Sabe qual foi o primeiro hino de Portugal? O Hino Patriótico, ou na sua grafia original Hymno Patriótico (forma completa Hymno Patriótico da Nação Portugueza), pode ser considerado o primeiro hino de Portugal. Composto em 1808 por Marcos Portugal e dedicado ao Príncipe Regente D. João VI foi inspirado no final da Cantata La Speranza o sia l`Augurio Felice do mesmo autor.
A data da sua oficialização enquanto hino nacional é incerta, sendo apontado o primeiro quartel do século XIX. Foi posteriormente substituído na sua função pelo Hino da Carta composto pelo Rei D. Pedro IV (que foi também Imperador D. Pedro I do Brasil).
A letra sofreu várias mutações, sendo originalmente destinada ao Príncipe Regente começava com a frase “Oh Príncipe Excelso…”. A primeira estrofe do hino já após a subida de D. João VI ao trono é a seguinte:
Eis, oh Rei Excelso
Os votos sagrados
Q’os Lusos honrados
Vêm livres, vêm livres fazer
Vêm livres fazer
Por vós, pela Pátria
O sangue daremos
Por glória só temos
Vencer ou morrer
Vencer ou morrer
Ou morrer
Ou morrer
História do actual Hino de Portugal
O Hino Nacional, também conhecido pela “Portuguesa”, foi composto em 1890 como uma canção de protesto na sequência do ultimato inglês. Adoptada pelos republicanos, veio a transformar-se no hino em 1911. A letra de ‘”A Portuguesa” foi escrita por Henrique Lopes de Mendonça e a música composta por Alfredo Keil.
O tema surge em 1890 na sequência do ultimato inglês que exigia a retirada dos portugueses dos territórios entre Angola e Moçambique. A imposição foi considerada uma afronta ao país, mas a coroa, apesar dos protestos, pouco pôde fazer para reverter a situação.
A versão completa d’”A Portuguesa” afirmava a independência e apelava ao patriotismo contra os “Bretões” (britânicos), palavra que foi substituída na versão actual pela palavra “Canhões”. Foi rapidamente adoptada pelos revolucionários republicanos que a cantaram quando em 31 de Janeiro de 1891 tentaram, no Porto, um primeiro golpe de estado para derrubar a coroa. A monarquia proibiu-a.
Com a implantação da República em 1910 a canção voltou a ouvir-se nas ruas e foi consagrada como Hino Nacional em 19 de Junho de 1911 pela Assembleia Constitutiva.