Quem era o verdadeiro pai de D. Afonso Henriques? É impossível saber ao certo, mas entre os historiadores aumentam cada vez mais as dúvidas que o nosso primeiro rei seria realmente filho do conde D. Henrique. Algumas teorias dizem que seria filho de Egas Moniz. Outra teoria, bastante curiosa, é a que diz que D. Afonso Henriques seria filho de um pastor transmontano. Descubra a história!

A versão oficial contada nos livros de história seria que D. Afonso Henriques era filho do Conde D. Henrique mas que teria nascido muito fraco e com debilidades de saúde.

Conta-se que o seu aio, Egas Moniz, terá levado a criança de Guimarães para Chaves na tentativa de o curar nas águas termais daquela cidade transmontana. Naquele tempo a viagem entre Guimarães e Chaves demorava 3 semanas, por entre caminhos de terra e em carro de bois. Acontece que, o Infante D. Afonso Henriques, terá falecido no caminho.
Ao chegar a Vila Pouca de Aguiar, Egas Moniz ter-se-à cruzado com um pastor com um filho com uma idade aproximada à de D. Afonso Henriques, mas muito mais saudável, com o vigor físico típico de um transmontano.

Egas Moniz terá comprado o filho ao pastor e levou-o para Chaves, onde, durante 4 anos, o educou e transformou num menino com educação típica da realeza.
Conta-se que o substituto de D. Afonso Henriques era tão saudável fisicamente que aos 13 anos já media 1.80m, quando naquela época o normal era medir 1.60m na idade adulta.

Outra versão é que D. Afonso Henriques seria, na realidade, filho do próprio Egas Moniz, que terá sido pai na mesma altura do que o Conde D. Henrique. Fiel ao Conde, o aio Egas Moniz terá concordado em trocar o seu filho saudável pelo filho doente do Conde D. Henrique.

