Conhecida como a “Atenas do Norte” por causa da sua arquitectura clássica, a cidade de Edimburgo, capital da Escócia, esconde inúmeras surpresas para quem a visita. Algumas das principais atracções turísticas de Edimburgo incluem o seu famoso castelo e a sua universidade, assim como o palácio onde a Rainha costuma passar uns dias durante o Verão.
Mas quem procura ainda mais pode contemplar a Royal Mile, uma das mais clássicas ruas de Edimburgo ou a Dean Village, um pequeno recanto secreto muito perto da cidade mas com todo o charme de uma pequena aldeia. Qualquer época do ano é boa para visitar Edimburgo: há sempre muito para ver e para fazer na capital da Escócia.
O seu encanto medieval, as suas ruas bem preservadas e os seus muitos museus vão fazê-lo viajar no tempo até aos tempos medievais. Estes são os melhores locais para visitar em Edimburgo.
1. Castelo de Edimburgo
O Castelo de Edimburgo é um dos pontos símbolos da Escócia e o ponto turístico mais importante da capital do país. Ele foi construído sobre a Castle Rock, uma rocha de origem vulcânica no alto da cidade, e por isso pode ser observado de diversos lugares de Edimburgo. Há indícios de que já em 1093 havia um castelo na Castle Rock, mas foi no reinado de David I (1142-53), que este castelo se tornou numa fortaleza real com função de proteger a cidade e o rei. Desde então o castelo mudou bastante, ganhou novas funções e novas construções foram feitas. Hoje em dia o castelo é ideal para passear e conhecer mais a fundo a história da Escócia. Uma visita pela fortaleza revela um passeio riquíssimo em cultura. Na sua área interna há diversos edifícios e salas diferentes que permitem conhecer um pouco das transformações ocorridas ao longo dos séculos e detalhes da história escocesa. Entre os destaques do lugar está a colecção de jóias.

O Castelo de Edimburgo tem atracções muito interessantes e, como são muitos lugares diferentes para visitar dentro do local, sugerimos ter pelo menos 3 ou 4 horas livres. Algumas atracções: National War Museum, The Regimental Museum, St Margeret’s Chapel, The Royal Palace, The Great Hall, The Scottish National War Memorial e Military Prision – tudo isso sem falar da vista panorâmica do castelo, da arquitectura e da área externa, onde há muitos canhões. Sugerimos ir ao lugar com calma, pedir um mapa na bilheteira e seguir conhecendo cada um dos pontos turísticos; para quem gosta de história, todos eles são muito interessantes.
2. Palácio Holyroodhouse
Palace of Holyroodhouse, também conhecido como Holyrood Palace é o palácio oficial da monarquia britânica na Escócia desde o século XVI. O palácio fica localizado na Royal Mile, na ponta oposta ao Castelo de Edimburgo. Todos os anos no início do Verão (entre final de Junho e começo de Julho), a rainha Elizabeth costuma ficar no palácio, que é a sua residência principal no país. As origens do Palácio Holyroodhouse residem na fundação de uma abadia agostiniana em 1128 pelo rei David I. No entanto, esta primeira igreja tornou-se muito pequena para comportar o número de fiéis. Entre os anos de 1195 e 1230, foram adicionados extensos edifícios monásticos, incluindo claustros, uma casa capitular, um refeitório e quartos. No século XVI, o rei James IV decidiu converter o local num palácio. O seu sucessor, James V, fez diversas ampliações e melhorias no palácio. As obras tiveram início em 1528 numa enorme torre rectangular, arredondada nos cantos, para fornecer novos quartos reais no canto noroeste do Palácio.

Durante o reinado de James VI foram realizadas extensas reparações ao Palácio, e os jardins foram ampliados e melhorados. O Palácio e a Abadia foram renovados ainda mais em 1633 para a coroação escocesa do filho de James, Charles I. Em 1650, houve um incêndio na área leste do Palácio durante a chegada de Oliver Cromwell e seus soldados. Depois disso, as partes ao leste do Palácio foram efectivamente abandonadas. As partes restantes foram usadas como quartéis e um bloco de dois andares foi adicionado à área oeste em 1659. Em 1966, a monarquia foi restaurada e Holyroodhouse voltou a ser um palácio real sob comando de Charles II. O rei solicitou diversas reformas, melhorias e construções. Em 1679, o Palácio tinha sido reconstruído, em grande parte na sua forma actual.
3. Dean Village
Dean Village é uma agradável aldeia situada nas margens do rio Water of Leith. Foi fundada no século XII pelos frades da Abadia de Holyrood. Dean Village (“dene” em escocês significa “vale profundo”) foi um lugar próspero durante mais de 800 anos. Na região, havia onze fábricas que trabalhavam com os moinhos de água situados no rio Leith. O comércio de Dean Village sofreu uma notável redução até chegar ao ponto de se tornar um lugar pobre e decadente na década de 1960.

