O bolor é um incómodo recorrente em muitas habitações portuguesas, sobretudo nas épocas frias e húmidas. Para além de afetar o aspeto das paredes, deteriora tintas, rebocos, móveis e até peças de vestuário.
O problema tende a instalar-se em divisões pouco ventiladas, onde a humidade se acumula com facilidade — casas de banho, cozinhas, marquises e armários fechados são os locais mais comuns.
Trata-se de um conjunto de fungos que se desenvolve rapidamente, formando manchas escuras ou acastanhadas que se expandem se não forem tratadas.
A boa notícia é que existem formas eficazes de prevenir e remover estas manchas, mantendo as divisões em melhores condições.
Como prevenir o aparecimento de bolor
A prevenção passa por criar condições que dificultem o desenvolvimento dos fungos. Pequenos hábitos diários podem reduzir, de forma significativa, a probabilidade de surgirem manchas.
Algumas medidas práticas incluem:
- Arejar regularmente as divisões, sobretudo casas de banho e cozinhas.
- Evitar o acumular de vapor após banho ou confeção de refeições.
- Utilizar desumidificadores em espaços naturalmente húmidos.
- Secar toalhas e tapetes de banho em locais ventilados.
- Manter cortinas de duche secas e abertas para facilitar a circulação de ar.
- Optar por revestimentos e tintas adequadas a zonas húmidas, preferencialmente com propriedades antifúngicas.
Ao adotar estes cuidados, reduz-se a probabilidade de condensação e, consequentemente, de formação de bolor.
Como remover bolor das paredes
Quando as manchas já estão instaladas, o processo de limpeza deve ser feito com calma e com o equipamento adequado.
Luvas, máscara e óculos de proteção ajudam a evitar o contacto direto com resíduos e partículas libertadas durante a limpeza. É igualmente essencial manter as janelas abertas para garantir ventilação adequada.
Entre as soluções mais eficientes encontram-se:
- Mistura de água com bicarbonato de sódio: adequada para manchas ligeiras e superfícies pintadas.
- Vinagre branco: eficaz em superfícies duras e sem acabamento sensível.
- Sumo de limão: útil para azulejos e juntas, sobretudo em casas de banho.
- Lixívia diluída: opção mais forte para manchas persistentes, devendo ser usada com cuidado e com o chão protegido.
Durante o processo, recomenda-se a limpeza regular da escova ou pano para evitar espalhar os esporos. No final, convém passar um pano húmido para remover resíduos e deixar secar bem a superfície.
Reduzir o risco futuro
Depois de eliminadas as manchas, vale a pena reforçar as medidas de prevenção.
Garantir boa ventilação, controlar a humidade e observar com regularidade os cantos mais sensíveis da casa permite detetar sinais precoces e agir mais depressa.







