O Reino de Badajoz, também conhecido como Emirado de Badajoz ou Taifa de Badajoz (em árabe: Ta’waif al-Batalyaws) foi uma taifa (reino muçulmano ibérico) centrado na cidade de Badajoz, no que é hoje a Estremadura espanhola. À semelhança das outras taifas da península, surgiu após a fragmentação do Califado de Córdova, no final do século X e início do século XI.
Ocupava grande parte do que é hoje Portugal, desde o rio Douro até praticamente todo o Alentejo, incluindo as cidades de Lisboa e Santarém, parte da zona ocidental de Castela quase até Leão.

O reino foi independente durante dois períodos, o primeiro entre 1009 ou 1013 e 1094, que terminou com a invasão dos Almorávidas, e o segundo entre 1144 e 1151, que terminou com a conquista pelos Almóadas. Os territórios do reino acabariam definitivamente na posse dos reinos cristãos de Portugal, Leão e Castela.
Antecedentes e primeira taifa
A cidade de Badajoz foi fundada em 875 pelo muladi rebelde Ibne Maruane, que estabeleceu um reino de facto com capital na cidade. Os territórios dependentes de Badajoz mantiveram alguma independência e tiveram conflitos permanentes com o poder central do califado em Córdova, que só terminaram com a conquista efectiva da cidade pelo califado no século X.

A primeira taifa foi criada em 1009 ou 1013, na sequência da derrocada do califado cordovês, pelo libertado Sabur, um ex-escravo eslavo do califa Aláqueme II. O reino dominava grande parte da antiga Lusitânia, incluindo Mérida e Lisboa.

Quando Sabur morreu, em 1022, foi sucedido no poder pelo seu vizir Abdallah ibn al-Aftas, apesar de ter dois filhos. Al-Aftas era um berbere andalusí (do al-Andalus, ou seja, da península Ibérica) que não respeitou a sucessão natural de Sabur.

Os filhos deste fugiram para Lisboa, fundando aí outra taifa, que foi depois reconquistada pela de Badajoz. Abdalá fundou a sua própria dinastia, dos Aftássidas, que teve quatro monarcas sucessores de ibn al-Aftas.
Muito interessante; e neste momento, é preciso voltar um pouco atrás na História de Portugal. Sobretudo como cá chegámos, e tudo o que está subjacente à nossa formação como uma Nação.
Há pouco tempo, escrevi no Mundo Português, e em outros Jornais “Zaartari, o deserto Vivo” o drama de 100.000 refugiados naquele deserto Jordano onde crianças lutam pela sobrevivência. Quando me lembro que em apenas 5 anos saíram do nosso país 600.000 pessoas, é uma ironia a discussão em torno do acolhimento de 4.500 a quota que a união destinou a Portugal. É que esta terra foi deles 811 anos, antes de nós a ocuparmos. Precisamos de refletir nisso.
Boa, com comentários desses o ISIS está aí amanhã.
temos de dar ao dono o que não é nosso?!