Se é daqueles que pensa que em Portugal só se fala português, está enganado. O Mirandês, falado sobretudo nos meios rurais de Miranda do Douro, também tem estatuto de língua oficial. Mas se mesmo assim pensa que só existem estas duas línguas, continua enganado! Existe na paisagem linguística de Portugal continental três línguas/dialectos que não pertencem ao sistema histórico Galaico Português. São estas línguas: o Mirandês, com um dialecto: o Sendinês, o Guadramilês e o Rio-Donorês.

Estes «falares» situam-se na zona Nordeste de Portugal junto à fronteira com Espanha, justo onde antes se situava o antigo reino de Leão.
Qual a identidade do que se fala do outro lado da raia, isto é na zona espanhola que faz fronteira com estes enclaves é, ainda, motivo de debate por parte dos próprios falantes e dos linguistas que não se decidem se o que falam é Leonês ou uma variedade de Galego.

Além disso, há ainda que referir o Mindérico. O Minderico ou Piação dos Charales do Ninhou (língua dos habitantes de Minde), é a variante linguística falada em Minde desde o século XVIII. Inicialmente esta variante funcionava como código conhecido apenas pelos fabricantes e comerciantes das mantas de Minde.
Como era utilizada apenas por um grupo restrito, era até então um sociolecto. Está ameaçado de extinção e tem duas variantes regionais: a de Minde e a de Mira de Aire (este último por vezes designado calão mirense).

Ou seja, para além do Português e do Mirandês, existem ainda um dialecto do Mirandês (Sendinês) e mais 2 línguas: o Guadramilês e o Rio-Donorês. Existe ainda uma variante linguística: o Mindérico.
E, também, oficial, a Língua Gestual Portuguesa.