A cidade de Berlim, capital da Alemanha, é uma cidade cada vez mais na moda entre os turistas portugueses. Berlim pode não ser tão majestosa como outras cidades europeias (Paris ou Londres, por exemplo) mas possui um charme muito especial e cativante, talvez por causa do seu passado histórico. De facto, Berlim foi uma cidade dividida durante várias décadas.
Ainda hoje é possível encontrar vestígios do famoso e infame muro de Berlim, que dividiu a cidade entre a zona de influência ocidental e a zona de influência soviética. Grande parte da cidade foi destruída durante a segunda guerra mundial mas, bem ao estilo alemão, reergueu-se e foi capaz de preservar o seu encanto histórico e aliar este sentimento a um toque de modernidade.
Não faltam atracções turísticas e pontos de interesse em Berlim, suficientes para manter os turistas ocupados durante vários dias. Por isso mesmo, para aproveitar e descobrir a cidade ao máximo, é aconselhável elaborar um roteiro turístico de Berlim com antecedência e escolher os locais que pretende visitar. Museus, palácios, monumentos, parques verdes… há de tudo um pouco na capital da Alemanha. Estes são os melhores locais para visitar em Berlim.
1. Catedral de Berlim
A bela e imponente Berliner Dom ou Catedral de Berlim é sem dúvidas uma das construções mais fotografadas de Berlim. Não é de se admirar, pois com suas cúpulas marcantes e seus monumentais 114 metros de comprimento e 116 metros de altura, a catedral destaca-se na paisagem. A Catedral de Berlim localiza-se às margens do rio Spree, na Ilha dos Museus. A Berliner Dom, a maior e mais importante igreja protestante de Berlim, foi construída entre 1894 e 1905, mas a sua história se inicia muito antes. A história da catedral de Berlim inicia-se em 1465 quando a Capela St. Erasmus, pertencente ao recém-construído palácio real de Cölln, foi elevada ao estatuto de igreja colegiada ou “Domkirche” que era o termo usado na época para designar este tipo de igreja. Em 1535, o príncipe-eleitor Joachim II começou a remodelar o prédio que abrigava a igreja Dominicana e que ficava ao sul do palácio, para ser a igreja da corte, movendo assim a “Domkirche” para este endereço. Com a conversão de Joachim II ao Protestantismo, a até então igreja católica foi transformada em protestante luterana.

Como o prédio da igreja já estava bem degradado, Friedrich II ordenou em 1747 que um novo prédio fosse construído. Assim, baseada no projecto arquitectónico de Johann Boumann, foi construída entre 1747 e 1750 uma nova catedral em estilo barroco no local que hoje se encontra a Berliner Dom. Cerca de 70 anos mais tarde, para celebrar a união das comunidades luteranas da Prússia, a catedral foi remodelada por dentro e por fora em estilo neoclássico pelo arquitecto Karl Friedrich Schinkel. Anos mais tarde, a família real achou que esta catedral era muito modesta e não representava bem a monarquia. Sob ordens do rei Friedrich Wilhelm IV, foi decidido então que uma catedral mais imponente deveria ser construída. Assim a antiga catedral foi demolida e a construção da actual Berliner Dom se iniciou em 1894, sendo finalmente inaugurada em 27 de Fevereiro de 1905. Projectada por Julius Raschdorff em estilo barroco com influência do renascimento italiano, a catedral com suas dimensões monumentais de 114 metros de comprimento, 73 metros de largura e 116 metros de altura acabou sendo comparada e considerada um contrapeso protestante para a Basílica de São Pedro no Vaticano.
2. Muro de Berlim
A maltratada economia soviética e a florescente Berlim ocidental fizeram com que até 1961 quase 3 milhões de pessoas deixassem para trás a Alemanha Oriental para entrar no capitalismo. A RDA começou a se dar conta da perda de população que sofria (especialmente de altos perfis) e na noite de 12 de agosto de 1961 decidiu levantar um muro provisório e fechar 69 pontos de controle, deixando apenas 12 abertos. Na manhã seguinte, foi colocado um alambrado provisório de 155 quilómetros que separava as duas partes de Berlim. Os meios de transporte ficaram interrompidos e nenhum podia atravessar de um lado para o outro. Durante os dias seguintes, começou a construção de um muro de tijolos e as pessoas cujas casas estavam na linha de construção foram desalojadas.

