João VI de Portugal, cognominado O Clemente, foi rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves de 1816 a 1822, de facto, e desde 1822 até 1825, de jure. Desde 1825 foi rei de Portugal até sua morte, em 1826. Pelo Tratado do Rio de Janeiro de 1825, que reconhecia a independência do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, também foi o imperador titular do Brasil, embora tenha sido seu filho Pedro o imperador do Brasil de facto.

Não obstante as atribulações, deixou uma marca duradoura especialmente no Brasil, criando inúmeras instituições e serviços que sedimentaram a autonomia nacional, sendo considerado por muitos pesquisadores o verdadeiro mentor do moderno Estado brasileiro.
Apesar disso, é até hoje um dos personagens mais caricatos da história luso-brasileira, sendo acusado de indolência, falta de tino político e constante indecisão, sem falar em sua pessoa, retratada amiúde como grotesca, o que, segundo a historiografia mais recente, na maior parte dos casos é uma imagem injusta.

Uma das mais famosas relata que D. João VI tinha um apetite voraz por frango, de tal forma que comia 2 ou 3 ao almoço e ainda guardava algumas coxas nos bolsos que levava para os seus passeios, onde as comia com as mãos e com poucas noções de higiene.
Conta-se, em jeito de anedota, que o Rei só terá chorado 2 vezes na sua vida: quando morreu a sua mãe e quando morreu o seu cozinheiro.