Na Idade Média, a mulher era vista frequentemente, sobretudo por causa da influência da Igreja Católica, como um ser capaz de recorrer a feitiçarias ou bruxarias para alcançar os seus fins. Por esse mesmo motivo, muitas foram queimadas na fogueira. No entanto, algumas das vezes houve mesmo motivos suficientes para considerar algumas mulheres como maquiavélicas. Assassinas em série, desprovidas de qualquer sentimento de amor ao próximo ou mulheres com fama de bruxas… descubra as 5 mulheres mais maquiavélicas da História de Portugal.
1. Luísa de Jesus
O primeiro serial killer português terá sido uma mulher – Luísa de Jesus. Nasceu em Coimbra no ano de 1750, tendo sido morta por enforcamento no dia 1 de Julho de 1772.

Terá sido a última mulher a ser executada em Portugal, tinha então 22 anos e depois de ter sido acusada e condenada por ter assassinado 33 bebés, que haviam sido abandonados pelos pais e que ela ia buscar a instituições de caridade, que à data se chamavam a ‘Roda dos Enjeitados’.
O móbil do crime era a vontade de se apoderar do enxoval dessas crianças e receber os 600 réis que eram dados pelo Estado a qualquer pessoa que fosse buscar uma criança para cuidar dela. Já naquele tempo, século XVIII, a esperteza humana levava a que Luísa de Jesus utilizasse na maioria das vezes em que ia buscar os bebés nomes falsos, por forma a não ser identificada.
Reza a história que confessou às autoridades 28 homicídios, apesar de lhe serem imputados 33 desses crimes. Numa busca à sua casa foram encontrados os restos mortais de 33 cadáveres, uns decepados, outros esquartejados. Antes de ser garrotada e queimada em execução pública foram-lhe cortadas as mãos, um facto inédito para as execuções de mulheres.
2. Mécia Lopes de Haro
Um nobre de nome Raimundo Viegas de Portocarreiro, segundo consta acompanhado por outros cavaleiros afectos ao conde de Bolonha, consegue entrar no paço real de Coimbra e arranca a rainha do leito onde se recolhiam D. Mécia e D. Sancho, levando-a para o paço real em Vila Nova de Ourém.

Tendo ido no alcance da esposa, D. Sancho ordenou que lhe abrissem as portas do castelo, conseguindo somente que lhe fossem arremessados vários projécteis. Achando-se pouco capaz para insistir na tentativa de recuperar D. Mécia, resigna-se. D. Sancho reuniu um pequeno exército para ir libertá-la. A vila foi cercada e o rei preparava-se para recuperar a mulher – quando ela se recusou a voltar para ele, assumindo a adesão ao partido de D. Afonso.
Achando-se pouco capaz para insistir na tentativa de recuperar D. Mécia, D.Sancho resigna-se. O escândalo foi tremendo. D. Mécia foi acusada de ter anuído ao rapto, em conluio com o cunhado D. Afonso. Pior: a recusa em voltar para o marido, associada ao facto de não haver filhos do casamento, deu origem ao rumor de que D. Sancho era impotente.
3. Leonor Teles

Com a morte de Fernando em 22 de Outubro de 1383, Leonor assumiu a regência do reino e o seu amante galego, João Fernandes Andeiro, passou a exercer uma influência decisiva na corte. Esta ligação e influência desagradavam manifestamente ao povo e à burguesia e a alguma nobreza, que odiavam a regente e temiam ser governados por um soberano castelhano.
D. João, Mestre de Avis, apoiado por um grupo de nobres, entre os quais Álvaro Pais e o jovem Nuno Álvares Pereira, foi incentivado pelo descontentamento geral a assassinar o conde Andeiro. A acção ocorreu no paço, a 6 de Dezembro de 1383, e iniciou o processo de obtenção da regência em nome do infante João.
4. Carlota Joaquina
Carlota Joaquina era a filha primogénita do rei Dom Carlos IV de Espanha e de sua esposa, D. Maria Luísa de Parma, rainha da Espanha. No dia em que iria a Portugal, Carlota Joaquina pediu à sua mãe para que fizessem uma pintura sua com seu vestido vermelho para colocar na parede, no lugar do quadro da infanta D. Margarida (à qual Carlota dizia superar em beleza).

Em criança, Carlota Joaquina «já nascera vilã», e o conde de Louriçal, encarregado de negociar o contrato de casamento com o ainda príncipe D. João, «antipatizou logo com ela», afirmando que era «irrequieta e traiçoeira».
Da mulher de D. João VI dá conta que era apelidada de «megera de Queluz», aludindo ao palácio onde viveu até poder casar de facto com o príncipe, e refere que teve uma «extensa lista» de amantes, do marquês de Marialva ao cocheiro da quinta do Ramalhão. «Só os filhos nascidos até 1801 terão sido» de D. João VI e de Carlota».
5. Maria Francisca Isabel de Sabóia
Entre 9 de Janeiro e 23 de Fevereiro de 1668, nas tardes de segundas, quartas e sábados, 55 testemunhas foram chamadas ao paço do arcebispo de Lisboa para depor, em audiências públicas, sobre a incapacidade sexual do Rei D. Afonso VI. Em causa estava o pedido de anulação do casamento feito pela rainha, a francesa D. Maria Francisca de Sabóia, que, apenas dois dias depois de ter conhecido o noivo, desabafou com o jesuíta Francisco de Vila: “Meu padre, parece-me que não terá Portugal sucessores deste Rei.”

Não apareceu ninguém nas audiências para defender D. Afonso, que foi deposto por decisão do Conselho de Estado e viveu o resto dos seus 14 anos de vida aprisionado. D. Maria Francisca de Sabóia conseguiu anular o matrimónio e logo a seguir casou com o cunhado, D. Pedro II, que foi coroado Rei depois de ter estado ligado a todos os conluios que levaram ao afastamento do irmão. Nove meses mais tarde, em Janeiro de 1669, nascia finalmente uma princesa, a Infanta Isabel.
De fato o maior crime pelo visto foi de Luisa de Jesus…
Os outros.. para época realmente.. e um verdadeiro escandalo.. e absurdo..
Mas a humanidade esta tao acostumada com traiçoes deste tipo que virou rotina, modinha em nossos dias… ..Infelizmente.. para epoca realmente elas sao algo espantoso.