O Liechtenstein, um dos países mais pequenos da Europa e simultaneamente um dos mais prósperos, está a reforçar o recrutamento internacional através da rede EURES.
O portal europeu de emprego reúne atualmente mais de meia centena de vagas no país alpino abertas a cidadãos portugueses que cumpram os requisitos exigidos.
Apesar da dimensão reduzida, o Liechtenstein apresenta um dos mais elevados PIB per capita do mundo. A economia beneficia de um modelo fiscal estável e competitivo, no qual se destacam uma taxa de imposto sobre o rendimento em torno dos 12,5% e um IVA geral de 8,1%.
Salários acima da média europeia
Os valores praticados no mercado laboral local ajudam a explicar o interesse crescente em trabalhar no país. O salário médio ronda os 6.800 francos suíços mensais (cerca de 7.150 euros), mas existe uma grande amplitude entre setores e qualificações.
As funções de direção — como diretor geral, diretor de tecnologias de informação ou gestor de call center — podem ultrapassar os 14.000 ou 16.000 francos por mês.
Em contrapartida, áreas como a ação social, o apoio a creches ou a costura apresentam remunerações significativamente mais modestas, entre 2.200 e 2.600 francos suíços.
Vagas disponíveis e requisitos frequentes
As oportunidades divulgadas pelo EURES abrangem setores distintos, desde serviços domésticos a logística e indústria. Entre os anúncios mais recentes encontram-se:
- casal para funções domésticas, com contrato permanente, benefícios sociais e alojamento incluído;
- empregada doméstica a tempo inteiro, com condições acima da média;
- operador de máquina e forno industrial, em regime temporário;
- trabalhador de montagem, também com contrato temporário;
- equipas para logística, com remuneração ajustada à experiência;
- barbeiro para integrar uma barbearia premium, com contrato estável.
O conhecimento de alemão, embora não seja obrigatório, é determinante para aceder à maioria das funções e facilita a integração no país.
Autorizações de residência: o que é necessário
Apesar de não pertencer à União Europeia, o Liechtenstein integra o Espaço Económico Europeu. Ainda assim, não existe liberdade de circulação de trabalhadores, pelo que qualquer profissional precisa de uma autorização de residência para exercer atividade no território.
Existem vários tipos de permissão:
- L (curta duração): válida até 12 meses, renovável apenas em situações justificadas;
- B (residência): para estadias superiores a um ano, renovada a cada cinco anos;
- residência permanente: possível após cinco anos de permanência contínua;
- C (estabelecimento): atribuída depois de 10 anos de residência;
- permissão de fronteira: para quem reside num país vizinho mas trabalha no principado.
Vantagens de trabalhar no principado
Além dos salários elevados e da carga fiscal reduzida, o país destaca-se pela estabilidade económica, pelas infraestruturas eficientes e pelos serviços públicos de qualidade.
O sistema de saúde e o ensino figuram entre os mais bem avaliados da Europa, fatores frequentemente apontados por quem escolhe viver e trabalhar no principado.
Com oportunidades em vários setores e condições competitivas, o Liechtenstein continua a atrair profissionais estrangeiros — e os portugueses não são exceção.







