Existem centenas ou milhares de apelidos diferentes em Portugal. Alguns deles, menos comuns, têm origem em apenas uma família. Outros, pelo contrário, são tão comuns que dificilmente serão descendentes de apenas uma família. Esses, os mais comuns, possuem uma semelhança evidente entre eles: terminam em “es”?
Então, qual é a origem das famílias cujo apelido é, por exemplo, Nunes, Álvares, Gomes, Fernandes? Na realidade, as origens são várias. Na antiguidade os nomes eram atribuídos de forma diferente do que actualmente é feito.
Se um pai chamado Fernando tivesse um filho chamado Nuno, esse filho chamar-se-ia Nuno Fernandes, que significava “Nuno, filho de Fernando”.
Da mesma forma, se um pai chamado Gonçalo tivesse um filho chamado Pedro, esse filho chamar-se-ia Pedro Conçalves, ou seja, “Pedro, filho de Gonçalo”.
Com o tempo e com as novas regras de atribuição dos nomes às crianças, esses apelidos (Nunes, Gonçalves, Fernandes, Gomes, Peres…) acabaram por se tornar definitivos.
Isso significa que se 2 famílias tiverem o mesmo apelido (por exemplo Nunes) elas não descendem do mesmo ancestral, mas sim de 2 diferentes, ambos chamados Nuno.
Já sabia que na chamada baixa Idade Média era assim como fala na matéria. Mas o que eu queria mesmo saber era o porquê e a origem de colocarem o “es” ao filho de Henrique ou Fernando por exemplo.