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Home História

Barcelos, 1702: A primeira vez que a Virgem Maria apareceu em Portugal

VxMag by VxMag
Abr 4, 2019
in História
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Nossa Senhora da Aparecida

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Barcelos, 1702: A primeira vez que a Virgem Maria apareceu em Portugal. “Era, numa tarde cálida de Agosto de 1702, andava um pequeno pastor, de nome João, a guardar, como de costume, o seu rebanho, no monte de Castro de Balugães, a três léguas ao norte de Barcelos; de súbito, se desencadeou uma trovoada, medonha; o pequeno, entrando-se de medo, sem poder reunir o espavorido rebanho, viu-se compelido a procurar abrigo no desvão duma lapa, no lugar em que o surpreendera a tempestade.

A emergir de um envoltório de luz suave, apareceu-lhe a Senhora, que lhe perguntou a razão do seu espanto; e ele, que nascera mudo, desprendendo-se-lhe a fala, responde-lhe que chora de susto. Anima-o a Virgem, e diz-lhe que vá prevenir o pai (este era pedreiro) que era seu desejo lhe construísse ali uma ermida.

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Correu a criança a comunicar as ordens rece­bidas; mas o pai não lhe deu crédito, nem, ao menos, inquiriu do filho a razão daquela estranha mudança, pois vi-o agora a falar. Volta no dia seguinte ao monte o pastorinho, que desta vez chorava de fome; apareceu-lhe de novo a Senhora a reiterar o pedido, a fim de o alentar e de reduzir a incredulidade daquele pai insensível, adverte que vai mudar em pedaços de pão alvíssimo as migalhas, quase esgotadas, do pão negro do alforge que sobrava o esfomeado zagal; da mesma sorte, deste pão de milagre, o forno vazio da sua casa o pai encontraria repleto a mais não caber. E o duplo milagre deu-se».

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A pequena paróquia de Balugães, em Barcelos, foi na primeira metade do século dezoito, centro poderoso de atracção católica para todos os portugueses, particularmente para os fiéis da região de Entre-Douro-e-Minho. Ali acorriam diariamente piedosas romagens de peregrinos, para venerar o sítio onde a Mãe de Deus se dignara aparecer.

A falta de imprensa periódica para reclamo e defesa deste facto sobrenatural, e sobretudo o arrefecimento da fé cristã, ocasionado entre nós, no final daquele século e na primeira metade do seguinte, pela penetração dos intensos erros maçónico liberais, na classe secular e eclesiástica, enuviaram a aparição de Balugães.

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Contudo, a fama dos factos sobrenaturais de Balugães deveriam ser algo estrondoso, para que chegassem aos ouvidos do apreciado escritor mariano do século dezoito, Fr. Agostinho de Santa Maria, (1642-1728) o qual, entre muitas outras obras, publicou o» Santuário Mariano», ou a História das imagens milagrosas da Santíssima Virgem, que residia em Lisboa, no seu, convento da Senhora da Boa-Hora, se não no de Évora, em que fora Prior e subissem os ecos da aparição à corte de D. Pedro II, com tal clarividência, que movessem a sua real piedade, perpetuada na coroa de prata que mandou à Senhora.

E tudo isto naquele tempo em que Lisboa ficava distante de Balugães quatro ou cinco dias de viagem, nem havia imprensa periódica para registar e espalhar esta graça divina.

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Outros milagres ocorreram na aparição de Balugães, além da cura do Vidente – o maior de todos -, o milagre que resolveu o pai a acreditar no pedido feito pela Senhora ao filho Vidente. E foi que, andando numa obra de pedreiro com o filho, passando este carregado com um cântaro de água, sobre uma alta ponte, caiu dela abaixo, ficando de pé e sem entornar a água. “E o suave aroma que rescendia o penedo que foi peanha da Senhora, e percebido pelo pai do Vidente, quando foi examinar o sítio da aparição, e que ficou narrado por Fr. Agostinho de Santa Maria”.

Deste infantilismo, quiçá provocado por meningite quando criança, apareceu curado depois da Aparição, e tão radicalmente que foi nomeado pelo próprio Arce­bispo de Braga, Sacristão dos templos da Senhora, nos quais ajudava às missas, como qualquer normal.

Neste ministério viveu durante oito anos, assistindo como colaborador manual à edificação das duas capelas, sobre a laje em que lhe apareceu a Senhora, e à do templo­-memória, durante os três últimos anos da sua vida. Antes da cura milagrosa, chamavam-lhe João Mudo, e depois era tratado por «Fr. João de Nossa Senhora Aparecida», como se deduz da narrativa de Fr. Agosti­nho de Santa Maria e do assento de óbito. Neste se acrescenta que «Fr. João, ermitão de Nossa Senhora».

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Como os devotos que concorriam a este local eram muitos, assim sentiam ser a sua casa pequenina, todos pediam que lhe edificasse uma casa muito grande, e com estes fervorosos desejos todos ajuntavam pedra.

À vista destes fervorosos desejos que todos mostravam, mandou o ilustríssimo Arcebispo Primaz de Braga, D. Rodrigo de Moura Teles, edificar à Senhora um grande e formoso templo, de estilo neoclássico (1707 a 1720), com duas torres, sendo os seus altares de estilo barroco, de uma policromia extraordinária. Aqui, poder-se-á encontrar o mais belo estilo barroco no altar-mor desta igreja.

Durante o ano acorrem milhares de devotos em romagem até este Santuário Mariano em busca de protecção. A 15 de Agosto, realiza-se uma grande peregrinação, que parte da Capela de S. Bento em direcção ao Santuário de Nª Senhora. Nela participam as freguesias dos concelhos limítrofes, pertencentes às Dioceses de Braga e de Viana do Castelo.

Tags: aparições marianasbarcelosigrejasigrejas de portugalreligião
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