Com o passar dos anos, houve muitas tentativas de escapar, algumas com sucesso, o que levou à ampliação do muro até limites insuspeitados para aumentar a segurança. Hoje, mais de 25 anos passados da queda do Muro de Berlim, a cidade mantém preservados alguns fragmentos espalhados pela cidade. Pode visitar o que resta do muro em vários locais da cidade: na famosa East Side Gallery, a maior secção do muro preservada, contando com cerca de 2 km de muro transformados numa galeria de arte ao ar livre, ou na Bernauer strasse, onde ainda existe o muro exterior, muro interior e o espaço intramuros com uma torre de vigia, e onde foram escavados túneis subterrâneos para a população tentar fugir para o oeste, um dos quais foi reconstruído e pode ser visitado. A visita à Bernauer Strasse pode ser englobada na Tour do Muro de Berlim – Berliner Unterwelten.
3. Palácio de Charlottenburg
O Palácio de Charlottenburg (Schloss Charlottenburg), que se localiza no bairro Charlottenburg-Wilmersdorf, é o maior palácio de Berlim e uma das principais atrações da cidade. Tem belos jardins que são um convite para um passeio. O Palácio de Charlottenburg foi desenhado em estilo barroco pelo arquitecto Johann Arnold Nering e construído entre os anos de 1695 e 1699, sendo chamado inicialmente de Palácio Lietzenburg, pois o local onde foi construído na época se chamava Lietzow. Na verdade o palácio foi construído como uma casa de veraneio para Sophie Charlotte, a esposa do príncipe-eleitor da Prússia Friedrich III, sendo muito menor do que é agora. Pouco tempo depois, em 1701 Friedrich foi coroado como rei Friedrich I da Prússia, tornando-se assim Sophie Charlotte uma rainha, e a casa de veraneio começou a ser transformada em um palácio mais a altura do casal real. Assim o arquitecto Eosander von Göthe foi contratado e o palácio começou a ser ampliado com inspiração no Palácio de Versailles, na França.

Com isto o palácio foi aumentado para os dois lado e ainda foi adicionado duas alas que circundam o pátio. Quando a rainha Sophie Charlotte morreu em 1705, o palácio e a vila onde ele se localiza foram renomeados em sua homenagem. Nos anos seguintes, os trabalhados de ampliação continuaram e a Orangerie foi construída a oeste do palácio e a cúpula foi adicionada. Após a morte do rei Friedrich I em 1713, as obras de ampliação foram paralisadas. Somente a partir de 1740, sob o comando do rei Friedrich II – “O Grande” que fez do palácio sua residência, as obras de ampliação foram retomadas. Assim sob a supervisão do arquitecto Georg Wenzeslaus von Knobelsdorff, uma nova ala no lado leste foi construída entre os anos de 1740 a 1746. Após quase cem anos de construções e ampliações, o palácio ganhou seu último componente em 1791, o Teatro do Palácio, desenhado por Carl Gotthard Langhans. Após o Palácio de Charlottenburg ser seriamente danificado na Segunda Guerra mundial, foram necessário mais de duas décadas para restaurá-lo.
4. Portão de Brandemburgo
O cartão-postal mais famoso de Berlim, o Portão de Brandenburgo está localizado no bairro Mitte na Pariser Platz, entre a famosa avenida Unter den Linden e o parque Tiergarten. Séculos atrás a ainda pequena cidade de Berlim era cercada por muros, numa espécie de fortaleza, e o portão de Brandenburgo era um de vários portões usados para entrar na cidade e agora ele é o único destes portões que ainda existe. A construção do Portão de Brandenburgo, que foi ordenada pelo rei da Prússia Friedrich Wilhelm II como um símbolo de paz, ocorreu entre os anos de 1788 e 1791. Projectado pelo arquitecto Carl Gotthard Langhans, o portão foi inspirado no Propylaeum, a entrada da Acrópole em Atenas na Grécia. A quadriga, carruagem conduzida por quatro cavalos e originalmente guiada por Eirene – a deusa da paz, foi desenhada por Johann Gottfried Schadow e colocada no topo do portão em 1793.

