5. Aqueduto dos Pegões
Situado perto de Tomar, sobre o vale da Ribeira dos Pegões, o Aqueduto dos Pegões é um dos maiores e mais imponentes aquedutos portugueses. Foi construído em finais do séc. XVI e princípios do séc. XVII, a mando de Filipe I, para abastecer de água o Convento de Cristo. A história deste aqueduto encontra-se pois fortemente ligada à do convento. Contudo, apesar da sua grande dimensão e do seu razoável estado de conservação, o Aqueduto dos Pegões Altos, é relativamente pouco conhecido e nem sequer é referido pela maioria dos guias turísticos, que para a cidade de Tomar apenas referem o convento e uma ou outra igreja.

Assim, quem veja este monumento pela primeira vez ficará certamente espantado ao descobrir que existe um aqueduto desta grandeza a tão pequena distância da cidade. O Aqueduto dos Pegões tem um comprimento total de cerca de 5 a 6 km e no troço de maiores dimensões atinge uma altura máxima de 30 metros. Aqui a construção é composta por duas fiadas de arcos, sendo os de cima redondos e os de baixo ogivais. Originalmente o aqueduto era abastecido por três mães-d´água. O aqueduto pode ser percorrido a pé ao longo da sua parte superior, pois existe uma plataforma que acompanha a caleira de água. Este percurso constitui uma experiência única, dado que os outros aquedutos portugueses não podem ser percorridos livremente.
6. Mata Nacional dos Sete Montes
Situada no centro de Tomar, junto a uma das suas principais avenidas, a Mata Nacional dos Sete Montes com cerca de 39 hectares é o principal parque da cidade. Esta mata faz a ligação ao castelo e é também conhecida como a Cerca do Convento, de que fazia parte integrante, sendo usada pela Ordem de Cristo como área de cultivo e recolhimento.

No meio da vegetação frondosa de que fazem parte ciprestes, olaias, carvalhos e oliveiras seculares, destaca-se um templo miniatural, uma torre cilíndrica que pelo seu formato é conhecida como a “Charolinha”. Este templete em pedraria lavrada parece uma réplica das torres-lanterna do Convento de Cristo e foi construído segundo o plano de João de Castilho, arquitecto encarregue das obras renascentistas no convento. Rodeada por um tanque circular, a Charolinha é uma “Casa de fresco” que parece isolada do mundo, um retiro secreto e oculto a que se acede transpondo uma ponte de pedra.
7. Igreja de Santa Maria do Olival
A Igreja de Santa Maria do Olival de Tomar, foi parte de um convento beneditino durante o tempo do Nâbancia. Este templo foi reconstruído por D. Gualdim Pais no ano de 1160, tornando esta igreja o Panteão dos Templários. A sua estrutura segue o modelo das igrejas portuguesas de dimensão média do período gótico. As suas capelas laterais são obra de João de Castilho, famoso arquitecto que realizou um grande número de obras, em terras lusitanas, sendo a sua obra-prima, o Mosteiro dos Jerónimos de Lisboa.

O templo que vemos hoje data do século XII e é um bom exemplo da arquitectura gótica portuguesa. O interior tem três naves, é ampla e luminosa por causa de uma roseta existente na sua fachada. Nela vais encontrar os túmulos góticos do próprio Gualdim Pais, bem como o do mestre Lourenço Martins e de D. Gil Martins. Em frente à igreja, encontrarás uma torre quadrangular, onde presume-se que haja um túnel que liga a igreja ao Castelo dos Templários de Tomar.
8. Moinhos e Lagares d’El Rei
Os moinhos e lagares d’El Rei localizam-se na Rua Everard, também conhecida por rua da “Levada”, na margem direita do rio Nabão. No século XII o rio chegava até à rua dos Moinhos, nome que ganhou na Idade Média quando ficava em frente aos moinhos da vila. Quando fundaram Tomar, em 1160, os Templários construíram logo moinhos junto ao Nabão. O primeiro foral de Tomar, doado por D. Gualdim Pais em 1162, já falava de azenhas, ou seja, moinhos que moíam os cereais aproveitando a força da água. A partir do século XV, a força da água também foi aproveitada para fazer funcionar os lagares que moíam a azeitona. Os Templários ergueram um açude, hoje chamado dos Frades, desviando parte do rio Nabão para um canal, a levada.

A água desviada para este canal passava por baixo dos moinhos, através de estreitos túneis. A sua força movia o mecanismo para fazer girar as mós que moíam os cereais. Dos lagares que chegaram aos nossos dias, os mais antigos são os que ficam junto à ponte Velha, o do Alcaide-Mor e o do Secretário. Os Lagares da Cruz e de Martim Teles nasceram quando o Infante D. Henrique era governador da Ordem de Cristo, no século XV. Até 1912 estavam nos lagares os três símbolos de D. Manuel : a esfera armilar, a cruz de Cristo e o escudo nacional. Logo no início do século XX, Tomar foi a 5ª cidade do país a ter electricidade. Em 1912, para alargar a central eléctrica, o lagar da Cruz foi demolido.