A idade legal da reforma vai voltar a aumentar em 2026 e os cortes aplicados a quem decide sair mais cedo também serão maiores.
As novas contas resultam da atualização da esperança média de vida divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), indicador que determina tanto a idade oficial de acesso à pensão como as penalizações para reformas antecipadas.
Aumento da esperança de vida altera idade legal
Segundo os dados recentes do INE, a esperança média de vida aos 65 anos passou para 20,02 anos. Este crescimento, ainda que moderado, é suficiente para ajustar a idade legal da reforma, que em 2026 sobe para 66 anos e nove meses — o valor mais elevado registado até agora.
A legislação define que qualquer aumento da esperança de vida implica uma atualização automática da idade de acesso à pensão. Esta fórmula tem sido aplicada anualmente, acompanhando as mudanças demográficas do país.
Reformas antecipadas enfrentam cortes maiores
A evolução da esperança de vida tem outro efeito direto: agrava o fator de sustentabilidade aplicado às reformas antecipadas.
Em 2025, esse corte será de 16,9%, refletindo o impacto das novas contas demográficas.
A este valor soma-se a penalização de 0,5% por cada mês de antecipação. A acumulação dos dois mecanismos pode reduzir de forma significativa o valor final da pensão para quem optar por sair antes da idade legal.
Exceções para carreiras longas
Existem, contudo, exceções. Quem possui mais de 40 anos de descontos pode beneficiar da chamada “idade pessoal da reforma”. A regra permite antecipar a saída quatro meses por cada ano de contribuições além desse limiar, sem aplicação do fator de sustentabilidade.
Assim, uma carreira contributiva de 44 anos possibilita uma antecipação de até 16 meses sem este corte adicional.
Algumas profissões consideradas de desgaste rápido continuam a ter regimes próprios, que ajustam a idade e as condições de acesso à pensão.
Desafios para o futuro do sistema
O aumento da esperança de vida é um sinal positivo em termos sociais, mas coloca pressão acrescida no sistema público de pensões.
Com uma população cada vez mais envelhecida e uma natalidade persistentemente baixa, as regras de acesso à reforma deverão continuar a ser ajustadas nos próximos anos.
O Governo mantém, para já, a aplicação da fórmula legal existente, acompanhando de perto a evolução demográfica que condiciona o equilíbrio financeiro do sistema.








Narrativas para embalar a malta. Isto tem de ser alterado.
A luta é o caminho.
Por este andar, quando cair pró lado morto estou reformado!
Estou saturado dos abusos dos políticos que nos governam… Para quem verdadeiramente trabalha, a idade tão avançada para conseguir a reforma e algum descanso, é abusivo.