Em 1806, durante a ocupação de Berlim pelos franceses, Napoleão manda levar a quadriga para Paris. Oito anos mais tarde quando Napoleão é derrotado, a quadriga é recuperada e trazida de volta para Berlim, onde recebeu uma cruz de ferro (que foi uma condecoração militar instituída pelo rei da Prússia Friedrich Wilhelm III) com uma águia prussiana no topo, simbolizando assim a vitória. Ao mesmo tempo a praça onde o portão se encontra recebeu seu actual nome – Pariser Platz (Praça Parisiense) – e a estátua na quadriga é chamada de Vitória, a designação da deusa romana da vitória. Durante a segunda Guerra mundial, o portão foi bastante danificado e com a divisão de Berlim em sectores após o fim da guerra em 1945, o portão ficou na parte controlada pelos soviéticos – um dos aliados que derrotaram a Alemanha. Um pouco mais de 10 anos após o fim da guerra, numa iniciativa conjunta dos governos de Berlim oriental e ocidental, o portão de Brandenburgo foi restaurado.
5. Parlamento alemão
O Reichstag, o prédio que abriga o parlamento alemão (Bundestag), é uma das atracções mais visitadas de Berlim. Projectado por Paul Wallot e inaugurado em 1894, este deslumbrante edifício em estilo neo-renascentista tem dimensões monumentais: 137 metros de comprimento e 97 metros de largura. O prédio do Reichstag é associado com importantes momentos da história da Alemanha. Em 9 de Novembro de 1918, de uma de suas janelas, o político Philipp Scheidemann proclama a República na Alemanha. Na madrugada do dia 27 para 28 de Fevereiro de 1933, quatro semanas após Adolf Hitler ter sido nomeado chanceler, o prédio pega fogo sob circunstâncias misteriosas que nunca foram esclarecidas. O fogo destruiu totalmente a sala do plenário e a cúpula do Reichtag. Este incêndio foi usado como pretexto pelos nazistas para iniciar a perseguição aos seus oponentes.

Em 30 de Abril de 1945, após Berlim ter sido tomada, uma bandeira da União soviética é hasteada por um soldado no telhado do Reichtag para simbolizar a vitória sobre os nazistas. Após a Segunda Guerra, no período de separação da Alemanha, a capital da Alemanha Ocidental passou a ser a cidade de Bonn para onde o governo foi transferido. Extremamente danificado pelo incêndio e durante a Segunda Guerra mundial, o prédio foi restaurado entre 1961 e 1971, mas desenho foi simplificado. O prédio foi restaurado sem a cúpula, que havia sido explodida em 22 de Novembro de 1954 para evitar maiores danos no prédio já danificado, uma vez que a cúpula era muito pesada (300 toneladas de metal). O muro de Berlim, construído em 1961, passava ao leste do prédio e uma visita ao terraço do Reichtag, de onde se podia ver o muro, geralmente fazia parte da programação para os chefes de estado estrangeiros que visitavam a cidade. Neste período também funcionou no prédio um museu sobre o parlamento alemão e a construção do prédio do Reichstag.
6. Memorial do Holocausto
O Memorial aos Judeus Mortos da Europa ou como é mais comummente chamado Memorial do Holocausto é, como o nome já indica, um memorial dedicado aos seis milhões de judeus mortos durante o regime nazista. O Memorial do Holocausto está localizado no coração de Berlim, a uma quadra do Portão de Brandenburgo, entre a Embaixada dos Estados Unidos, parque Tiergarten e mais adiante a Potsdamer Platz. A ideia de construir um memorial para as vítimas do holocausto nasceu já em 1988 e nos anos seguintes foi discutido sobre a local onde deveria ser construído, a sua forma e mensagem que deveria transmitir. Uma licitação pública foi feita e centenas de propostas para um memorial foram recebidas. Somente em Junho de 1999, o parlamento alemão aprovou a construção do Memorial do Holocausto próximo ao Portão de Brandenburgo. O projecto vencedor para o Memorial do Holocausto foi do arquitecto americano Peter Eisenman.

