, também, alvo de cobiça para os Fenícios e Cartagineses. Os Romanos assentaram arraiais, dedicando-se à pesca e à indústria da salga do peixe. A comprovar esta estada estão os achados arqueológicos encontrados junto ao Forte de S. João do Arade.

Segundo fontes históricas, o topónimo Ferragudo provém da existência de um engenho de ferro, implantado na Praia da Angrinha, cuja finalidade era a de elevar o pescado e as mercadorias das embarcações que ali acostavam. Às maravilhosas praias e às excepcionais condições naturais que aqui se podem encontrar, aliaram-se as villas, os aldeamentos, entre outras unidades de alojamento, tornando Ferragudo, uma região de reconhecida beleza, num lugar aprazível e ideal para umas férias tranquilas.
7. Castelo de São João de Arade
A sua fundação, no séc XVII, remonta ao domínio filipino, na extrema necessidade de proteger as costas da Península Ibérica dos ataques dos piratas e corsários. Contudo, só depois da Restauração o governo pôs em marcha a ideia da fortaleza, para melhor defesa do Barlavento Algarvio. Está situado estrategicamente na foz do rio Arade. A sua estrutura, como outras na linha da costa algarvia, tem identificação militar.

Esta fortaleza caiu em declínio, que culminou em 1896 com a venda em haste pública, passando assim para mãos privadas, até agora. Pode-se dizer que está bem cuidado ao contrário de muitos outros, que estão ao abandono. Está classificado como Monumento de Interesse Público. Esta fortaleza cooperava com a Fortaleza da Santa Catarina de Ribamar de Portimão pela defesa do estuário do rio. Desde inícios do século XX, este castelo passou a ser propriedade privada e na actualidade encontra-se em excelente estado de conservação e conta com um amplio jardim, propriedade da família Pereira Coutinho.
8. Igreja Matriz de Alvor
A Igreja Matriz de Alvor é o ex-líbris do estilo Manuelino no Algarve. Construída nos anos 20 do século XVI a Igreja Matriz de Alvor apresenta o pórtico manuelino mais bonito da região, decorado com motivos alusivos à fauna e à flora, cenas bélicas e símbolos religiosos.

No interior, destacam-se os azulejos do século XVIII, bem como as riquíssimas imagens presentes nos seis altares de talha dourada. Aqui se encontra também a famosa e milagrosa imagem do “Senhor Jesus”, que segundo a lenda deu à costa e foi colocado no altar pelos pescadores de Alvor.
9. Passadiços do Alvor
É nas praias de Alvor que se encontra o maior passadiço pedonal do Algarve. Foi renovado este ano e tem agora oito acessos ao areal, ao contrário dos dois do ano passado. A nova estrutura percorre seis quilómetros desde a praia dos Três Irmãos até à Ria de Alvor. Um bom passeio para o final de tarde ou, quem sabe, correr logo de manhã.

Antes das obras (que foram cofinanciadas pelo Grupo Pestana, em 300 mil euros), a praia de Alvor tinha dois acessos. Agora são oito. O passadiço tem uma altura de cerca de um metro, sendo ideal para uma corrida matinal ou para um passeio em família no final do dia. E, se estiver bom tempo, pode sempre pegar na bicicleta e pedalar um pouco antes de dar um mergulho. É só escolher a praia certa.
10. Palácio Bívar
O actual edifício dos Paços do Concelho data de finais do séc. XII. O palácio, ao estilo neoclássico, pertenceu à família Bívar, ilustres portimonenses que se destacaram no campo da política nacional e regional.

Tendo integrado a então Câmara dos Deputados — hoje Assembleia da República —, a acção de Francisco Bívar foi fundamental aquando da discussão do traçado da estrada litoral do Algarve — mais conhecida como a EN125 —, nomeadamente no ponto de travessia do rio Arade.
11. Zona Ribeirinha de Portimão
Um dos locais de eleição para passeios ao final do dia. A zona ribeirinha de Portimão segue rente ao Arade, com pequenos ancoradouros debaixo de olho e o mar como destino. Junto à Praça Manuel Teixeira Gomes, o Coreto do Portimão marca o momento em que Portimão foi elevada a cidade e lembra os concertos e cerimónias oficiais que ali tiveram lugar.

Demolido no início da década de 1970, quis a vontade da população portimonense que fosse reerguido como símbolo da memória colectiva. “A história deste coreto confunde-se com a identidade histórica da cidade”, refere um documento publicado pela junta local aquando da construção desta nova estrutura, em 2010.
12. Palacete Sarrea Gárfias
O Palacete Sárrea Garfías, de estilo neoclássico com reminiscências barrocas, data do século XVII, e foi reconstruído depois do terramoto de 1755 por Joaquim Ignácio Pacheco de Sárrea. Os Sárrea eram grandes proprietários fundiários, que desempenharam elevados cargos militares.

Depois da Implantação da República, o solar foi adquirido pelo Município de Portimão, passando a funcionar ali os Paços de Concelho e uma Escola de Artes e Ofícios e, mais tarde, outros serviços públicos, como o Tribunal, as Finanças, a Biblioteca Municipal, de entre outros. Hoje, acolhe o Teatro Municipal de Portimão (TEMPO), um ícone da cidade renovada, com o Jardim 1º de Dezembro defronte, construído em perfeita harmonia com este antigo palacete.