Garantir uma reforma financeiramente tranquila continua a ser um desafio para a maioria dos portugueses. As pensões do Estado, segundo a DECO PROTeste, permanecem insuficientes para cobrir todas as despesas essenciais.
Os números confirmam a dificuldade: de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), cerca de 70% dos pensionistas recebem menos de mil euros por mês, enquanto quase 40% dos trabalhadores optam por reformas antecipadas, o que implica cortes consideráveis na pensão.
A esperança de vida aos 65 anos é hoje de 20 anos, o que significa duas décadas de despesas depois do fim da vida ativa. A Comissão Europeia antecipa, inclusive, que os rendimentos das pensões possam cair até 60% nas próximas décadas.
Perante este cenário, planear e poupar com antecedência é essencial. A DECO PROTeste recomenda começar o quanto antes e criar um complemento à pensão pública, através de poupança e investimento estruturado.
Dos 30 aos 40 anos: o tempo é o maior aliado
Nesta fase, o fator tempo joga a favor do investidor. A poupança de longo prazo beneficia do efeito de capitalização, em que os juros geram novos juros, fazendo o valor crescer exponencialmente.
O primeiro passo é definir um orçamento e estabelecer uma quantia mensal de poupança. Pequenas mudanças podem ter impacto significativo: preparar refeições em casa, por exemplo, pode representar uma poupança superior a 200 euros mensais.
Investidos a uma taxa média anual de 5%, esses valores podem transformar-se em mais de 300 mil euros ao longo de 37 anos.
Antes de investir, é crucial eliminar dívidas de curto prazo, sobretudo de cartões de crédito. A taxa de esforço não deve ultrapassar 35% do rendimento do agregado familiar.
Com as finanças equilibradas, o ideal é constituir um fundo de emergência e depois aplicar em PPR com maior componente de ações ou em ETF de ações globais, opções que diversificam o risco e potenciam o crescimento a longo prazo.
Dos 40 aos 50 anos: diversificar é a palavra de ordem
A década seguinte deve ser dedicada à consolidação. A recomendação da DECO PROTeste é rever o orçamento e aumentar gradualmente a taxa de poupança, aproveitando os anos de maior estabilidade profissional.
A diversificação torna-se crucial: distribuir o investimento entre depósitos a prazo, certificados de aforro, fundos imobiliários, ações e ETF reduz o risco global.
Os fundos com capitalização de rendimentos merecem destaque, pois os ganhos são reinvestidos automaticamente, reforçando o efeito dos juros compostos.
Dos 50 aos 60 anos: proteger o património
Com a aproximação da reforma, a estratégia deve mudar. O foco passa da acumulação para a preservação do património. É aconselhável reduzir gradualmente o risco, transferindo PPR de ações para seguros com capital garantido, como o Lusitania Poupança Reforma PPR, que oferece vantagens fiscais e prémios de fidelização.
Outra opção é criar fontes de rendimento passivo — investir em fundos com dividendos, obrigações com juros fixos ou imóveis arrendados. Estes mecanismos garantem um fluxo regular de rendimentos, funcionando como complemento à pensão.
A partir dos 60 anos, já é possível resgatar o PPR, mas a DECO PROTeste recomenda fazê-lo de forma faseada, para continuar a beneficiar dos rendimentos e dos incentivos fiscais.
O segredo está na disciplina
Planeamento financeiro e disciplina são as bases de uma reforma tranquila. Quanto mais cedo começar, menor será o esforço necessário e maior a segurança para enfrentar o futuro — sobretudo num sistema de pensões que, tudo indica, exigirá cada vez mais autonomia financeira por parte dos cidadãos.







