Na estrada, há sinais de trânsito tão parecidos que até os condutores mais experientes podem hesitar. É o caso dos sinais D7e e D7f, ambos azuis, circulares e com símbolos de peões e bicicletas.
A semelhança visual esconde, porém, significados distintos que convém dominar — até porque o incumprimento pode traduzir-se em coimas e, sobretudo, em riscos para a segurança rodoviária.
Sinais semelhantes, regras diferentes
Estes dois sinais integram a categoria de sinalização de obrigação, conforme previsto no artigo 26.º do Código da Estrada. A sua função é clara: indicar comportamentos obrigatórios para quem circula na via.
Contudo, as diferenças entre o D7e e o D7f residem na forma como organizam a circulação de peões e ciclistas.
O D7e indica uma pista partilhada, onde peões e velocípedes circulam no mesmo espaço. Já o D7f assinala uma pista segregada, com faixas distintas para cada tipo de utilizador.
Como distinguir um do outro
Apesar de ambos serem sinais circulares de fundo azul, o detalhe está na disposição dos símbolos:
- No D7e, a figura do peão e da bicicleta aparecem lado a lado, sinalizando a partilha do espaço.
- No D7f, os mesmos símbolos surgem separados por uma linha vertical, indicando que o espaço é dividido e deve ser respeitado por cada utilizador.
Esta distinção visual é essencial para garantir uma utilização segura da via. Quem circula fora do espaço que lhe está destinado pode estar a infringir a lei.
Multas e riscos associados
O artigo 145.º do Código da Estrada classifica como infração grave a inobservância dos sinais reguladores do trânsito. No caso do sinal D7f, um ciclista a circular na faixa de peões (ou vice-versa) está a cometer uma contraordenação passível de coima.
Já no caso do D7e, embora não exista a mesma penalização direta, o desrespeito pelas regras de convivência pode resultar em conflitos, quedas e outros acidentes. A sinalização existe para organizar o espaço, mas a responsabilidade de o partilhar cabe a todos os utilizadores.
Confusões frequentes nos exames e na prática
De acordo com dados do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e de várias escolas de condução, a confusão entre estes dois sinais é um erro recorrente nos exames de condução.
A semelhança entre os ícones leva a interpretações erradas, como ciclistas a invadir zonas pedonais ou peões a caminhar em faixas exclusivas para velocípedes.
Uma regra simples para evitar erros
Uma forma prática de evitar confusões é esta: se as figuras estão juntas, partilham o espaço; se estão separadas, cada um deve manter-se na sua faixa.
Este princípio ajuda a memorizar as diferenças e a circular com mais segurança.







