Quantas vezes você já se quis expressar mas não encontrou as palavras certas? Pois é, muitas vezes temos a sensação de que algumas coisas não podem ser traduzidas e, na verdade, não há um único idioma que possa sintetizar toda a gama de pensamentos e sensações das nossas mentes em palavras.
Se o resto do mundo deveria importar palavras portuguesas como “saudade”, “desbundar” ou “desenrascanço”, porque razão não deveríamos nós roubar palavras a outros idiomas? Afinal de contas, já o fazemos há vários séculos (abençoado momento em roubamos a palavra croissant aos franceses).
Estas são as palavras, acompanhadas por belíssimas ilustrações, que a Língua Portuguesa deveria roubar a outros idiomas.
1. Cafuné, Português do Brasil

O acto de correr os dedos ternamente pelo cabelo de alguém.
2. Gufra, Árabe

A quantidade de água que pode se segurar na mão.
3. Baku-shan, Japonês

Uma menina bonita – desde que seja vista apenas de costas.
4. Palegg, Norueguês

Toda e qualquer coisa que você pode colocar numa fatia de pão.
5. Duende, Espanhol

O misterioso poder que uma obra de arte tem para tocar as pessoas profundamente.
6. Age-Otori, Japonês

Parecer pior depois de um corte de cabelo.
7. Schlimazl, Ídiche

Uma pessoa com azar crónico.
8. Kyoikumama, Japonês

Uma mãe que é obcecada pelo desempenho escolar dos filhos.
9. L’appel Duvide, Francês

“A chamada do vazio” seria a tradução literal, mas a sua melhor descrição seria sobre o instinto de pular do alto de prédios.
10. Luftmensch, Ídiche

Refere-se a alguém que é um pouco sonhador e que literalmente significa “pessoa aérea”.
11. Schadenfreude, Alemão

Sentir prazer por ver o infortúnio dos outros.
12. Torschlusspanik, Alemão

Medo de que as possibilidades diminuam conforme a idade passa.
13. Tretar, Sueco

Sozinho, tar significa “uma xícara de café” e patar e a segunda xícara que você toma. Tretar é a terceira repetição, ou seja, a terceira vez que você repete.
14. Tingo, Pascuense

O acto de tirar objectos que você gosta da casa de um amigo, levando-os emprestados gradualmente.
Não é L’APPEL DUVIDE, É L’APPEL DU VIDE. A palavra duvide não se aplica aqui. Du vide é o correcto.