A história permanece um mistério, mas uma coisa é certa: com os conhecimentos médicos daquela altura, dificilmente um menino nascido com as debilidades de D. Afonso Henriques teria crescido saudável até tornar-se no cavaleiro temível que se transformou no primeiro rei de Portugal.
Besteira. Afonso Henriques foi tido como inválido por sua tia dona Urraca, espalhou que o menino sequer iria sobreviver, depois espalhou que ele foi trocado. Era um jogo de interesses políticos, Afonso Henriques era filho de Henrique de Borgonha sim, olhem para os quadros e até mesmo para linhagem de Borgonha-Valois, a rainha Margot da França que vem da mesma família que Afonso, exibe um nariz quase idêntico ao dele, o mesmo pode se ver em muitos personagens históricos que vem de seu leito familiar. Sinceramente, quem ama Afonso como nosso rei eterno e fundador de nossa nação jamais validaria uma matéria dessas. Entendo que o autor possa ter se empolgado, mas apenas bebeu do veneno do mito criado por dona Urraca que odiava Henrique de Borgonha e queria mesmo meter as mãos no condado Portucalense.
Quem tiver dúvidas procure nas pinturas da época, em exames que analisaram as ossadas das famílias nobres e das descrições feitas pelos autores da época sobre a aparência de Afonso Henriques, seu pai Henrique de Borgonha, sua parente Margarida de Valois e outros exemplos familiares, todos saíram a cara de suas famílias devido os estreitos laços sanguíneos com os quais os casamentos entre nobres eram regidos.
Acontece que à época não havia pintura de reis, rainhas, principes. A unica pintura que se fazia era a religiosa para decoração das igrejas.
Mas concordo que diga que são histórias, quanto mais não seja porque se atentarmos ao tamanho do túmulo veremos que lá não cabe um homem de 1,80 metro!!
D.Afonso Henriques ser filho de um pastor transmontano como dizem aqui é uma aberração histórica que demonstra a ignorância extrema de quem o afirma. Estamos numa Época Feudal e o Egas Moniz que pertencia à Nobreza e era responsável pelo menino , NUNCA o faria. Trocar por um dos seus filhos já é outra coisa totalmente diferente e que até explica muitos episódios da História de Portugal.
Paulo Coelho!!! Pode, com certeza absoluta, que o que se refere aqui (D. Af. Henr. ser filho de um pastor transmontano é «um aberração absoluta»? e que essa afirmação demonstra a «iognorância extrema de quem o afirma»?
Então explique: Qual a sua opinião sobre o assunto?
Para afirmar tal “aberração” deve ter a certeza da sua opinião e, como tal, terá como comprová-la! Faça o favor de o fazer de modo a que fiquemos todos esclarecidos e mais ricos em história de Portugal!
Muito interessante. Por favor qual a fonte desta informação?
Também já ouvi uma versão de que D. Afonso Henriques terá sido criado por Soeiro Mendes.
Obrigado e cumpts,
João Ribeiro
Isto é uma mentira estúpida. Do tipo da do Cristovão Colombo ter casado com uma dama da alta Nobreza Portuguesa, mas um bocado mais estúpido ainda.
Noto que, nos seus comentários, o amigo Paulo Coelho gosta de usar palavras… não diria ofensivas, mas um tanto “fortes” e, porque não, abusivas para com quem não conhece de lado nenhum! Julgo que TODOS devemos respeitar a opinião de cada um INDEPENDENTEMENTE de termos ou não razão ou estarmos certos! Errar, qualquer um pode fazê-lo! Agora, achincalhar quem erra é de uma atitude que, afinal, demonstra ser mais baixo do que aqueles que erram!
Filho do Conde D Henrique, de Egas Moniz ou de um pastor transmontino, o fato é que nenhum outro poderia ter desempenhado melhor seu papel de patriarca da independência de Portugal e de ter consolidado as bases que garantiram a esta Nação o respeito e o reconhecimento de sua soberania sobre o território. A Dom Afonso Henriques, o nosso reconhecimento.
Me vão desculpar,aqui só se lê muita asneira. O português para criar mitos deve ser o melhor pôvo do mundo.
Estou com o Sr. Pedro Celestino Alves Tabajara. Filho do Conde Dom Henrique, de Egas Moniz ou de um pastor transmontano, o nosso primeiro Rei foi o melhor exemplo de homem, que lutou e construiu aquilo que hoje temos. Nem espanhóis, nem galegos nem mouros o conseguiram por de joelhos. Merece por tudo isto o nosso respeito e admiração.
Que importa de quem é filho o nosso primeiro rei?sou leiga em historia,mas duvido que hajam factos documentados acerca da natalidade do nosso primeiro rei,por isso,nao sendo fundamentados nao serve a nada este tipo de discussao…. nao sabemos muito bem a historia de hà 100 anos,imaginem hà 1000!!!!! deixem a historia seguir o seu curso natural,tal como a aprendemos sem ir a pormenores …nunca saberemos a verdadeira “verdade”….
Meus caros, a Batalha de S. Mamede não representou um ato reivindicatório de uma independência por chegar, não existia qualquer ódio pelos lados galegos (Afonso Henriques por alguns destes terá sido auxiliado). Tratou-se de uma contenda protagonizada pelos mais altos barões portucalenses, insatisfeitos com a intromissão de Pedro Frilaz e da restante família Trava na politica do condado. Fez-se rei por um jogo de circunstâncias ainda por averiguar de forma total. Contudo é uma evidência histórica que não só D. Sancho I sofria de lepra, como também o seu filho D. Afonso II manteria a mesma patologia. Se este dado é suficiente para afirmar que o nosso primeiro rei seria efectivamente D. Afonso Henriques, filho do Conde D. Henrique? Não!
Uma outra curiosidade, o aio Egas Moniz, que não raras vezes é referido enquanto o fiel companheiro e conselheiro do primeiro monarca, não deixa registos sobre a sua existência nem nas Crónicas de El-Rei D. Afonso Henriques, nem em qualquer outro registo da época. A figura de Egas Moniz não passa de uma lenda. Não é certo que tenha sido aio do infante, pois é provável que tenha sido o seu irmão mais velho, que morrera cedo. E aqui, tendo em conta o artigo a que agora respondo, se abre outra questão… Seria Egas Moniz de Ribadouro, a figura humana por trás da lenda? Creio que não. Seria Egas Moniz, um irmão mais velho de D. Afonso I que cedo morrera e cedera os direitos de hereditariedade ao seu irmão? Também crer nisso não o quero.
Contudo, desde Cortes onde direitos de soberania foram assinados por cidades que nem sequer existiam há época, até muitas outras imprecisões. A figura de Afonso Henriques está envolta em lendas por entre lendas. Assim servia aos princípios fundadores do reino… E nem todos estes princípios foram escolhidos no inicio do reino, mas sim séculos depois…