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A curiosa origem de 27 expressões populares portuguesas

A língua portuguesa é riquíssima em expressões populares que a enriquecem. descubra o significado e a origem de algumas das mais curiosas.

VxMag by VxMag
Abr 6, 2022
in Cultura
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expressões populares portuguesas

Expressões populares portuguesas

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A língua portuguesa é rica em expressões, que, mesmo sem darmos conta, utilizamos quase todos os dias, apesar de não fazermos a mínima ideia de como é que essas mesmas expressões surgiram na nossa linguagem. Assim, e para lhe satisfazer a curiosidade, deixamos-lhe aqui a curiosa origem de 27 expressões populares portuguesas:

1. Erro Crasso

Significa “erro grosseiro” e teve origem na Roma antiga. Durante os triunviratos, o poder dos generais era dividido por três pessoas. No primeiro destes triunviratos, tínhamos Caio Júlio, Pompeu e Crasso, sendo que este último foi incumbido de atacar um pequeno povo, chamado Partos.

Como estava confiante na vitória, decidiu abandonar as formações e técnicas romanas e simplesmente atacar, tendo escolhido um caminho estreito e de pouca visibilidade para o fazer.

Assim, os Partos, apesar de serem em menor número, conseguiram vencer facilmente os romanos, sendo que o general foi um dos primeiros a cair. Desde então, ficou a expressão, que é usada sempre que alguém tem tudo para acertar, mas comete um erro estúpido.

2. Ter para os alfinetes

Significa “ter dinheiro para viver”. Noutros tempos, os alfinetes eram objetos de adorno das mulheres, e eram um produto caro, pelo que muitas pessoas tinham que poupar para os adquirir. Só foi com o passar do tempo que eles passaram a tornar-se utensílios não apenas de enfeite, mas utilitários e acessíveis.

A expressão manteve-se, embora passasse a significar não dinheiro poupado para luxos, mas sim para coisas quotidianas, e chegou inclusive a ser acolhida em textos legais, como o Código Civil Português, aprovado por Carta de Lei de julho de 1867, por D. Luís.

3. Do tempo da Maria Cachucha

Usa-se quando nos queremos referir a algo muito antigo. A cachucha era uma dança espanhola a três tempos, em que o dançarino se movia ao som das castanholas, num movimento moderado que ia depois acelerando.

A dança esteve em voga em França, quando a dançarina Fanny Elssler a dançou na ópera de Paris. Em Portugal, existia uma popular cantiga, chamada Maria Cachucha, que era uma adaptação da cachucha espanhola, e ao som da qual era usual as pessoas do povo dançarem, no século XIX.

4. À grande e à francesa

Significa “viver com luxo e ostentação”, e deve-se aos modos luxuosos do general Jean Andoche Junot, um auxiliar de Napoleão que chegou ao nosso país aquando da primeira invasão francesa, e aos seus acompanhantes, que se passeavam vestidos de gala pela nossa capital.

5. Coisas do arco-da-velha

É uma expressão usada para nos referirmos a coisas inacreditáveis, absurdas ou inverosímeis, e pensa-se que tem origem no antigo testamento, podendo ser uma simplificação de Arco da Lei Velha, uma referência à lei divina.

Mas algumas histórias populares dizem que a origem da expressão se deve à existência de uma velha no arco-íris, sendo que a curvatura do arco é a curvatura das costas, provocada pela velhice.

6. Dose para cavalo

Significa “quantidade excessiva” ou “demasiado”, e nalguns locais usam-se outros animais na expressão, como dose de elefante ou dose para leão. A ideia por trás de todas as variações é a mesma, já que se pressupõe que estes animais necessitam de doses exageradas de um remédio para que este possa produzir o efeito desejado. O sentido foi-se ampliando ao longo do tempo e a expressão é também usada no exagero e ampliação de qualquer coisa desagradável.

