Embora esteja cada vez mais em desuso, muitos estrangeiros continuam a chamar Oporto à cidade do Porto. Nos últimos anos, fruto de um reconhecimento internacional cada vez maior, talvez devido ao turismo e à boa promoção internacional da cidade, é cada vez mais frequente vermos os estrangeiros a optar pela forma “Porto”, a forma original de designar a principal cidade do norte de Portugal.
No entanto, o hábito mantém-se sobretudo entre os espanhóis e os ingleses. Não há nada de errado nisso. Afinal de contas, nós também chamamos Londres a London, por exemplo. Mas a origem do hábito de dizer “Oporto” é, no mínimo curiosa.

Existem algumas definições para que sejam utilizadas as duas formas de se chamarem a cidade, uma sendo que a origem da palavra inglesa “Oporto” reside à expressão portuguesa “o Porto”.
O artigo definido “o” precede quase sempre o nome desta região do Norte de Portugal, por exemplo, “a família mudou-se para o Porto” ou “as pessoas do Porto são muito acolhedoras”, daí que pareça, ou tenha parecido, a ouvidos estrangeiros, como uma só palavra.
Outra forma que chama a atenção é a de que em espanhol ela é chamada “vino de Oporto”, tendo-se julgado que “O Porto” fosse uma palavra só.

Lembrando que o vinho do porto tem a sua origem na magnífica região do Douro e a cidade teve inicialmente o nome de Portus Cale – Portucale, nome de onde deriva o nome «Portugal».
Entre o século XIII e o século XV as actividades comerciais e marítimas conheceram na cidade grande desenvolvimento. Ligações importantes foram estabelecidas com importantes portos europeus como Barcelona, Valência, La Rochelle, Rouen, London,Ypres, Antuérpia, etc.
Nessa época os estaleiros de Porto e Vila Nova de Gaia eram os mais importantes do país. Tal movimento de estrangeiros na cidade do Porto terá contribuído fortemente para a generalização da forma “Oporto”.