Fecham-se escolas, centros de saúde, tribunais… Esquece-se com uma facilidade extrema aqueles que teimam em manter vivas as tradições mais genuínas do nosso país. São eles que continuam a manter este país vivo, no interior profundo, onde mais ninguém parece querer viver e todos parecem querer fugir.

Os filhos partem para ganhar a vida no estrangeiro, os netos estudam com a certeza que o futuro não é garantido. Nas aldeias, nas vilas, lugares mais remotos, há um povo que foi abandonado, mas que teima em resistir, teima em continuar a sua luta, que nada mais é do que a luta pela sobrevivência.
Nas aldeias onde não chega o progresso, onde a internet é uma miragem e onde muitas vezes nem sequer existe rede de telemóvel, eles mostram a sua fibra e continuam a fazer a sua vida, tal como os seus antepassados faziam.
Quase sempre esquecidos e abandonados pelo poder central, longe das notícias dos jornais, são eles que trabalham o campo, que cultivam o que comemos, que produzem o nosso alimento.
Fazem-no, muitas vezes, para poder ter um rendimento extra para sobreviverem. Outras vezes, fazem-no apenas e tão só por amor à sua terra, à nossa terra.

É urgente olhar para os nossos idosos. É urgente dar-lhes o valor e a atenção que merecem. É urgente que a memória deles não se perca e que os seus ensinamentos, a sua enorme sabedoria se perpetue no tempo e nos ajude a encontrar o nosso caminho, a voltar a ser quem fomos.
Cada idoso é um reportório de histórias, de sabedoria ancestral que foi passada de geração em geração. Cada idoso contém em si a alma de um povo e, muitas vezes, são eles os únicos que ainda nos podem recordar o povo que um dia fomos.
Para todos eles, os velhos destes país, a nossa mais sincera homenagem.
Poucas palavras, muito conteúdo. Excelente apontamento!
Apoiado!
Gosto do que escreve e é uma verdadeira realidade.
Faço parte de um Movimento denominado de (Exemplo – Movimento do Equilíbrio Fraterno, Livre, Independente, Plural e Democrático) e queremos registá-lo no Tribunal Constitucional, para podermos vir a ter acento parlamentar, para defendermos e promovermos ideais como os que aqui defende. Contamos consigo.
Os meus melhores cumprimentos.
Excelente e muito verdadeiro. O Estado não quer saber dos idosos. Obrigado pevo Vosso artigo.
Numa época de redes sociais cheias de nada, perdemos todas as histórias que os idosos teem para nos contar !!
Isso sim, um verdadeiro tesouro que se perde.
Adorei, uma realidade que a maioria tenta esconder…
Magnífico e verdadeiro, sou transmontano e a minha infância saboreou tudo aquilo que foi dito neste texto, foi essa a educação e ensinamento de vida que tive, hoje agradeço por me terem preparado para esta longa caminhada de vida.