O Rio Frio ou Rio do Carregal nasce nas proximidades da actual Rua da Torrinha, passa pelo Carregal, por baixo do Hospital de Santo António, abastece o Chafariz das Virtudes, a Fonte da Colher, corria ao longo do areal da praia de Miragaia e desagua no Rio Douro por baixo da Alfândega Nova. Hoje está totalmente encanado. O topónimo Carregal deriva da existência de Carregas, plantas próprias de terrenos pantanosos.

Toda esta encosta, por onde corre o Rio Frio, era nos fins do séc. XIV ainda um terreno ermo e baldio, onde os judeus enterravam os seus mortos.
A Alameda das Virtudes foi plantada por ordem do grande corregedor Francisco de Almada e Mendonça, entre as ruas dos Fogueteiros, do Calvário de Belomonte e Cordoaria Velha, no lugar onde antes existiu o Postigo e Torre das Virtudes, na Muralha Fernandina.
Fica-lhe junta a Fonte de nossa Senhora das Virtudes, mencionada em documento de 1580, e que se chamou também Fonte do Rio Frio.

No ano de 1619 mandou a Câmara Municipal erguer uma fonte – a fonte do Rio Frio, que mais tarde veio a chama-se Fonte das Virtudes – para o ádito da qual, mandou igualmente abrir uma rua que, por se apresentar sobremaneira declivosa, ficou a denominar-se Calçada… das Virtudes.

Foi a fonte mais aparatosa e mais imponente que teve o Porto. O seu frontispício elegantíssimo e de linda arquitectura, termina num meio círculo interrompido pelas armas reais, e entre esta pedra armorial e uma inscrição, tem dois castelos em alto-relevo, divididos por uma edícula, onde esteve a imagem da Virgem – pelo povo conhecida por Senhora das Virtudes – que representava, com os ditos castelos, as armas da cidade.
Muito interessante.