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História desconhecida de Portugal: os franceses que colonizaram o Alentejo no século XII

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Abr 4, 2019
in História
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Nisa

Nisa

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Em 1199 D. Sancho I doa a Herdade da Açafa à Ordem do Templo, este território era delimitado, de modo muito sumário a norte pelo Rio Tejo e a sul detinha parte do território dos actuais concelhos de Nisa, Castelo de Vide e parte do território espanhol junto à actual fronteira. Estas doações tinham como objectivo fixar moradores em zonas ermas e despovoadas e consequentemente defender o território.

Castelo de Vide
Castelo de Vide

Os Templários edificaram uma fortaleza que os defendesse dos infiéis e sinalizava a posse desses territórios. Ao mesmo tempo o monarca anuncia a vinda de colonos franceses, que chegaram de forma faseada, sendo o último grupo destinado ao povoamento do território da Açafa.

Alentejo
Castelo de Vide

Instalaram-se junto das fortalezas construídas pelos monges guerreiros e aí ergueram habitações, fundaram aglomerados populacionais a que deram o nome das suas terras de origem.

É neste sentido que surge possivelmente o de Nisa, ou seja sendo os primeiros habitantes oriundos de Nice, ergueram aqui a sua “ Nova Nice” ou melhor dizendo, a Nisa a Nova, que encontramos nos documentos, e quando surge o termo Nisa a Velha, este refere-se à sua antiga terra de origem, a Nice francesa.

Nisa

Assim terão nascido Arêz (de Arles), Montalvão (de Montauban), Tolosa (de Toulouse), cidades do Sul de França. O primeiro Foral foi dado à Vila de Nisa entre 1229 e 1232, pelo Mestre Dom Frei Estêvão de Belmonte.

Alpalhão
Alpalhão

Em 1512 D. Manuel I atribuiu novo Foral à Vila, aparecendo a palavra Nisa escrita com dois “ss “, ou seja Nissa, provavelmente sob a influência da palavra Nice.

Nisa
Nisa

Ao Concelho de Nisa foram anexados os de Arêz e Montalvão por decreto de 6 de Novembro de 1836 e os de Alpalhão e Tolosa no decreto de 3 de Agosto de 1853, tendo sido desanexadas em 1895 e novamente anexadas em 1898.

 

Um pouco mais sobre Nisa…

Nisa é uma bonita vila Alentejana, sede de município, caracterizada pelo seu típico alvo casario de faixa colorida a alegrar, numa região de calma e sossego, afamada pelos seus saborosos queijos de ovelha.

Nisa tem origens muito antigas, tendo sido já habitada pelo homem desde a época Neolítica, conforme atestam os muitos vestígios neolíticos da região. A povoação ter-se-á desenvolvido a partir de um Castro no cimo do Monte de Nossa Senhora da Graça, tendo sido posteriormente habitada por Romanos, e por eles influenciada.

Com uma história bem antiga, nesta calma vila encontra-se um interessante Património, como o que ainda resta do Castelo do século XIII, as Portas da Vila que ainda restam das seis originais (a da Vila e a de Montalvão), as Igrejas Matriz do século XV e da Misericórdia do século XVI (com um interessante Museu de Arte Sacra), as Capelas do Calvário do século XVII e a de Nossa Senhora dos Prazeres do século XVI, ou a interessante Anta de S- Gens, integrada num conjunto de quatro monumentos megalíticos.

A encimar a vila está, a cerca de 3 km a bonita Ermida de Nossa Senhora da Graça, do século XVI, com várias alterações posteriores, famosa pela sua Romaria, realizada anualmente na segunda-feira de Páscoa. Situada a 300 metros de altura, tem-se do Miradouro adjacente, uma vista formidável, assim como do Miradouro da Serra de S. Miguel, situado a cerca de 460 metros de altura.

Muito procuradas são as Águas Minerais da Fadagosa, a cerca de 10km da vila, muito frequentadas por pessoas vindas de todo o País, sobretudo durante a época termal que se estende de Abril a Novembro.

Para além dos famosos Queijos, Nisa é também famosa pelos tradicionais Barros vermelhos, com as típicas cantarinhas e bilhas decoradas com pequenas pedras brancas com motivos florais, mas também as rendas de bilros e alinhavados.

Tags: história de portugal
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Comments 5

  1. Pingback: História desconhecida de Portugal: os franceses que colonizaram o Alentejo no século XII | VortexMag | AICL Colóquios da Lusofonia
  2. João Chamiço says:
    4 anos ago

    Sempre tive curiosidade no concerne à pronúncia das gentes de Nisa, Tolosa, Arez, Gáfete e mesmo Monte da Pedra. A minha avó, tal como as outras sras. desse tempo diziam Xéle em vez de chaile e chéve em vês de chave. Outras palavras parecidas já não me recordo. Quando vi esta notícia pela primeira vez, acendeu-se uma luz em mim.

    Responder
  3. Rui Manuel Mesquita Mendes says:
    2 anos ago

    Quando começa por dizer «Em 1199 D. Sancho I doa a Herdade da Açafa à Ordem do Templo, este território era delimitado, de modo muito sumário a norte pelo Rio Tejo e a sul detinha parte do território dos actuais concelhos de Nisa, Castelo de Vide e parte do território espanhol junto à actual fronteira»; está tudo dito!

    Desconhecem os autores que a Herdade da Açafa corresponde ao actual concelho de Vila Velha de Ródão????

    Como podem dizer que esta herdade era limitada a Norte pelo Rio Tejo, quando era precisamente o contrário?????

    Qual é o rigor destes textos?

    Responder
  4. João Manuel Barrento da Costa says:
    2 anos ago

    Este texto é apenas uma opinião. Não tem qualquer referência a fontes.
    As ligações que ultimamente têm sido feitas à “colonização” por francos vindo da sul de França, parecem-me verosímeis. Com exceção de Arez (Arles que desconhecia e só em 2020 fiz a ligação quando vi, na exposição Meet Van Gogh, ainda em exposição em Belém, Lisboa, um quadro de Van Gogh pintado em Arles. Pode ser visitada a exposição ), já tinha concluído, para mim e sem qualquer suporte em documentos históricos, a ligação entre Nice-Nisa, Toulouse-Tolosa e Montalvão-Montaubant, pois na minha segunda viagem a França e Suiça, +/- 1980, estive em Toulouse, Montaubant, Lyon, Genève, para além de outras no sul, como Nice, Sète, Nimes e Carcassone.
    Julgo que teriam sido os Cavaleiros da Ordem do Hospital e não os Templários (Ordem de Cristo, com D. Dinis). A Ordem dos Hospitários foi incorporada na Ordem de Malta, julgo que por intervenção do Imperador Carlos V, de Espanha. Tolosa, incorporada no concelho de Nisa no final do século XIX, foram “Caseiros da Ordem da Malta”.

    Responder
  5. Sergi Turiella says:
    1 ano ago

    Naquel tempo, nos seculos XIII-XV nao partilhavam o reino de Francia os estados da Provença, ou Lenguadoc, etc… Deica o seculo XVII eram independentes. Todos eles aínda falavam Catalano-occitam, é dizer, nao falavam francés. Por isso escreveram Nissa com duas ss, polo provençal.

    Responder

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