7 das mais bonitas estações de comboio em Portugal

Por estas estações de comboios, já passaram milhões de passageiros e séculos de história, sendo edifícios que ainda hoje nos remetem para o nosso passado, e onde podemos apreciar a arquitetura de tempos que já lá vão. Nesta lista, deixamos-lhe algumas das mais belas estações de comboios de Portugal, e que, mais do que gares ou pontos de partida e chegada, são autênticos monumentos dignos de uma visita.

Durante muitos anos, Portugal apostou na decoração com azulejos nas suas estações de comboio. Era uma forma de mostrar o património cultural do país que resultou no embelezamento de várias estações de comboio espalhadas por todo o território. Algumas dessas estaçoes ganharam fama, como Pinhão, Aveiro e São Bento, por exemplo.

Mas com o encerramento de várias linhas férreas, veio também o abandono de algumas dessas estações que, lentamente, foram caindo no esquecimento e se degradaram. No últimos anos, no entanto, muitas delas têm vindo a ser recuperadas. Descubra algumas das mais bonitas estações de comboio em Portugal.

1. Estação de Pinhão

Esta estação, construída no século XIX, é um ponto de paragem obrigatório na linha do Douro. O seu apeadeiro é muito conhecido pelos 24 painéis de azulejos que adornam as suas paredes, e que são da autoria do pintor e ceramista J. Oliveira. Estes painéis retratam a vida no Douro Vinhateiro, representando paisagens, vindimas, e o pisar da uva, entre outras cenas do dia-a-dia. Para visitar a estação, pode chegar lá de carro ou, no verão, viajar a bordo do Comboio Histórico do Douro.

2. Estação de São Bento

Esta é uma das 10 estações de comboio mais bonitas do mundo, sendo que a contribuir para esse título estão os grandes painéis de azulejos que preenchem o átrio principal. É muito comum ver turistas de cabeça virada para o ar, a apreciar os cerca de 20 mil azulejos que cobrem a estação, e que são da autoria de Jorge Colaço. Muitos dos azulejos retratam cenas da história de Portugal, com destaque para o casamento de D. João I e para a conquista de Ceuta.

3. Antiga Estação de Aveiro

Quem visita esta estação de Aveiro fica desde logo impressionado com a fachada coberta de azulejos. Estes datam de 1916, sendo oriundos da Fábrica da Fonte Nova, e reproduzem motivos regionais, no chamado estilo de Casa Portuguesa. Na fachada da estação, pode apreciar paisagens regionais, como a ria, e figuras populares da zona, como pescadores. O trabalho de azulejo está espalhado pela parte central de três pisos e pelas laterais da gare.

4. Estação de Vilar Formoso

Esta estação, inaugurada em 1882, entra também para esta lista graças ao revestimento exterior em azulejo. Esta decoração foi obra de João Alves de Sá, autor de painéis que se encontram também noutras gares, como a de Rio Tinto e Estremoz. Os azulejos foram produzidos na fábrica Viúva Lamego e foram colocados no início do século XX. Para além de referências locais, representam também monumentos nacionais, como o Mosteiro da Batalha, a Torre de Belém, ou o castelo de Guimarães.

5. Estação de Coimbra

Também conhecida como Estação Nova, foi inaugurada em 1885, sendo projetada pelos arquitetos Cottinelli Telmo e Luís Cunha. Ao contrário de muitas outras entradas desta lista, nesta estação a beleza dos azulejos deu lugar a pedra e às linhas retas e triangulares, com a inspiração do ferro a prevalecer na fachada da estação, destacando-se as grandes placas que cobrem a entrada e para os pilares da zona de acesso aos comboios.

6. Estação do Rossio

Esta é outra das estações de comboios mais belas do mundo, tendo sido classificada como Imóvel de Interesse Público. Graças à sua beleza, já há muito que entrou para os principais guias turísticos de Lisboa. O arquiteto José Luís Monteiro foi o responsável pelo projeto do edifício ao estilo neomanuelino, e que usou ferro como destaque numa linguagem arquitetónica a pender para o romantismo tardio português. Destacamos o duplo arco da entrada e os detalhes na fachada, com os seus pináculos, balaustrada e janelas coroadas por esferas armilares.

7. Gare do Oriente

Considerada hoje uma das estações mais modernas do país, foi inicialmente criada como parte de um conjunto de infraestruturas para a Expo’ 98. Tinha o objetivo de servir todos os visitantes que para ali se deslocaram por altura da exposição mundial, mas rapidamente se tornou num dos principais pontos de transporte coletivo de Lisboa. O projeto foi liderado por Santiago Calatrava e Andrés Caride, encontrando-se a estação numa plataforma dezanove metros acima do nível da rua. As suas oito linhas de comboio são cobertas por uma estrutura metálica modular, que faz lembrar quatro fileiras de árvores.