7. Dar um lamiré

Pode ser definido como um sinal para começar alguma coisa, e é a forma aglutinada da expressão “lá, mi, ré”, usada para designar o diapasão, um instrumento usado na afinação de instrumentos ou vozes. Assim, a partir deste significado, a expressão fixou-se como palavra autónoma e com significado próprio, designando qualquer sinal que dê início a uma atividade, e encontrando-se historicamente ligada à música.

8. Memória de elefante

É usada para designar pessoas que têm boa memória ou que se recordam de tudo, e parte da ideia de que o elefante fixa tudo aquilo que aprende, sendo essa uma das principais razões para ele ser uma das atrações de um circo.

9. Lágrimas de crocodilo

Significa “choro fingido” e deriva do facto de o crocodilo, quando ingere o alimento, fazer uma forte pressão contra o céu da boca, comprimindo assim as glândulas lacrimais. Portanto, os crocodilos “choram” enquanto devoram as vítimas.

10. Não poder com uma gata pelo rabo

É usada para nos referirmos a quando alguém é ou está muito fraco ou sem recursos. O uso do feminino tem o objetivo de humilhar a pessoa impotente ou fraca, já que se supõe que a gata é menos veloz e menos feroz do que um gato, embora na verdade não seja fácil segurar uma gata pelo rabo, com ou sem força.

11. Mal e porcamente

É muito usada quando se faz algo muito mal ou de modo muito imperfeito. Na sua origem, a expressão era “mal e parcamente”, já que quem agia assim, agia mal e de forma ineficiente, com parcos recursos. Uma vez que parcamente não era uma palavra de uso comum, foi sendo substituída por outra parecida e mais conhecida, e ainda hoje dizemos “mal e porcamente”.

12. Rés-vés Campo de Ourique

Significa “ficar muito perto de alcançar algo” e está relacionada com o terramoto de 1755, que assolou Lisboa e destruiu a cidade até à zona de Campo de Ourique, que ficou intacta. A partir daí, a expressão foi-se popularizando.

13. Ficar a ver navios

Significa “esperar por algo que não vem ou não aparece” e deriva da atitude contemplativa dos populares, que se instalavam nos lugares mais altos de Lisboa à espera de que voltasse à pátria o rei D. Sebastião, protagonista da batalha de Alcácer-Quibir. Assim, as multidões que frequentavam o alto de Santa Catarina, em Lisboa, confiantes no regresso do rei, acabaram por ficar a ver os navios que chegavam.

A expressão também pode ter derivado das invasões francesas e da partida da família real para o Brasil, já que, quando as tropas francesas chegaram à nossa capital, ainda conseguiram vislumbrar os navios da família real ao longe.

14. Andar à toa

Significa “andar sem destino”, “a passar o tempo”. A toa é a corda com que uma embarcação reboca outra, e assim, um navio à toa não tem leme nem rumo, e vai para onde o navio que o reboca determina.

15. Embandeirar em arco

É usada para nos referimos a uma manifestação efusiva de alegria. Na Marinha, em dias de gala ou festivos, os navios içam pelas adriças ou cabos de embandeiramento galhardetes, bandeiras e cometas quase até ao topo dos mastros, numa demonstração de regozijo.

16. Cair da tripeça

É usada para nos referirmos a qualquer coisa que, devido à sua idade, se desconjunta facilmente. A tripeça é um banco de madeira com 3 pés, muito usado na província junto às lareiras. Uma pessoa de idade avançada que aí se sentasse, e com o calor do fogo, facilmente adormecia e tombava.

17. Fazer tábua rasa

Significa esquecer completamente um assunto, recomeçando em novas bases. No latim, a tabula rasa correspondia a uma tábua de cera, onde nada estava escrito. A expressão foi tirada pelos empiristas de Aristóteles para designar o estado de espírito de alguém antes de ter qualquer tipo de experiência. Assim, fazer tábua rasa significaria voltar a um estado antes das experiências.

18. Ave de mau agouro

É usada para nos referirmos a alguém que é portadora de más notícias ou que anuncia desgraças. Em tempos antigos, consultavam-se as aves para se saberem os bons ou maus auspícios, sendo que, no tempo dos romanos, essa predição era feita através da leitura do voo, canto ou entranhas. Ainda hoje perdura, de forma popular, uma conotação funesta com as águias, abutres, milhafre, corujas, corvos e gralhas, graças a esta prática.

