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Home História

8 de Julho: o feriado em Chaves que deveria ser feriado em todo o país

VxMag by VxMag
Abr 7, 2019
in História
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Chaves - Rui Videira

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Foi um dia muito especial na história da cidade de Chaves e, embora desconhecido pela maioria dos portugueses, foi também uma data muito importante para o país. 8 de Julho é o dia da cidade de Chaves. Mas pouca gente sabe, em Chaves e no resto do país, porque razão este dia é tão especial e porque razão deveria ser feriado em todo o país. Neste dia, o heróico povo de Chaves lutou, praticamente sozinho, contra o exército monárquico, pondo fim, definitivamente, às aspirações da monarquia em voltar ao poder.

Após a implantação da República, em 5 de Outubro de 1910, os que não aceitavam essa mudança de regime começaram a organizar-se de maneira a constituírem uma força que, por qualquer meio, incluindo a revolta, pudesse instaurar o antigo regime e, nesse sentido, foram tomadas algumas iniciativas que consistiram na entrada no nosso país de forças monárquicas, conhecidas como “incursões monárquicas”.

Bragança

A 1ª incursão monárquica ou realista inicia-se com a tentativa de tomar Bragança, em Outubro de 1911. Não tendo sido possível, os couceiristas atacam e tomam Vinhais, hasteando a bandeira azul e branca. Chegados reforços republicanos, rapidamente entram em debandada “Entre Vinhais e Salgueiros desertaram 400 homens, exaustos, esfomeados e com sono”.

No dizer da Condessa de Mangualde, as forças realistas eram “uma mistura estranha de velhos soldados … de padres (210 segundo Vasco P Valente) e de voluntários de “boas famílias” …” e “as forças de Couceiro eram um bando improvisado, sem coesão e solidez”, não sendo mais do que 1034 efectivos.

Vinhais

Na 2ª incursão, levada a cabo no dia 8 de Julho, os realistas entram por Sendim (tenente Sepúlveda) e por Vila Verde da Raia (Sousa Dias). No início das hostilidades, o governo espanhol apoiou Paiva Couceiro, mas, depois de pressionado, deu ordem de expulsão aos monárquicos.

locais para visitar em Chaves
Chaves

As tropas estacionadas em Chaves, pensando que os realistas iriam atacar Montalegre, dirigiram-se para a pequena vila com o intuito de a defender. No entanto, os realistas entraram mesmo por Chaves, encontrando a cidade praticamente sem tropas para a defender.

trás-os-montes
Montalegre – Fernando Ribeiro

Foi então que o impensável aconteceu: o próprio povo, com a ajuda de alguns guardas fiscais e polícias, pegou em armas e defendeu a cidade contra o ataque dos realistas. A batalha espalhou-se por toda a cidade e o povo acabou por derrotar os invasores.

Chaves

Tal facto gerou espanto e admiração por todo o país, tendo diversas cidades homenageado o povo de Chaves atribuindo o nome “Defensores de Chaves” ou “Heróis de Chaves” a algumas das suas ruas e avenidas, como aconteceu por exemplo em Lisboa e no Porto.

locais para visitar em Chaves
Igreja da Misericórdia

O 8 de Julho de 1912, mais do que uma batalha, representa a coragem e a determinação de um povo na defesa de um ideal que, mesmo sem defesas, pegou nas poucas armas que tinha e lutou contra o invasor, derrotando-o e contribuindo para a consolidação da República em Portugal.

É pela coragem demonstrada pelo povo de Chaves que esta data deveria ser feriado nacional. Por essa coragem demonstrou a capacidade de, na maior das adversidades, um povo se juntar e lutar pelos ideais em que acredita.

Tags: Chaves
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Comments 3

  1. Pingback: As 10 cidades mais decisivas na história de Portugal | Vortex Magazine
  2. Eliana says:
    5 anos ago

    *por que?

    Responder
  3. Tiago Monteiro Dias. says:
    4 anos ago

    Não há motivo nenhum para os portugueses se orgulharem da república! Desde 1910 que temos sido perseguidos por motivos religiosos, ideológicos. Tivemos a dissolução vergonhosa do Império, completamente ao desbarato e em prejuízo das populações dos territórios abandonados (tanto autóctones como as da metrópole que la residiam). Os católicos, por exemplo, foram roubados pelos governos republicanos (e antes até já pelos liberais): templos, objectos de culto, arquivos e cartórios, bibliotecas, terrenos, casas, conventos e mosteiros. E, por fim, avaliemos estes tempos contemporâneos e vejamos quais foram ou são as glórias de Portugal. Há algum motivo para nos gloriarmos nesta forma de governo republicana?! Eu não o encontro.

    Responder

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