Dez anos depois, ao se dar conta de que era um lugar agradável muito perto da cidade, a zona começou a ser recuperada e se tornou uma das regiões residenciais mais desejadas. É muito agradável dar um tranquilo passeio por Dean Village, situado a poucos metros do centro da cidade. Uma pequena ponte sobre o rio e as belas casas de pedra que se conservam desde o século XVII formam uma paisagem encantadora, além de estar cheia de lugares turísticos nos arredores, como Water of Leith, Galeria Nacional Escocesa de Arte Moderna ou o Cemitério de Dean.
4. Museu de Edimburgo
O Museu de Edimburgo está localizado em um cenário de luxo, uma enorme mansão do século XVI conhecida como Huntly House. A casa também é conhecida como “A Casa Falante” (The Speaking House) pelas inscrições em latim que apresenta em sua fachada. O enorme edifício do museu abriga diferentes objectos relacionados com a história de Edimburgo, como alguns objectos de cristal, cerâmica e prata, além de alguns objectos extraordinários, como os mapas originais da cidade nova ou uma maquete da cidade velha que data da época de Maria Stuart (Maria I da Escócia).

Existe uma pequena exposição dedicada ao famoso cachorro Greyfriars Bobby, que se tornou herói nacional depois de ficar ao lado do túmulo do seu dono durante mais de uma década. A Huntly House está cheia de ambientes carregados de informações relevantes sobre a evolução da cidade ao longo dos séculos, mas, além das exposições, o edifício também merece ser visto por sua beleza antiga. O museu está em frente ao curioso People’s Story Museum e do Cemitério de Canongate, onde descansam os restos de Adam Smith.
5. Catedral de Saint Giles
Situada na Royal Mile, em um ponto intermediário entre o Castelo e Palácio de Holyroodhouse, a Catedral de St. Giles foi construída sobre um antigo santuário do século IX, para ser consagrada ao padroeiro dos leprosos. Depois da Reforma, o edifício foi alvo de contínuas restaurações e hoje em dia podemos ver os restos de diferentes épocas. A maior reforma aconteceu depois que a igreja sofreu um incêndio provocado pelos ingleses em 1385, depois do qual, no século XV, foi reconstruída com um estilo gótico. Um detalhe curioso é que, embora seja conhecida como a Catedral de Edimburgo, na verdade a igreja não possui tal título, já que carece de um bispo. Ao entrar na igreja, chamam a atenção as diferentes cores e texturas dos tectos, que deixam claro que a igreja está feita de “retalhos” que lhe dão um aspecto encantador.

Embora no início a catedral tivesse uma forma de cruz, a posterior construção das capelas laterais acabou ocultando esta forma. Um dos detalhes que costuma se destacar no interior da catedral são os belos vitrais que projectam uma luz acolhedora sobre o templo desde que foram colocados, no século XIX. Na nave central se pode ver uma estátua de John Knox, líder da Reforma escocesa e importante predicador que se tornou o primeiro pastor protestante da catedral. Num lugar afastado da porta está uma das partes mais importantes da catedral, conhecida como Capela do Cardo (Thistle Chapel). Construída sob as ordens dos Cavalheiros da Ordem do Cardo entre 1909 e 1911, se trata de uma acolhedora e elegante capela feita com um estilo gótico muito peculiar. Rodeando o tecto, podemos ver anjos tocando diferentes instrumentos e, como não podia ser diferente em Edimburgo, um deles aparece tocando a gaita de foles.
6. Monumento a Scott
Inaugurado em 1846, o Monumento a Scott (Scott Monument) é uma construção de estilo gótico que foi construída em homenagem ao escritor escocês Sir Walter Scott. Seus 61 metros de altura fazem dele o maior monumento já criado em homenagem a um escritor. O monumento, situado na Princes Street, possui uma cor enegrecida que lhe dá um aspecto sinistramente bonito. A enorme agulha gótica está decorada com 64 personagens das novelas criadas pelo querido escritor. Como contraponto à escura construção, na parte baixa do monumento há uma estátua de Sir Walter Scott feita com mármore branco que brilha com luz própria.

