Nem sempre a data de validade significa que o alimento deixou de ser seguro. Em muitos casos, os produtos continuam próprios para consumo, desde que tenham sido bem conservados. Saber distinguir os diferentes prazos ajuda a evitar desperdício e a poupar dinheiro.
Duas datas, dois significados diferentes
Em Portugal, a legislação distingue dois tipos de indicação nos rótulos: a data de durabilidade mínima e a data-limite de consumo.
A primeira surge com a expressão “consumir de preferência antes de…” e aplica-se a produtos mais estáveis, como massas, arroz, bolachas ou enlatados.
Esta data indica até quando o alimento mantém a melhor qualidade, mas não quer dizer que esteja estragado depois disso. Pode perder um pouco de sabor, textura ou aroma, mas continua seguro se tiver sido armazenado corretamente.
Já a data-limite de consumo, identificada por “consumir até…”, é usada em alimentos mais perecíveis, como carne, peixe, ovos ou refeições prontas. Nestes casos, o prazo deve ser respeitado sem exceção, pois ultrapassá-lo pode representar risco para a saúde.
Exemplos práticos
- Massas, arroz, bolachas e conservas fechadas: podem ser consumidos após a data de durabilidade mínima, se tiverem bom aspeto e cheiro.
- Iogurtes e lacticínios: normalmente aguentam um ou dois dias após o prazo, desde que tenham sido bem refrigerados.
- Carnes, peixes e pratos prontos: nunca devem ser ingeridos depois da data-limite de consumo.
- Conservas abertas: devem ser guardadas no frigorífico e consumidas rapidamente.
Como evitar o desperdício alimentar
A Deco Proteste recomenda planear as compras e congelar os alimentos frescos que não serão usados a tempo, como carne, pão ou legumes.
Também é importante manter uma boa rotação de produtos na despensa: colocar os alimentos mais antigos à frente e os mais recentes atrás.
Além disso, confiar nos sentidos continua a ser essencial. Um cheiro, cor ou textura fora do normal são sinais claros de que o alimento deve ser descartado.
Em resumo
A data impressa nas embalagens é um guia de qualidade e segurança, mas saber interpretá-la é o que realmente faz a diferença.
Assim, é possível garantir refeições seguras, reduzir o desperdício e aproveitar melhor o que se tem em casa.