A sua construção foi iniciada em Abril de 2003 e em Dezembro de 2004 foi concluída. Em 10 de maio de 2005 o monumento foi inaugurado, fazendo parte das celebrações dos 60 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, e dois dias depois foi aberto ao público. O memorial foi construído numa área de 19.000 metros quadrados que antes fazia parte da “faixa da morte” quando o muro de Berlim existia. O monumento consiste de 2.711 blocos de concreto cinza escuro, quase preto, distribuídos em fileiras paralelas sob uma superfície ondulada. Estes blocos são sóbrios, não contém nenhum texto, nome ou foto. Os blocos são de 2,38m de comprimento por 0,95m de largura e a altura varia de 0,2m até 4,8 metros. Muitos dos caminhos formados também são ondulados, o que para algumas pessoas causa a sensação de instabilidade. E parece que de fato esta foi a intenção do arquitecto, que no texto do projecto descreveu que os blocos foram desenhados “para produzir uma atmosfera confusa e intranquila, e toda a escultura visa representar um sistema supostamente ordenado que perdeu o contacto com a razão humana”.
7. Gendarmenmarkt
Gendarmenmarkt é uma praça localizada no centro histórico de Berlim. É considerada por muitos Berlinenses como a praça mais bonita da cidade, o que eu concordo plenamente. Como se pode ver na foto, a praça é composta por três belos e harmoniosos edifícios: no centro a Konzerthaus (Casa de Concertos) e as praticamente idênticas Französischer Dom (Catedral Francesa), à direita na foto e a Deutscher Dom (Catedral Alemã), à esquerda na foto. No centro da praça tem ainda uma estátua do poeta Friedrich Schiller, que foi feita por Reinhold Begas e inaugurada em 10 de Novembro de 1871.

A praça foi projectada por Johann Arnold Nering e construída à partir de 1688. À partir de 1777 foi remodelada por Georg Christian Unger. Criada como um mercado, por isto originalmente chamava-se Linden-Markt (Mercado Linden), a praça/mercado fazia parte da cidade Friedrichstadt. Friedrichstadt era uma nova comunidade que havia sido construída, sob ordens do rei Friedrich I, nos subúrbios de Berlim daquela época e que mais tarde foi incorporada a cidade Berlim. Esta comunidade era habitada em sua grande maioria por huguenotes, protestantes franceses perseguidos, que ali se estabeleceram após o Édito de Potsdam, emitido pelo príncipe prussiano Friedrich Wilhelm von Brandenburg em 1685, que lhe dava asilo aos huguenotes e lhes garantia os direitos à liberdade religiosa.
8. Ilha dos Museus
Localizada na parte norte da Speeinsel, uma ilha no rio Spree, a Ilha dos Museus (Museumsinsel) tem este nome por abrigar cinco museus famosos mundialmente. Declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 1999, a Ilha dos Museus foi concebida para ser um lugar dedicado a arte e a ciência. O primeiro museu a ser construído, entre 1823 e 1830, foi o Altes Museum (Museu Antigo) para abrigar a colecção de artes da família real da Prússia. Foi também o primeiro museu aberto ao público na Prússia e actualmente exibe uma colecção de antiguidades da Grécia e Roma. Em 1859 foi aberto o Museu Real Prussiano, o actualmente chamado Neues Museum (Museu Novo). Durante a guerra foi destruído e somente em 2009 foi reaberto, abrigando colecções sobre a Pré-História, História Antiga e Egipto Antigo. No Neues Museum está exibido o busto da rainha egípcia Nefertiti.