A subida até a cúspide do monumento é feita através de 287 degraus divididos em quatro níveis, nos quais você pode parar para dar uma olhada. À medida que você sobe pela escada caracol vai ficando mais complicado subir, já que as paredes ficam mais estreitas e inclinadas. Embora pelo caminho você possa ter vontade de praguejar contra o arquitecto do monumento, ao chegar no alto todo o esforço terá valido a pena e você poderá curtir uma bela vista do centro da cidade. Excepto se você tiver algum problema que o impeça de subir as empinadas escadas ou se você sofre de claustrofobia, acreditamos que vale a pena subir no Monumento a Scott para curtir a vista que ele oferece.
7. Galeria Nacional da Escócia
Situado na colina conhecida como The Mound, ao lado da Princes Street, o elegante edifício de estilo neoclássico que abriga a colecção foi desenhado por William Henry Playfair e inaugurado em 1859. A Galeria Nacional da Escócia está dividida em três andares, nos quais são exibidas valiosas obras de arte em paredes de cores chamativas, que destacam ainda mais as exposições. O térreo e o andar superior (zona sul) são os mais interessantes, onde podemos ver a maioria das obras de grandes mestres europeus desde o século XVI até o XIX, além de artistas impressionistas. Alguns dos artistas destacados são Tiziano, El Greco, Velázquez, Rembrandt, Rubens, Van Gogh, Monet, Cezanne ou Gauguin.

No andar superior (zona norte) são expostas as colecções de pintores italianos e dos Países Baixos anteriores a 1530. Nessa zona podemos encontrar algumas obras de Rafael, como “Madona Bridgewater”. O sótão é provavelmente a parte menos importante, onde está a colecção de arte escocesa, além de algumas exposições temporárias. Nessa zona se destaca a obra de Sir Henry Raeburn “O reverendo Robert Walker patinando em Duddin”. Qualquer pessoa que viaje a Edimburgo deveria aproveitar a oportunidade de visitar a Galeria nacional da Escócia. O edifício neoclássico impressiona por sua beleza, exibe obras de importantes artistas, está situado em pleno centro da cidade, ao lado da Princes Street e, como se fosse pouco, a entrada é gratuita. Não se pode pedir nada mais a um museu do que a Galeria Nacional oferece aos visitantes.
8. The Royal Mile
A Royal Mile (em português, literalmente, Milha Real) é o nome popular para a sucessão de ruas que formam a principal via do centro histórico de Edimburgo, na Escócia. Como o nome sugere, a Royal Mile é de aproximadamente uma milha escocesa, e se estende entre os dois pontos históricos da cidade: a partir do Castelo de Edimburgo até a Abadia de Holyrood. É referido pela população local como “High Street”, mas correctamente, este é o nome de apenas um trecho. As ruas que compõem a Royal Mile são: Castle Esplanade, Castlehill, Lawnmarket, High Street, Canongate and Abbey Strand.

A Royal Mile é uma das vias turísticas mais movimentadas de Edimburgo, superada apenas pela Princes Street. Hoje, a Royal Mile é uma mistura eclética de lojas turísticas, bares e atracções históricas. Também serve como o coração do Sistema Jurídico da Escócia, sendo a casa do Supremo Tribunal de Justiça e do Tribunal de Sessão. Estátuas de escoceses de fama mundial como David Hume e Adam Smith fazem parte de quem percorre a via. Outro marco da Royal Mile é o Heart of Midlothian.
9. Water of Leith
Water of Leith é o rio mais importante de Edimburgo, tem 35 quilómetros de comprimento e termina no Porto de Leith, desembocando no estuário de Forth. Quando nos referimos a Water of Leith não estamos fazendo referência ao rio que lhe dá nome, mas ao passeio que percorre as margens do rio durante mais de 15 quilómetros. O itinerário que percorre Water of Leith é ideal para famílias, casais ou grupos de amigos que queiram descansar da cidade e dar um passeio em plena natureza. Durante o passeio, você verá muitos pontos de interesse, entre os quais podemos destacar Dean Village, o Real Jardim Botânico, a Galeria de Arte Moderna e muitos outros pontos turísticos.

