Um nome tipicamente pertencente à onomástica da língua portuguesa é composto por um ou dois prenomes (nome de baptismo) e dois apelidos de família (sobrenomes). O último sobrenome é o paterno; e o primeiro é o materno. Note que esta ordem é inversa ao dos sobrenomes dos países de língua espanhola.
Por questão de costume, geralmente apenas o último sobrenome é utilizado em cumprimentos formais ou na indexação de artigos científicos, mas numa lista de nomes, o primeiro nome próprio, e não o sobrenome, é usado para a classificação em ordem alfabética.
Mulheres casadas podem acrescentar o sobrenome do marido no fim do seu próprio nome, ou até mesmo substituir o seu sobrenome pelo do marido, mas tal praxe não é obrigatória. O mesmo pode acontecer com os homens, embora isso seja extremamente raro.
É comum haver pessoas com até quatro apelidos (dois de cada progenitor). Em número de habitantes, em Portugal dominam os “Silva” que correspondem a 9.44% da população, seguidos pelos “Santos” (5.96%), pelos “Ferreira” (5.25%), pelos “Pereira” (4,88%) e pelos “Oliveira” (3,71%).
Isto significa que, juntos, os 5 apelidos referidos correspondem a quase 30% da população, ou seja, 3 milhões de portugueses.
Origem do apelido Silva
A sua origem é claramente toponímica, sendo derivada directamente da palavra latina silva que significa selva, floresta ou bosque, e tem a sua origem na Torre da Silva, que fica a meio caminho das freguesias de São Julião e Silva, junto ao concelho de Valença, em Portugal. De facto em Portugal, na Galiza, em Leão e nas Astúrias, existem diversas localidades cujos nomes compõem-se por “Silva”.
É possível, porém, verificar que a popularidade deste apelido remonta ao século XVII em Portugal. Já no Brasil, o primeiro Silva a chegar foi o alfaiate Pedro da Silva, em 1612.
A primeira linhagem que adoptou o nome Silva como apelido tem uma origem muito antiga e provém do príncipe dos Godos, D. Alderedo, cujo filho, D. Guterre Alderete de Silva, casou-se com uma descendente da nobreza da Casa Real de Aragão e é anterior à fundação da nacionalidade portuguesa, no final do século X.
Gostava de guardar estas v/ páginas mas não consigo. Alguma ajuda era bem-vinda.
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Desculpem-me senhores, mas estão falando de sobrenomes, não de apelidos.
Caro Cesar,
O que vocês designam por sobrenome no Brasil é designado por apelido em Portugal. O que vocês chamam de apelido no Brasil nós chamamos alcunha em Portugal. Nunca é tarde para aprender. Um abraço
Desculpe Cesar, mas você está equivocado. O uso do termo “apelido” está correto não somente em Portugal mas também aqui no Brasil para designar o que informalmente chamamos de sobrenome.
Nem João nem César Nem Geraldo estão equivocados. Ambos os termos “sobrenome” e apelido existem e são sinónimos na língua portuguesa,o que significa que existem em todos os países ou territórios onde se fala português, ou até mesmo para todos os falantes da nossa língua, independentemente do lugar onde se encontrem. O que referem é práticas distintas no uso da língua, em Portugal preferimos o uso do termo “apelido” embora saibamos que “sobrenome” é sinónimo. Julgo que no Brasil preferem o uso do termo “sobrenome” reservando o termo “apelido” para o que aqui designamos por “alcunha” ou “apodo”, este último de uso mais restrito a algumas regiões. Porém, também em Portugal “apelido” pode ser usado coma significação de “alcunha” ou “apodo”, dependendo do contexto frásico.
Claudia Valente, isso é muito fácil de dizer. Dá-se o caso que eu vivo na África do Sul, e quando me foi dada a residência neste país, as autoridades Sul Africana automaticamente adicionaram o apelido do meu marido a toda a minha documentação. Isto foi bem complicado para mim, mas aqui as coisas são feitas desta maneira. O Consulado de Portugal ainda me emitiu um passaporte com o apelido do meu marido, o problema foi quando tive de renovar o mesmo passaporte. Foi-me dito que do meu processo não constava nenhuma autorizao para eu usar tal apelido, e por conseguinte não o poderia usar, a não ser que eu fizesse aplicação para tal. Foi o que fiz, para não ter documentação com nomes diferentes. Preenchi alguns formulários no nosso Consulado e o que é certo é que acabaram por perder o meu processo. Voltei lá passado algum tempo para saber como ía a minha aplicação, e tive que aplicar novamente. Entretanto o meu marido faleceu, e eu nunca mais me interessei pelo assunto. Para minha surpresa passados dez anos da minha primeira aplicação, recebo uma carta do Consulado dizendo que já estava autorizada a usar o apelido do meu marido! Saiba que em Portugal é assim a lei. Se quizer usar o apelido do seu marido terá de pedir autorização para tal. Aqui, em geral, impressos que preenchemos para qualquer assunto legal perguntam sempre pelo apelido de solteira e de casada. Tem razão, eu já tinha um apelido, mas nós não fazemos as leis. Por muitos anos, depois de casada, só usei o meu apelido de solteira, até que as coisas mudaram e se complicaram, e por essa altura o meu marido já tinha falecido, mas depois já nada havia a fazer. Espero que esta minha explicação esclareça a sua pergunta um pouco ignorante e sarcástica.
Miguel Vassalo, pois eu acho esse ser um comentário bem ignorante.