O belo prédio da Alte Nationalgalerie (Galeria Nacional Antiga) foi construído entre 1867 e 1876. Inspirado na Acrópole de Atenas, este prédio lembra um templo antigo, com suas imponentes colunas e escadarias. É perfeito para os amantes das artes, pois exibe colecções do Impressionismo, Romantismo, Neoclassicismo, Biedermeier e início do Modernismo. Bode-Museum (Museu Bode) foi aberto em 1904 com o nome de Kaiser Friedrich-Museum e desde 1956 foi renomeada para o actual nome em uma homenagem ao seu idealizador e primeiro curador: Wilhelm von Bode. Após 6 anos de trabalhos de restauração foi reaberto em 2006 e abriga uma colecção de esculturas, Arte Bizantina, além de uma grande colecção de moedas.
9. Potsdamer Platz
A Potsdamer Platz, que fica a cerca de 1 quilómetro de distância do Portão de Brandenburgo e do Reichstag, é uma praça com prédios super modernos e arrojados e é um dos locais mais movimentados e visitados de Berlim. Além de ser uma das principais atracções da cidade, a Potsdamer Platz oferece muitas opções de lazer. Você pode fazer umas comprinhas, ir jantar, jogar (existe um casino) ou simplesmente ir ao cinema. Aqui na Alemanha os filmes geralmente são dobrados, mas há algumas sessões de cinema em que o filme é com o som original. Além disto na Potsdamer Platz tem um IMAX, um cinema em 3D, que geralmente exibe alguns filmes, tipo “no fundo dos oceanos” (estou só inventando um nome), que na minha opinião não faz muita diferença ser em alemão, pois só as belas imagens em 3D já valem a pena.

A praça tem este nome desde 1831 em referência ao Portão de Potsdam que havia sido construído cerca de 10 antes e que era um dos portões que fazia parte da muralha que cercava Berlim naquela época e que dava acesso a cidade. Este portão tinha este nome pois dava acesso à estrada em direcção a Postdam, cidade localizada a cerca de 25km a sudoeste. O ponto de partida para o seu desenvolvimento e crescimento foi a construção, em 1838, da estação de trens Potsdamer Bahnhof que conectava Berlim com a cidade de Postdam e depois com outras cidades também. Em 1907 foi aberta uma estação do metro e como consequência o local se desenvolveu tremendamente sendo construído no local hotéis, restaurantes, teatros, cinema, cafés e lojas. Nos anos 20 e 30 a Potsdamer Platz era um ponto central da vida diária e nocturna de Berlim.
10. Palácio Bellevue
A poucos metros da Siegessäule (Coluna da Vitória), no parque Tiergarten e às margens do rio Spree, encontra-se o Schloss Bellevue ou Palácio Bellevue. Seu nome, de origem francesa, significa “bela vista”, devido a bela vista que se tem do parque e do rio Spree. Este palácio, que fica relativamente perto do parlamento alemão e do escritório da chancelaria, é o endereço oficial do presidente da Alemanha (não confundir com a chanceler) desde 1994. O Palácio Bellevue foi projetado pelo arquiteto Philipp Daniel Boumann e construído em 1786. O palácio foi erguido para ser a residência de Ferdinand da Prússia, que era o irmão mais novo do rei Friedirch II – O Grande. O palácio, o primeiro prédio em estilo neoclássico da Prússia, consiste de uma ala central e duas laterais (a esquerda a “Ala da Damas” e na direita a “Ala do Spree”).

