A 1 de fevereiro de 1908, quando regressavam a Lisboa vindos de Vila Viçosa, no Alentejo, onde haviam passado a temporada de caça, o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro Luís Filipe foram assassinados em plena Praça do Comércio. O atentado ficou a dever-se ao progressivo desgaste do sistema político português, vigente desde a Regeneração, em grande parte devido à erosão política originada pela alternância de dois partidos no poder: o Progressista e o Regenerador.
O rei, como árbitro do sistema político, papel que lhe era atribuído pela Constituição, havia designado João Franco para o lugar de presidente do Conselho de Ministros (chefe do governo).
Após o atentado, o governo de João Franco foi demitido e foi lançado um rigoroso inquérito que, ao longo dos dois anos seguintes, veio a apurar que o atentado fora cometido por membros da Carbonária.
A Carbonária foi uma sociedade secreta e revolucionária que actuou na Itália, França, Portugal e Espanha nos séculos XIX e XX. Fundada na Itália por volta de 1810, a sua ideologia assentava-se em valores patrióticos e liberais, além de se distinguir por um marcado anticlericalismo.
Em Portugal, a “Carbonária Portuguesa” foi estabelecida por volta de 1822. Nas suas primeiras décadas, teve um âmbito restrito e, sobretudo, localizado: surgiram várias associações independentes, sem ligação orgânica entre si e com pouca capacidade de intervenção social. De uma maneira geral, estas associações não duraram muito tempo nem tiveram realce histórico.
Foi sugerido que o esparguete à carbonara foi por eles inventado. A origem do esparguete a carbonara é um pouco controversa: alguns atribuem a região da Umbria, onde existia um grupo de revolucionários que faziam parte de uma sociedade secreta “Carbonari” e que no século XIX,teriam apresentado este prato para os romanos.