19. Verdade de La Palisse

É usada para nos referirmos a uma evidência tão grande que se torna ridícula. Está relacionada com Jacques de Chabannes, senhor de La Palisse, embora este nada tenha feito para conseguir a sua fama tão multissecular. Este chefe militar celebrizou-se pela vitória em várias campanhas, até que foi morto em pleno combate, na Batalha de Pavia.

Os soldados que ele comandava, impressionados pela sua valentia, compuseram em sua honra uma canção: “O senhor de La Palisse/ Morreu em frente a Pavia/ Momentos antes da sua morte/ Podem crer, inda vivia”. Apesar de o autor querer dizer que Jacques pelejara até ao fim, acabou por sair um truísmo, uma evidência.

20. Ter ouvidos de tísico

Significa “ouvir muito bem” e teve origem antes da Segunda Guerra Mundial, altura em que muitos jovens sofriam de uma doença chamada de tísica, que corresponde à tuberculose. As pessoas que sofrem de tuberculose pulmonar tornam-se bastante sensíveis, o que inclui uma notável capacidade auditiva, que acabou por dar origem a esta expressão.

21. Comer muito queijo

Significa “ser esquecido” ou “ter má memória” e pode ter a ver com a relação de causalidade que era antigamente estabelecida entre a ingestão de laticínios e a diminuição de certas faculdades intelectuais, especificamente a memória. Hoje, sabemos que isto não é bem assim, mas apesar do contributo da ciência, ainda permanece a ideia (pelo menos na expressão) do queijo como sendo um alimento nocivo à memória.

22. Acordo leonino

Um acordo leonino é aquele em que um dos contratantes aceita condições muito desvantajosas em relação ao outro. Esta é uma expressão de retórica, que é sugerida pelas fabulas em que o leão se revela como todo-poderoso.

23. Que massada!

É uma expressão usada quando nos deparamos com um contratempo ou uma tragédia, e é uma alusão à fortaleza de Massada, na região do Mar Morto, em Israel, reduto dos Zelotes, que aí permaneceram durante anos, resistindo às forças romanas após a destruição do Templo, em 70 d.C. Segundo o historiador Flávio Josefo, tudo terminou com um suicídio coletivo para não se renderem.

24. Passar a mão pela cabeça

Significa perdoar ou acobertar um erro cometido por alguém protegido, e deriva de um costume judaico de abençoar os cristãos-novos, passando a mão pela sua cabeça e descendo pela face, enquanto se pronunciava uma bênção.

25. Gatos-pingados

Tem um sentido depreciativo e usa-se para referir uma suposta inferioridade ou irrelevância. A expressão tem origem numa tortura procedente do Japão e que consiste em pingar óleo a ferver em cima de pessoas ou animais.

Várias narrativas na Ásia mostram pessoas com os pés mergulhados num caldeirão de óleo quente. Uma vez que o suplício tinha uma assistência reduzida, a expressão “gatos-pingados” passou a denominar uma pequena assistência, sem entusiasmo ou curiosidade para o evento.

26. Meter uma lança em África

Significa levar a cabo uma empresa difícil e foi uma expressão vulgarizada pelos exploradores europeus, devido às grandes dificuldades encontradas em penetrar no continente africano, graças à resistência dos nativos.

Assim, todos os que se dispusessem a fazer parte de uma chamada “expedição em África” era considerado destemido, valoroso e disposto a mostrar a sua coragem ao guerrear e enfrentar o incerto e o inimigo desconhecido, ou seja, estava disposto a “meter uma lança em África”.

27. Queimar as pestanas

Significa “estudar muito”, está, claro, muito ligada aos estudantes. Antes do aparecimento da eletricidade, era preciso recorrer-se a uma lamparina ou uma vela para a iluminação. Como a sua luz era fraca, era necessário colocá-las muito perto de um texto quando se pretendia ler, algo que podia dar azo a “queimar as pestanas”.

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