O palácio serviu de residência para Ferdinand até sua morte em 1813. De 1844 a 1865 o palácio abrigou em uma de suas alas no térreo o primeiro museu de arte contemporânea da Prússia. De 1865 a 1918 voltou a ser usado pela corte. Após a Primeira Guerra Mundial o palácio abrigou exposições e com a chegada no poder dos nazistas, o palácio foi transformado em casa de hóspedes do Terceiro Reich. Durante a Segunda Guerra mundial foi severamente danificado, sendo reconstruído entre 1955 e 1959. Após sua reconstrução foi decidido que o palácio funcionaria como a segunda residência oficial do presidente da Alemanha, sendo a número 1, a Villa Hammerschmidt em Bonn, que na época era a capital da Alemanha Ocidental e onde ficava a sede do governo. Com a reunificação e a transferência do governo para Berlim, o palácio passou em 1994 a ser a primeira residência oficial e de 2004 a 2005 passou por uma grande reforma.
11. Museu Pergamon
O Pergamonmuseum é um dos cinco museus que fazem parte do conjunto de museus localizados na Ilha dos Museus, no centro de Berlim. Mundialmente famoso, o Museu Pergamon é uma das principais atracções e também o museu mais visitado de Berlim. Sem dúvidas o Pergamon merece este recorde pois seu acervo tem peças monumentais e fantásticas (eu sou uma super fã deste museu) e ele abriga tesouros da antiguidade de enorme valor cultural. Reserve pelo menos umas duas horas do seu tempo para visitar o museu, pois ele é enorme e tem muita coisa para ver. O Museu Pergamon foi projectado por Alfred Messel e Ludwig Hoffmann e foi construído no mesmo lugar onde antes tinha um museu menor que já exibia colecções com peças arqueológicas de cidades da antiguidade como Pérgamo, Priene e Magnesia.

Entretanto os alicerces do prédio não eram adequados e logo o prédio já apresentava danos em sua estrutura. Além disto o museu tornou-se pequeno e inadequado para abrigar apropriadamente os objectos monumentais que foram encontrados em novas escavações arqueológicas. Com isto este primeiro edifício foi demolido e o actual prédio do Museu Pergamon foi construído entre 1910 e 1930 com três monumentais alas, sendo uma central e duas laterais. O Museu Pergamon é organizado em três secções distintas: a Colecção de Antiguidades Clássicas, o Museu do Antigo Oriente Médio e o Museu de Arte Islâmica.
12. Museu Novo
O Neues Museum (Museu Novo) faz parte do conjunto de cinco museus da Ilha dos Museus, no centro de Berlim. Este foi o segundo museu construído, uma vez que o Altes Museum (Museu Antigo) se tornou pequeno para abrigar o acervo de antiguidades e obras de arte. O Neues Museum ficou fechado por décadas após ter sido seriamente danificado durante a Segunda Guerra Mundial e somente em 2009 foi reaberto. O Neues Museum exibe coleções sobre a pré-história, história antiga e Egipto Antigo. Em 1841 o rei da Prússia Friedrich Wilhelm IV decretou que toda a parte norte da Ilha Spree (parte que hoje em dia é chamada Ilha dos Museus) seria “transformada em um santuário de arte e ciência”. Seguindo este decreto e a necessidade de expandir o Altes Museu que não comportava mais as obras de arte, Friedrich August Stüler, um estudante do famoso arquitecto Karl Friedrich Schinkel que projectou diversos prédios em Berlim, projectou o Neues Museum.

As obras se iniciaram em 1843 e em 1850 a primeira parte do museu é aberta ao público com a colecção de artes do Egipto Antigo. Nos anos seguintes, os trabalhos continuaram e novas secções foram sendo abertas ao público à medida que ficavam prontas, sendo a Colecção Etnográfica a última a ser aberta em 1859. Friedrich August Stüler projetou o Neues Museum em estilo arquitectónico neoclássico. O prédio, com 105 metros de comprimento e 40 metros de largura, tem uma fachada relativamente simples, assim como o Altes Museum. Entretanto seu interior era ricamente decorado – salões eram pintados e ornamentados em estilo egípcio, grego ou romano. Havia passagens que ligava o Neues Musem ao Altes Museum e também ao Pergamon Museum.