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Drave: uma aldeia mágica e abandonada com casas de xisto e lagoas

Chamam-lhe a aldeia mágica e com toda a razão. Em plena Serra da Freita, a aldeia desabitada de Drave cativa toda a gente. Descubra as razões.

VxMag by VxMag
Mar 30, 2021
in Viagens
2
Drave

Drave

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Desabitada desde há 10 anos atrás, Drave é uma aldeia pertencente ao Geoparque de Arouca, situando-se numa cova entre as serras da Freita, de São Macário e da Arada. Esta aldeia típica da região, com casas de pedra lousinha e telhados em xisto, parece verdadeiramente parada no tempo. Não é acessível de carro, não tem eletricidade, nem água canalizada, rede móvel, gás, correio ou telefone.

Para se chegar à aldeia, tem de se percorrer um trilho de cerca de 4 quilómetros com início em Regoufe. Mas é um local que vale a pena visitar e onde o tempo parece não passar, de tão absorvidos que estamos pela paisagem e pelo encanto de Drave.

A primeira referência a Drave remonta ao reinado de D. Dinis, no séc. XIV. Mas hoje, aqui pode testemunhar como era a vida nas regiões mais recônditas do país e ver com os seus próprios olhos a desertificação a que algumas regiões estão votadas.

drave
Drave

Este lugar, a cerca de 600 metros de altitude, fica no centro de uma formação montanhosa, o monte Fuste, que divide as bacias hidrográficas do Douro e do Vouga, encontrando-se delimitada pelos rios Arda, Sul, Vouga e Paiva. Toda a zona é rica em granito e xisto, bem visíveis na paisagem (e nas casas).

Os socalcos das encostas da aldeia são ainda usados para fins agrícolas, já que a terra aqui é bastante fértil, devido aos rios e ribeiras que por esta encosta descem. A restante paisagem está coberta por um manto vegetal que nos prende a atenção e nos transmite uma sensação de paz e contacto com a natureza. 

O rio de Drave nasce da confluência do rio de Palhais, do Ribeirinho e do ribeiro da Bouça, tendo uma extensão de cinco quilómetros, até encontrar um dos afluentes do rio Paivó. Nesta região, as povoações estão bastante dispersas e estão quase desertas. A aldeia mais próxima de Drave é Regoufe, de onde parte o trilho para chegar à aldeia. Da mesma freguesia, faz ainda parte Covelo do Paivó, que dista cerca de 10 quilómetros de Drave.

Drave
Drave (Rui Videira)

Se quer visitar Drave, terá de começar em Regoufe. Aconselhamos que deixe o seu carro no largo, antes de descer para esta aldeia. O trilho para Drave (PR14 Arouca) começa depois da ponte e não é de grande dificuldade, mas demora cerca de duas horas, pelo que não se deverá esquecer de levar água e um chapéu (bem como um pequeno lanche).

Existe uma subida bastante acentuada no início do trilho, mas, após chegar ao topo, terá uma vista maravilhosa sobre Regoufe e a serra. Seguindo o percurso por uma estrada rochosa, começará a descer até Drave.

Aqui chegados, explore a aldeia com as suas casas em ruínas, a capela de Nossa Senhora da Saúde (revestida a cal e cerâmica), o solar (que se trata de uma casa com balcão e dois pisos, estando o superior revestido a cal) e até os restos de uma adega. Na zona mais baixa da povoação, encontrará dois espigueiros comunitários de grandes dimensões.

Procure também absorver a paisagem descendo à ribeira de Palhais, aproveitando a sombra e as piscinas naturais e cascatas. Pode aproveitar para fazer um piquenique e descansar um pouco antes de voltar a Regoufe.

Drave
Drave

Drave tem ainda festa, em honra de Nossa Senhora da Saúde, todos os 15 de agosto. Nesta festividade, há Eucaristia, procissão e um piquenique comunitário. Mas esta não é a única curiosidade acerca de Drave. Apesar de estar desabitada, a família Martins, uma das mais antigas e numerosas (e a última a abandonar o lugar) aqui se reúne a cada dois anos.

Drave é também local de reunião dos escuteiros, já que o Corpo Nacional de Escutas abriu em 2003 a Base Nacional da IV/Drave Scout Centre, um centro para caminheiros (escuteiros entre os 18 e os 22 anos). O centro recebe milhares de caminheiros portugueses e estrangeiros anualmente, que colaboram na reconstrução e manutenção desta aldeia.

Drave é verdadeiramente um local mágico onde podemos apreciar o melhor do que a natureza tem para oferecer, e onde o tempo parece não fazer qualquer sentido.

VxMag

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Comments 2

  1. Martins Paiva, Jose says:
    4 anos ago

    Ola, deve ser realmente maravilhoso visitar, quem sabe um dia terei oportunidade de ir, é lamentável que esteja assim abandonada, sem os bens mais essenciais, p’lo menos uma estrada, é impressionante pensar como seria, quando alguém ficava doente, como seria o seu transporte até ao hospital, enfim outros tempos

    Responder
  2. Carlindo Jorge Costa Teixeira says:
    3 meses ago

    Locais como os presentes nesta informação, infelizmente já são banais no interior de Portugal, mas o mais grave é que rapidamente mesmo muitos mais irão existir, o que é muito grave.
    Grande parte da culpa é das autarquias, pois não sabem alertar para tais situações as entidades e o povo das mesmas e não só, para o problema de tais situações.
    É complexo mas tem que ter resolução estas situações.

    Responder

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