Ao longo de todo o passeio pela margem do rio, você poderá ver cisnes, patos, garças e até 80 espécies de aves. Você também verá peixes de vários tipos pulando. Durante todo o passeio, você verá as pessoas caminhando, andando de bicicleta e inclusive andando a cavalo. Se você tiver tempo suficiente e quiser dar um passeio diferente, com certeza irá gostar de Water of Leith. Se não tiver muito tempo, pode aproveitar para dar um breve passeio quando visitar Dean Village.
10. Jardim Botânico Real
O Real Jardim Botânico de Edimburgo (Royal Botanic Garden) é um centro experimental e de conservação da natureza, além de ser um dos lugares preferidos dos cidadãos de Edimburgo para passear. O Real Jardim Botânico de Edimburgo foi criado em 1670 por dois médicos que cultivavam plantas medicinais. Embora inicialmente estivesse localizado em Holyrood, em 1820 foi trasladado a Inverleith com o objectivo de se afastar da poluição da cidade. O jardim possui 28 hectares de terreno e cada uma das áreas é dedicada a um tipo de vegetação e todas são muito bem cuidadas. Entre as zonas que fazem mais sucesso entre os visitantes, se destacam o Jardim Chinês, o Jardim Comemorativo da Rainha Mãe, o Jardim Arvorado e o Jardim da Roca.

Embora seja a única parte do jardim que tenha entrada paga, vale a pena visitar as estufas (Glasshouses), já que essas abrigam mais de 2.400 plantas muito especiais de diferentes lugares, formando um verdadeiro paraíso para os sentidos. De um momento a outro você pode passear por lugares tão diferentes como as montanhas da Indonésia, os bosques australianos, os desertos arábicos ou a floresta da Amazónia. Para mudar de ares e deixar um pouco de lado os monumentos e museus durante algumas horas, recomendamos se perder no Real Jardim Botânico de Edimburgo, um remanso de paz onde você pode recarregar as baterias para continuar fazendo turismo.
11. Jardim da Princes Street
Os Jardins do Princes Street (Princes Street Gardens) são o parque urbano mais importante do centro de Edimburgo. Separam a Cidade Velha da Cidade Nova. Os jardins têm uma dimensão de mais de 150.000 metros quadrados e estão divididos em duas partes por The Mound, uma colina artificial que conecta as duas partes da cidade e onde está a Galeria Nacional da Escócia. A superfície que agora ocupam os jardins foi, durante séculos, o lago mais importante de Edimburgo: o Nor Loch (North Loch ou Lago Norte).

O Lago Norte, inicialmente um pântano, foi usado como defesa natural da cidade para complementar o trabalho defensivo do castelo. Com as partes norte e oeste protegidas, Edimburgo só precisava de muralhas em suas partes sul e leste. Desde a Idade Média até o século XIX, o Nor Loch foi usado para fazer provas de bruxaria, para fazer desaparecer cadáveres, como esgoto de águas residuais, e como fonte de água “potável”. Esse foi um dos principais motivos da insalubridade da cidade e das contínuas doenças que afectavam a população. Os jardins Princes Street Gardens foram inaugurados em 1820, depois da drenagem do lago.
12. Museu Nacional da Escócia
Inaugurado em 1998, o moderno edifício do Museu Nacional da Escócia (National Museum of Scotland) abriga mais de 10.000 objectos, entre os quais estão obras de arte, joias e armas, através dos quais se permite ao visitante viajar através da Escócia, desde suas origens geológicas até os nossos dias, sem sair do edifício. As exposições do museu estão reunidas por época ao longo dos seis andares do museu. Primeiros habitantes: As exposições do térreo mostram como aconteceu a formação da paisagem escocesa, além do modo de vida dos primeiros habitantes da Escócia durante a pré-história. Reino da Escócia: Desde o ano 900 até 1707. No primeiro e no segundo andar são expostos diferentes objectos que ajudam a entender as origens da Escócia como nação, alguns dos momentos que determinaram sua história e quais foram seus personagens mais importantes e influentes.

A transformação da Escócia: De 1707 até o século XIX. Ao longo do terceiro andar podemos explorar a Escócia desde a união dos parlamentos inglês e escocês até a chegada da época industrial, que se vê representada por enormes máquinas e motores que estão em funcionamento. Indústria e Império: No quarto e quinto andar, os visitantes podem seguir os passos dos escoceses que deixaram o campo para morar na cidade. Uma nação em processo de mudança: No sexto andar, através de histórias, filmes e alguns dos seus objectos mais simbólicos são expostas a vida de diferentes pessoas desde o fim da I Guerra Mundial até os nossos dias. Rooftop: No sétimo andar, você pode apreciar uma bela vista e aproveitar para fazer algumas fotos.